NOTAS INICIAIS:
Pessoal esse é um prólogo, por isso está pequeno, portanto, os próximos capítulos serão maiores.
Escrevi o prólogo em terceira pessoa e no passado, porém os próximos capítulos serão escritos em primeira pessoa pelo ponto de vista de Selene e no presente.
Peço que caso gostem votem, pois isso ajuda demais no desenvolvimento e me incentiva muito a continuar escrevendo o livro.
(capítulo não revisado)O sol queimava no asfalto romano e em uma rua estreita de cimento e pepitas estava uma garota com cabelos pretos como obsidiana e os olhos tão escuros quanto. Selene Bersaglio vivia uma vida extremamente comum, cursando seu primeiro ano de Literatura na Universidade Internacional de UniNettuno e aquele não era um dia atípico, pelo menos não até aquele momento. A garota saiu de sua pequena casa de madeira, onde vivia sozinha, indo direto à estação metropolitana de Roma. Selene não tinha ninguém, sempre esteve sozinha desde que se entendia por gente, não tinha nem uma família, quem diria amigos, tudo o que a garota conquistara havia sido por sua própria meritocracia e resistência. A faculdade estava sendo monótona e enjoativa, sempre as mesmas aulas, o mesmo assunto frustrante, ela não imaginava que seria assim. No mais tardar, logo após finalizar as anotações de suas aulas, Selene caminhou até a biblioteca onde fazia seu estágio. Como os estágios nas bibliotecas eram muito disputados por todos os estudantes de Literatura e Selene não estava com notas excelentes, a biblioteca que conseguiu não foi das melhores. A fachada era de tijolos já cheios de musgos e a placa estava tão desgastada que era quase impossível de se ler o nome do local.
Selene entrou e foi até seu armário, como era a única que trabalhava naquele turno podia escolher qual iria utilizar. Depois se sentou em sua mesa e começou a etiquetar alguns livros.-Selene, esses livros -disse Kimberly, sua chefe, entregando-a uma pilha enorme de livros- Precisam ser O-R-G-A-N-I-Z-A-D-O-S, afinal eles não voam até a prateleira sozinhos. -Kimberly finaliza com um sorriso desdenhoso
Selene queria respondê-la a altura, colocar aquele ser humano arrogante e soberbo em seu devido lugar, mas não podia, o dinheiro era pouco e a única renda que a garota tinha, então resolveu obedecê-la.
-Claro Kimberly, irei organizá-los agora mesmo- disse Selene dirgindo-lhe um sorriso falso e um olhar fulminante
As estantes eram muito velhas e a madeira já comida por traças, os livros antigos e amarelados estavam intocados, poucas pessoas utilizavam aquela biblioteca, mas mesmo assim Kimberly insistia em mantê-la aberta e desorganizava todos os livros, para que, no outro dia Selene sempre tivesse trabalho a fazer. A única escolha que tinha era ligar sua playlist de músicas e colocar os preciosos fones de ouvido, assim ajudando-a a fazer com que o tempo passasse mais rápido.
Chegando finalmente em sua casa, a garota rapidamente se desfez do traje de trabalho e imergiu embaixo d'água quente do chuveiro, deixando as gotas de seu cabelo já encharcado se direcionarem ao ralo. Aquilo era ótimo, uma calmaria em meio a mais um cansativo dia de trabalho. Após o banho, Selene desabou em sua cama com os olhos tão pesados que se fecharam em questão de segundos.
Imagens de um sonho repetitivo voltaram a se passar em sua mente.
Criaturas, bestas, monstros, Selene não sabia descrever o que era. Eram horríveis e tenebrosas. Junto com os monstros vieram flash's de memórias inexistentes, sobre seu passado. O passado de Selene era um mistério, a própria garota não sabia de sua origem, apenas tinha consciência de que sempre viveu sozinha e por sua conta. As memórias que Selene tinha eram péssimas, dias congelantes dormindo no chão, fome, sujeira, a dificuldade de conseguir fazer seus documentos e ingressar em uma escola, tristeza, solidão. Mas recentemente, os flash's que apareciam em seus sonhos eram desconhecidos pela garota, Selene tinha certeza absoluta de que as memórias de seu sonho eram reais, uma luz forte, estonteante e a lua. Era isso, sempre isso, monstros, criaturas, lua e a certeza de que aquilo fazia algum sentido, mesmo ela não se lembrando de viver nada disso.-Olá Selene. -Disse alguém.
A garota deu um pulo para fora de sua cama.
Selene observou quem estava em sua sacada, uma figura translucida de cabelos azuis e silhueta pequena flutuava rente ao chão.
-Mas que po... Quem é você?! -A garota perguntou, se levantando rapidamente do chão e ficando em posição de ataque.
A criatura riu.
-Sou uma ninfa do vento. -Respondeu simplória.
-Uma o que? -Selene perguntou
A ninfa bate de esguelho a mão a cabeça.
-É óbvio, me desculpe, meu nome é Raika e a senhorita precisa vir comigo. Preciso te levar até Zodiakè imediatamente. -Disse Raika parecendo preocupada
Selene não sabia o que dizer, nem o que pensar. Estava paralisada como uma idiota.
-Olha só, é... Raika, você acaba de invadir o meu quarto, tipo, eu poderia ligar para a polícia, mas acho que podemos resolver isso na conversa. Eu... acho que agradeço a oferta de me levar até esse tal de Zodiakè, porém não acho que agora seja um momento oportuno, então se por favor puder se retirar da minha ca...
-Peço desculpa novamente, porém, como eu disse a senhorita precisa vir comigo. Você foi a última que eu encontrei, eu já estava ficando cansada de te procurar. -Disse Raika calmamente e agarrou o pulso da garota.
Naquele momento Selene sentiu como se sua alma saísse do corpo por alguns segundos. Seus ossos ficaram tão frios que pareciam congelados e prestes a racharem, seus músculos se contraíram e por fim ela percebeu. Seu corpo já não tinha mais matéria, era apenas um vulto feito de lufadas de ar viajando a milhares de quilômetros por segundo.
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A COROA DO ZODÍACO
FantasySelene Bersaglio é uma garota que vive sua vida excepcionalmente normal em Roma, Itália. Após mais um dia monótono e cansativo, algo fora do comum acontece. Ela é levada à uma sociedade até então desconhecida, que a mostrou, que diferente do que a...