Capítulo IV

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Na entrada tinham várias pessoas bêbadas, algumas fumando, outras bebendo ainda mais e outras sem roupas, o negócio estava bem animado. Entrando na boate pude ver o mesmo cenário, com a diferença da música estar mais alta e as pessoas não estarem fumando, acho que é proibido aqui dentro.

Vou até o bar e peço uma dose de whisky. O barman me serve, bebo de uma vez só.

— Me trás outro.

E essa é a única frase que digo por quase uma hora, já estava bêbada e resolvo dançar. Me levanto e vou para o "meio da galera".

Uma garota cola em mim e começamos a dançar uma música que eu desconheço.

Ela agarra a minha cintura e me beija. Seu beijo era selvagem e seu toque era bruto. Eu paro o beijo e começo a provoca-la, ela me olha com desejo, me abraça por trás.

— Nós deviamos ir para um lugar mais reservado, o que acha? – sussura em meu ouvido.

— Daqui a pouco, agora eu quero dançar.

Saio do seu abraço e a puxo, subimos em cima de uma mesa e começamos a dançar, ou melhor, fazer um show para quem estava dentro da boate.

As pessoas começaram a nos olhar e a gritar nos incentivando, eu me empolgo e rebolo ainda mais. Estava tão bêbada que ia tirar a roupa, mas uma mão me puxa de cima da mesa.

— O que você pensa que está fazendo? – era Natasha.

— Dançando, não está vendo? – me solto dela.

— Ei, quem você pensa que é para puxar ela assim? Eu cheguei primeiro, vai atrás de outra. – fala a garota que estava comigo. Eu acho que isso não vai acabar bem.

POV*NATASHA*

Eu estava em casa entediada e resolvi sair para me distrair. Um amigo meu é dono de uma boate LGBTs e resolvi ir lá. És que tenho uma surpresa: Luisa, em cima de uma mesa, dançando, ou melhor, se esfregando em uma puta.

Ai eu pergunto a você: eu vou deixar isso como está? Evidente que não.

Vou até a mesa e puxo Luisa pelo braço, dai vem a puta perguntando quem eu penso que sou para fazer isso. Quem esse demônio pensa que é para dirigir a palavra a mim e se esfregar na MINHA mulher? Acho que ela não tem medo de morrer.

— E quem você pensa que é para está agarrando a minha mulher?

— Eu não sou sua mulher – fala Luisa bêbada, que ódio.

— Se ela não é sua, não lhe devo nada, vamos anjo. – fala levando Luisa.

Eu sempre fui uma pessoa pacífica, mas essa garota está me irritando muito.

Seguro o ombro da garota, a viro e dou um soco certeiro em sua boca, ela põe a mão no rosto para limpar o sangue. Se você está pensando que eu sou super forte, você está se iludindo, porque depois que dei o soco, quase choro com a dor em minha mão.

Voltando a nossa luta, as pessoas começaram a gritar e abriram uma "rodinha", ela me olha com ódio e vem para cima de mim.

— Ai, meu Deus, parem com isso– grita Luisa desesperada. – Natasha, por favor.

A garota agarra o meu cabelo e puxa, eu a derrubo no chão e começo a dar vários socos nela, ela consegue sair de baixo de mim e começa a me bater, os seguranças aparecem e nos separam.

— O que está acontecendo aqui? –aparece Matheus, o dono da boate. –Natasha, eu pedi para você vir, para se distrair, não para arrumar briga.

— Desculpa, Theu.

Ele expulsa a garota do lugar, me leva para a sua sala com Luisa, me dá um pouco de gelo para por no rosto.

— Luisa, vamos. Eu te levo. – falo me virando para Luisa.

— Eu não vou com você, eu vou sozinha, estou de carro. – fala irritada.

— Você está bêbada! Eu não vou deixar você ir dirigindo. Você vai comigo e cala a boca.

— Grossa.

— Matheus, pode guardar o carro dela? – me viro para Matheus que nos observava.

— Claro.

— Obrigada. Amanhã eu venho buscá-lo.

Eu e Luisa seguimos para fora da boate. Vou até onde meu carro estava estacionado acompanhada dela. Abro a porta para que ela entre. Entro e dirijo em silêncio para a sua casa.

Quando em fim chegamos ela ia saindo, mas eu seguro seu braço.

— O que estava fazendo? -- pergunto.

— Não te interessa.

— Luisa, você não ia fazer o que estou pensando, não é?

— E SE FOSSE? O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO? – grita.

Eu não sei o que responder. Ela sai do carro e caminha até a porta, eu saio do carro e corro para alcança-la.

— Ei, não terminei.

— Mas, eu sim.

— Luisa, eu me importo com você.

— Não se importe.

— Eu te amo. Como posso não me importar com você?

--- Engraçado como não se importou nas últimas três semanas. Você nem me deixou chegar perto de você. Você também me amava quando estava virando as costas para mim e para a nossa relação? -- fala com a voz embargada e eu tive vontade de morrer por causar isso nela.

--- Eu fui imatura e inconsequente. Estava sofrendo e não sabia lidar com aquilo. Eu estava com medo. Eu não queria te escutar, porque tive medo de constatar que você realmente tinha me traido e me magoar ainda mais.

--- Você é uma estúpida.

--- Eu sei, mas eu te amo. E sei que apesar de tudo, você também me ama. -- digo.

Ela fica em silêncio por um instante, olhando para mim. Aproximo-me dela, seguro sua cintura e a beijo.

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U.U não vou falar nada. Comentem.

Contínuo (2° Temporada - Entre Nós)Onde histórias criam vida. Descubra agora