Capítulo Um.

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    7:15

Acordo com aquela sensação de que fui atropelada e nem anotei a placa.
Fico mais alguns minutos sentada na cama esperando a alma voltar para o corpo deste pobre ser.

É nesta hora que olho para o relógio do celular,e constato que outra vez estou atrasada.

-Merda, eu não deveria ter ficado lendo aquele livro, mas não em arrependo, era quente como o inferno, então, compensa ter ficado até às três horas da manhã pra terminar.

Luto pra me jogar pra fora da cama, e começar meu novo dia.

Aaaaa desculpem, pra quem não me conhece sou Ana Clara, moro em Nova York, sou uma mulher de 25 anos,e moro em um pardieiro barato no Queens que um dia foi chamado de kitnet, mas é o que dá pra pagar com meu trabalho na lanchonete, e é o mais próximo que eu consigo  próximo a ela,e isso me lembra que estou muito atrasada pro meu trabalho.

Saio voando de casa,pra pegar o metrô.
Levo uns 45 minutos até chegar em Manhattan, mais uns 10 minutos de muita corrida até chegar lá.

-Droga...-solto um xingamento  rápido,quando olho para o relógio e vejo que faltam três minutos para as 8:00 da manhã e nem desci do metrô e sei que vou escutar, daquele meu gerente nojento.

Brandon , que eu apelidei carinhosamente como "gerente purgante", é aquele tipo de cara que só está na posição que está porque é filho da dona Gigi, minha amável contratante.

-Sério não entendo como aquela criatura é daquele jeito, se saiu de dentro da dona Gigi.
Pensem em uma senhora que é a educação em pessoa, amorosa e gentil, e eu apostaria meu salário todinho que a clientela que temos é super fiel, porque sabem dessa essência dela.
Paro de divagar, quando chego finalmente na lanchonete, com 13 minutos de atraso.

Quando eu empurro a porta, sinto o cheiro maravilhoso de café e bolo que se misturam, eu amo esse cheiro.
Olho pra frente está a minha melhor  amiga  Jenny, uma morena de parar o trânsito, com um ego maior que muitos países subdesenvolvidos.

-oi Jenny-ela me olha com cara de Pânico

- Garota se esconde que o encapirotado, está vindo.
Com a destreza de um leopardo me jogo para dentro da dispensa e já coloco meu avental.
Quando saio da dispensa, finjo que nem cheguei atrasada, e vou atrás dos meus afazeres.

Se passa menos de meio minuto que começo a atender os clientes, e é quando o "purgante" me acha.

-Oi, dona Ana Clara, você não tem mais relógio?

Reviro os olhos de costas pra ele, e finjo que nem foi comigo.

-serio esse cara é no muito mala penso, mas faço cara de desentendida.

Nisso minha salvadora Jenny me encontra e me tira das garras do ser maligno.

O restante do dia eu e Jenny nos viramos como podemos, somos só nós duas, e mesmo com o movimento de clientes , nos viramos bem, até porque nosso turno só termina as 22:00,mas eu amo esse lugar é tudo tão bonito.

Aaaaa outra coisa que preciso contar pra vocês, caros leitores, é que sim, sou uma ferrada, pobre, pobre mesmo, e se você é um dos iludidos que acredita que morar em nova York é só glamour, aconselho, a não sair de casa.

Eu e Jenny somos como irmãs, nos conhecemos em um orfanato daqui mesmo, eu não sei se nasci em outro lugar, mas o que me contaram é que fui deixada aqui ainda bebê,passei por vários lares adotivos, mas acabei voltando pro abrigo, porquê não me encaixava nas famílias,e a Jenny, poxa,ela chegou na minha adolescência,e somos unidas desde então.
Falando nela:
-Ei...o que vamos fazer em seu aniversário?
-ela fala me fazendo rolar os olhos.
-Nada... e dou um sorriso amarelo.
Deixo esse assunto pra lá, porque sei como ela pode ser inconveniente.

Passado meu turno vejo Jenny  sentada, no final da dispensa, ela está me esperando, sei que o turno dela já terminou faz uma hora,mas sempre vamos juntas porque é perigoso andarmos sozinhas.

Nos despedimos do pessoal que ainda resta na cozinha e seguimos pra casa.

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⏰ Última atualização: Apr 11, 2021 ⏰

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Prazer, Ana ClaraOnde histórias criam vida. Descubra agora