𝖦𝖮𝖫𝖣𝖤𝖭 , 𝗂𝗆𝖺𝗀𝗂𝗇𝖾𝗌

𝖳𝗁𝗂𝗇𝗀𝗌 𝖢𝗁𝖺𝗇𝗀𝖾 - 𝖯𝖾𝗍𝖾𝗋 𝖯𝖺𝗋𝗄𝖾𝗋

𝗦𝗬𝗡𝗢𝗣𝗦𝗜𝗦. Você e Peter já passaram por isso. Antes de tudo, vocês dois tinham um relacionamento feliz e saudável, e tudo estava ótimo. Agora, vocês dois perderam uma pessoa importante em suas vidas e muito tempo foi perdido. O enfrentamento pode levar ao fim do seu relacionamento à medida que as coisas mudam.

𝗪𝗔𝗥𝗡𝗜𝗡𝗚𝗦. alguns palavrões — acontece depois do filme Ultimato — traduzida de annab-nana em tumblr

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Depois da morte dele, as coisas não foram as mesmas entre você e Peter. Antes de tudo, vocês estavam se aproximando da marca de um ano em seu relacionamento e vocês estavam tão felizes e cheios de amor, mas depois do 𝘣𝘭𝘪𝘱 e tudo, tudo desabou sobre vocês dois. Ambos perderam alguém importante. Tony foi uma grande parte de cada uma de suas vidas, especialmente a de Peter.

Quando Tony sacrificou sua vida pela vida de todos os outros, isso custou muito a você e Peter. Peter se distraiu sendo o super-herói da vizinhança que todos conheciam e amavam, e você se concentrou em conhecer sua nova priminha, Morgan. Ela era uma pequena luz brilhante em seus dias agora sombrios desde o falecimento de seu tio, mas você se acostumou um pouco com a perda depois que seus pais morreram em um acidente de carro. Isso foi algo com que Tony te ajudou. Ele perdeu os pais tão repentinamente como você e ele te abraçava enquanto você chorava à noite, ou se oferecia para te destrair, permitindo que você o ajudasse a construir ternos e aparelhos.

Peter, que havia perdido muitas pessoas na vida, não estava tão acostumado quanto você. Era cada vez mais difícil para ele, e ele comecou a perder a esperança de que até mesmo seus amigos íntimos e familiares ficariam por muito mais tempo. Ele também não gostava de mostrar que estava lutando, fazendo uma cara de bravura quando está perto de você e de Morgan. Ele tentou ser um grande líder forte perto de você, mas você gostaria que ele fosse apenas o seu idota Peter Parker novamente. Ele não precisava ser um super-herói o tempo todo para você.

Você não apenas notou sua dissociação, mas ele não é mais o mesmo menino. Ele não fazia as coisas que costumava fazer. Ele não corre à sua frente para abrir a porta para você como fazia antes. Ele não pega sua mão ou coloca a cabeça de cachos castanhos em seu ombro mais. Raramente vocês dois se abraçam ou até se beijam, mas quando acontece, é rápido e fugaz como um adeus ou um alô, nada apaixonado ou significativo. Vocês dois simplesmente existiram com uma pequena conexão do que era, basicamente brincar de casinha quando cuidavam de Morgan enquanto tentavam manter suas notas altas.

Uma noite, depois de colocar a pequena morena alegre para dormir enquanto Pepper ficava até tarde no trabalho, você se sentou ao lado de Peter, que estava sentado no sofá da sala.

— Precisamos conversar. — Você suspirou enquanto afundava nas almofadas, tentando se preparar para a conversa que você não queria ter, mas precisava se você quisesse seguir em frente.

— Então fale. — Disse ele com indiferença, sem emoção ou nada por trás de suas palavras ou mesmo seu rosto que parecia cansado.

— Não sei o que dizer, mas algo está errado conosco. Não somos os mesmos. Nós mal agimos como um casal... — Vocês começaram a conversa que os dois precisavam desesperadamente ter, mas odiavam ser o único a iniciá-la. Os olhos castanhos de Peter encontraram os seus, um pequeno brilho para eles enquanto as lágrimas se acumulavam em seus cantos.

— E daí? Você quer terminar? — Ele zombou. Está era a última coisa que ele precisava agora. Ele precisava de você, mas não sabia como pedir ajuda porque percebeu que você estava passando por tudo muito pior que ele, porque Tony era sua família de verdade, é claro. Ele estava tentando seu melhor para estar lá para você, mas ele estava se esforçando, então o que ele deveria fazer?

— E-eu não sei, talvez? Ou apenas um tempo? Até que descubramos as coisas... — Você afirmou, engasgando com suas próprias lágrimas. Você assistiu a algo acontecer que normalmente nunca ocorreu com Peter. Se o seu Peter estivesse chateado, ele contaria e falaria com você sobre isso, mas o Peter na sua frente transformou sua tristeza em raiva.

— Então é isso? Terminamos? — Ele bufou e se levantou, elevando-se sobre seu corpo sentado. Ele passou a mão áspera pelos cachos, puxando os fios com frustração. — Eu te odeio.

Você foi levada de volta por suas palavras, as cinco sílabas cravando uma faca em seu coração e torcendo-a para aumentar a dor profunda. As lágrimas cobriram seus olhos, mas você não as estava deixando cair ainda. Você ficou com ele e se aproximou um pouco mais.

— Bem, se você vai ser assim, eu também te odeio. — Você odiava a maneira como sua voz soava tão quebrada quando gritava aquelas palavras para ele, mas ele também merecia saber o quanto isso doeu. Seus olhos se suavizaram por um momento e você sabia que ele se arrependeu.

— Por que você me odeia? — Peter respondeu, sua própria voz quebrando ligeiramente também. Você ficou em silêncio com medo de quebrar se abrisse a boca. — Eu mudei minha vida inteira por você. Eu sou um garoto bom. Eu nunca te traí. Eu cuido de você e de Morgan e sou responsável-

— E você não está apaixonado por mim. — Você murmurou tão baixo, mas ainda alto o suficiente para interromper seu monólogo. — Se era isso que você ia dizer, você não está apaixonado por mim, Peter.

— Eu te amo s/n! — Peter afirmou como um fato que era verdade.

— Eu sei que você me ama, Pete, mas você não está mais apaixonado por mim! Desde o blip, algo está faltando, e acho que é isso. Não estamos mais apaixonados! — Você admitiu. Então, não era só ele. Foi você também. Ele percebeu isso também e seus olhos se arregalaram.

— Você também não está mais, não é? — Ele questionou, temeroso da resposta que viria.

— Não, Pete. Eu não estou mais. Eu não consigo. Tenho muito para lidar. Com Tony, Morgan, escola, vida, nós, é tudo demais e nós nos separamos. — Vocês dois se encararam, olhos cheios de lágrimas olhando para o outro antes de cair nos braços um do outro e desabar.

— E-eu amo você, m-muito, s/n. — Peter soluçou enquanto embalava sua cabeça em seu peito.

— Eu também te amo, Peter. — Você chorou, palavras abafadas por seu suéter manchado de lágrimas.

— S/n? — Você ouviu a vozinha da menininha de cabelos castanhos que estava com dificuldade de se deitar. Peter se afastou de você e se afastou de Morgan, não querendo que a garota o visse tão chateado. — Você está bem?

— Sim, linda. Vá para a cama, estarei lá em um minuto. — Você disse a ela enquanto enxugava o rosto para se livrar das lágrimas. Morgan acenou com a cabeça e subiu as escadas obedientemente antes de você se virar para Peter.

— Venha aqui... — Você sussurrou e passou os braços en volta do pescoço do menino, seus braços encontrando seu lar em torno de sua cintura. — Nós não superamos, Pete. Só precisamos de um pouco de tempo, ok?

— Ok. — Ele murmurou quando vocês dois se separaram. A mão de Peter, que ainda estava atrás de sua cabeça, puxou-a para mais perto de seus lábios para dar um beijo em sua testa. Você acenou para ele quando ele alcançou a porta e, quando ele saiu, percebeu o que você tinha feito e esperava que tivesse tomado a decisão certa.