.prologo

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— Hinata Shouyou e Hinata Tobio¹. — a secretária finalmente os chamou e os dois se levantaram. Shouyou sentia seu estômago revirar e Kageyama ( Kageyama Tobio se tornou Hinata Tobio, na indentidade depois do casamento, mesmo que usasse e preferisse seu nome de solteiro em situações informais) o arrastava pela mão fingindo estar bem, mas seu hiperfoco nunca é um bom sinal. — Me acompanhem, por favor.

Hinata e Kageyama se separam depois do ensino médio, mas naquela época não houve um namoro ou qualquer coisa. Os dois eram destrutivos demais pra isso. Cada um seguiu seu caminho, mudaram até de continente. Tiveram outros amores, tiveram outra vida longe um do outro, mas os astros e as mares os reuniam incansavelmente, mesmo que não planejarssem sempre acabavam como rivais ou parceiros de time... até cederem ao destino.

Eles se juntaram oficialmente aos 29 anos. Estavam namorando daí em diante. Um namoro pouco convencional. Se viam nas semanas de folga, mas tinham uma vida corrida. Jogo atrás de jogo, nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas sempre nas quadras.

Quando eles conseguiram trabalhar do mesmo pais e morarem juntos não demorou seis meses para estarem casados no papel. Tudo foi intenso. Como se precisassem da existência um do outro para se manter vivos. O levantador precisa do atacante, assim como o atacante precisa do levantador, mas a paixão passou. Passou e ficou o amor, construíram sem perceber e quando viram tinham uma muralha indestrutível.

— Certo, vocês tem que assinar aqui e aqui. — a mulher apontou no papel. Shouyou foi o primeiro a escrever seu nome e passou a caneta pra Kageyama. A secretária pegou o papel de volta, olhou para os lados e cochichou. — Vocês jogaram nas olimpíadas, não foi?

— S-sim. — respondeu Shouyou.

— Podem me dar um autógrafo? Meu filho quer ser jogador.

— Claro. — responderam quase em conjunto.

Com o passar dos anos, eles foram envelhecendo, a verdade é que o esporte é cruel. Aos 36 anos você já não joga tão bem quanto qualquer pirralho de 20. Kageyama aproveitou o tempo pra fazer uma faculdade de técnica esportiva. Ele começou a trabalhar pra times Italianos bem requisitados. Ele ajuda na tática dia times. Já Hinata foi por um tempo treinador, mas não era tão bom nisso. Ele era melhor como motivador. Ele deu diversas palestras em eventos esportivos por todo o mundo, mas mantém contrato com um time carioca, como treinador auxiliar.

Os dois experimentaram a vida caseira e depois de muito pensar… Resolveram adotar um bebê. O Japão é ortodoxo, claro, mas os dois já estavam determinados.

"Hinata Keiko" o escrivão carimbou o nome da menina. Ela tinha um documento com o nome dos seus pais. A garota ficou com a avó em casa, porque um cartório não é um lugar pra um bebê, mas agora Hinata Keiko era a terceira integrante da família. 




















Nota 1: Sim, Hinata Tobio. Hahaha é difícil... eu não sou a maior fã de mudar o sobrenome dos personagens, mas pesquisando um pouco descobri que os japoneses não tem nome do meio. Eles tem apenas um sobrenome, herdado pelo chefe da família ou pego do cônjuge.

Mudar o sobrenome quando se casa é muito importante. Assim que se sabe que aquelas pessoas são uma família, o nome é muito importante culturalmente e estruturalmente. Para adotar um bebê os dois precisavam ter o mesmo nome.





Uma Familia de três agora - KagehinaOnde histórias criam vida. Descubra agora