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O Tsunami

Para mim, despertar durante a manhã nunca foi algo que eu realmente gostava, o som do despertador me irrita, amo acordar no horário que quero acordar, sem despertadores ou alguém me sacudindo.

A uma semana atrás recebi uma mensagem de uma amiga, que tinha a pouco tempo se mudado para o Japão, e queria que eu fosse conhecer seu doce lar, não recusei o convite e comprei um passaporte para viajar pra fora do país, conversar com o minha mãe para deixar-me sair, foi um pouco difícil, já que ela detesta que eu saia para lugares tão longe, mas com o tempo me deixou ir.

Hoje mesmo já se faz uma semana, estou a me arrumar para ir ao aeroporto, despedir-me de minha mãe é tão difícil deixa-la, Vê-lo com uma cara triste me deixa com pena.

— Eu voltei em breve, será apenas algumas semanas, você sabe disso - digo enquanto estou em um abraço forte com ela - Prometo voltar segura

Depois do abraço, que durou cerca de uns dois minutos, lhe dei um beijo doce no rosto e sai de minha casa.

O caminho todo dentro do Taxis foi um pouco demorado, o trânsito estava cheio, e eu conseguia ouvir bem alguns xingamentos, mas apesar de tudo estar um tanto ruim nesse momento, eu não me sinto triste, ate por que estou a sair de meu país para visitar uma amiga, ficarei em cerca de umas 3 semanas, até que é um belo tempo, consigo matar a nossa saudade e depois voltar para minha terra.

. . .

Após uma hora, mais ou menos, chego na aeroporto e já estou a entrar no avião, quando um homem alto passa rápido por mim. Ele é alto, branco e tem cabelos de fios loiros, o mesmo moço nem se quer pediu licença, me senti um tanto irritada, quem ele acha que é pra passar desse modo? Apenas por que está com um terno e seja aparentemente rico achas que pode fazer esse tipo de coisa?

Ofendi o rapaz mentalmente, e depois entrei e me sentei no meu canto, ver as mensagens de minha amiga no meu celular me deixa alegre, mas ver os de minha mãe me deixa meio com dó.

De um lado vemos uma garota alegre, feliz por você estar saindo de seu país pra vê-la
E do outro vemos minha querida mãe completamente com saudades de mim por estar saindo de seu país, e olha quem nem se passou tanto tempo.

Consigo ouvir depois de uns minutos o fechamento das portas do avião, e logo o Comissário de vôo começa a falar o speech.

— Informamos que por determinação do Departamento de Aviação Civil - DAC é proibida a utilização a bordo de qualquer aparelho eletrônico emissor de energia eletromagnética, principalmente telefones celulares que deverão permanecerem desligados -terminou de dizer o Comissário-

Dei um tchau rápido para minha amiga e para minha mãe logo depois desliguei meu celular, o comissário chegou a falar algumas outras coisas, mas não prestei tanta atenção por estar com a mente longe.

O avião começa a decolar, sinto um leve frio na barriga, e ao mesmo tempo medo, sempre gostei de estar nas alturas, mas ficar dentro de um avião sempre me deu um leve medo, já cheguei a ver vários casos de aviões caírem no meio do mar ou em florestas, o meu medo agora é essa grande aeronave parar de funcionar e cair.

Afastei esses pensamentos para longe de minha mente e li um pequeno livro que tinha levado comigo, um pequeno dicionário, mostrando algumas traduções de Palavras japonesas. Eu prometi a mim mesma que durante todo o vôo eu estaria treinando essa linguagem estrangeira.

Algumas horas chegaram a se passar, eu cheguei a dormir, ler alguns livros que levei e até mesmo treinei meu japonês com uma senhora que estava ao meu lado, que aliás era bastante simpática. O avião já estava pra pousar, quando o comissário chegou a falar novamente, dei ouvidos as suas palavras, assim como algumas pessoas fizeram, e logo depois sai do avião.