Estação Branca

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Flocos de neve caiam de maneira delicada no chão durante a noite, formando uma fina camada branca sobre a grama verde enquanto as árvores tinham seus galhos cobertos pela matéria fofa e molhada. Logo, a rua, o bairro e a cidade inteira se encontravam sob as consequências da última estação do ano.

Em algumas horas, o Sol se levantava para avisar que um novo dia estava começando - e que havia uma surpresa à fora.

Vanilla, em resposta à luz do dia, acordara normalmente e abria as janelas de sua casa, como de costume. Um sorriso genuíno se formou em seu rosto quando viu o bairro - que antes era verde, muito arborizado e vasto, agora estava predominado pelo branco cristalino. Apesar da cor diferente o local não deixava de ser bonito.

Ela sabia o que isso significava: sorrisos vindos da Cream. Sua filha havia esperado o ano inteiro para ver a neve novamente, por ser sua época preferida.

Mamãe Vanilla, embora estivesse cedo para acordar uma criancinha, não hesitou em ir chamá-la. Afinal, essa mãe faria qualquer coisa pela felicidade de sua pequenina.

Apesar do cansaço aparente, Cream levantou sem muita demora, curiosa para saber qual seria a surpresa que Vanilla mencionara. Com as pálpebras pesadas de sono, ela questiona.

— Mamãe, qual seria a surpresa?

— Está na janela, querida. - Ela responde com sua voz doce e gentil enquanto arrumava a mesa para o café da manhã.

Cream, todavia não entender oque sua mãe estava dizendo, se dirigiu à janela em pura obediência e bocejos. Ao ver o que estava à sua frente seu sono se dissipou por completo, dando espaço não só para a alegria, mas ansiedade - ansiedade de poder brincar naquela neve branca e fofinha, de poder fazer um boneco de neve e de construir bases para guerrinhas.

A jovem coelhinha tomou seu café da manhã Às pressas e subiu as escadas para pegar seu moletom e cachecol. Como consequência da movimentação, Cheese acordou rolando em degrau por degrau (literalmente). Ele parecia estar irritado com o barulho que se ouvia do andar de baixo. Quando viu Cream descendo pronta para sair, ele pergunta em sua linguagem, voando tonto e meio desajeitado pois havia caído das escadas:

— "Chao chao?"

— Bom dia Cheese! Eu vou brincar na neve... olhe só, peguei um gorro e um cachecol pra você também! - Ela segurava roupinhas minúsculas nas quais o Neutral Chao entrou, agora tão animado quanto sua parceira.

Quando eles saíram, foi possível ver uma paisagem onde tudo estava coberto pela neve. As casas das proximidades tiveram seus telhados soterrados por uma camada grossa da matéria. Qualquer barulho alto ou tremor poderia fazer aquilo desmoronar (e coitada da pessoa que teria que limpar depois). Diferente dos bairros de humanos, aquele era muito espaçoso - uma casa aqui e outra ali, mas não deixava de ter casas. As moradias eram sempre perto de lagos e florestas pequenas, mas nunca próximas de estradas ou ruas asfaltadas. O máximo que se encontrava lá eram ruas estreitas de tijolos e trilhas. Havia também árvores altas de pelo menos 5 metros que sombreavam alguns lugares. Lembrar bosques ou parques é algo característico dos bairros mobianos. Agora imagine tudo isso, só que em branco cor de algodão.

Os dois amigos achavam que eram os primeiros a sair de casa para aproveitar, mas estavam enganados.

 Os dois amigos achavam que eram os primeiros a sair de casa para aproveitar, mas estavam enganados

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