Pretty Eyes

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Olá! Olha quem está aqui novamente postando mais uma oneshot e que procastinou para escrever isso aqui por quase dois ou três meses? Eu mesma!
Quero agradecer também a bronquite por ser uma pessoa incrível e betar essa one pra mim!
Votem e cometem bastante, me ajuda muito :(

Leiam até o final, há algo importante para vocês!

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Yeonjun caminhava pela calçada, indo em direção ao ponto de ônibus que tinha perto de seu bairro. Estava indo para a casa de seu irmão em Daegu, onde ficaria por uma semana.

Um suspiro escapa de seus lábios ao sentar-se no banco, deixando sua bolsa – que parecia pesar uma tonelada – de lado. Retirou seu celular do bolso frontal da calça que usava, checando o horário. Uma e quarenta e seis da tarde, seu ônibus chegaria em menos de vinte minutos.

Pensou em conversar com Huening Kai, mas suas mensagens não foram enviadas, então deduziu que o garoto teria desligado o celular, provavelmente por causa das aulas extras que haviam comentado há alguns dias atrás.

Resolveu conectar seus fones de ouvido ao telefone para ouvir as músicas que tocavam aleatoriamente na playlist, que tinha preparado para ouvir enquanto viajava pelas próximas quatro horas.

Lembrava-se das palavras de sua mãe ecoando em sua cabeça. Os gritos e xingamentos direcionados ao filho na noite passada foram a gota d'água para o azulado. Sua bochecha esquerda ainda estava vermelha por causa do tapa que sua progenitora o deu no meio da discussão e o olho direito doía devido ao soco de seu pai.

Sempre seria grato a Taehyung, se não fosse por ele, ainda estaria naquele inferno que um dia chamou de casa. Depois que eles descobriram dos abraços e beijos que trocava com Huening, passaram a ficar ainda mais agressivos.

Agora com seus 19 anos, saiu de casa, tendo o irmão mais velho como sua única família.

Uma lágrima escorreu de seus olhos fechados ao lembrar do dia que o moreno foi embora. Seu pai o bateu tanto que mal conseguia se mexer no dia seguinte, além das várias marcas roxas e vermelhas por todo seu corpo, que Kai sempre questionava.

O acastanhado odiava os pais do Choi desde que se conheceram. Sempre tentava intervir nas conversas que Yeonjun e eles trocavam, mesmo que o azulado pedisse que não fizesse nada. Estava acostumado, aliás.

Foi tirado de seus pensamentos com o barulho do freio. Passou a mão no rosto, pegou a passagem no bolso e a entregou para o motorista, que já era um senhor de idade e com um sorriso simpático.

Sorriu de volta, se sentando em um dos bancos ali. Não havia tantas pessoas presentes. Ótimo.

Pegou seu celular e procurou por alguma coisa que iria ajudar com o tédio que sentiria nas próximas horas, mas não achou nada. Um suspiro irritado saiu de seus lábios, pronto para xingar o aparelho, até que ouviu algo.

Olhou de relance para a origem do barulho e se assustou. O garoto ao seu lado chorava.

Era possível escutar suas súplicas e os questionamentos embaralhados pelo choro, e mesmo não querendo, sentiu pena dele.

— Taehyun, por favor — ele implorou, chorando ainda mais. — O que a gente tinha estava dando certo. Por favor, não faz isso — disse, levando a mão direita até sua bochecha para secá-la, seus ombros tremendo junto a seus lábios.

A bus ride and the tears in your eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora