15.02.2015

25 1 0
                                    

Estamos no dia 14 de fevereiro de 2015. Ou seja, sábado. Hoje e domingo obviamente não haverá aulas e segunda, terça e quarta também não por conta do carnaval. Cinco dias. Cinco dias para reconstruir o muro. Cinco dias para deixar de me importar. Cinco dias para me tornar quem eu quero ser, mas não sou. É sempre assim, eu digo tudo isso e chego na escola fazendo brincadeiras. Mas quando paro para pensar por um segundo, tudo volta e eu não posso fazer nada. Já chamaram-me de bipolar.
Bi•po•lar - [definição de bipolar aqui]
Eu tenho completa noção que isso é uma doença, que eu levei isso muito a sério e que era brincadeira. Mas, quando uma parte minha sente que é verdade, para mim isso deixa de ser uma brincadeira e torna-se uma ofensa.
Não estou dizendo que sou bipolar, apenas que acho que mudo de humor rápido demais às vezes.
Também penso que eu deveria ir a um psicólogo, todos precisamos na verdade. Mas não me sinto a vontade contando meus problemas para ninguém, ainda mais um desconhecido que sei que vai contar para os meus pais. Tenho medo de não ouvir o famoso "é só uma fase" e ouvir algo mais sério. Não quero preocupar meus pais, ainda mais com meus dramas.
Eu adoraria ter um livro de psicologia, entender os outros sem que eles saibam, e principalmente me entender.
Só conto sobre meus problemas para minha melhor amiga e, muito raramente, para meu melhor amigo. Mas a verdade, eu nunca contei para ninguém. Nem mesmo para você, diário.
E também não pretendo contar, isso fica apenas para mim. Talvez daqui uns anos eu decida o que fazer a respeito disso. Ou talvez eu nunca decida nada.
Mas talvez amanhã eu nem acorde, então vamos apenas esperar e ver o que me acontece.

DiárioOnde histórias criam vida. Descubra agora