Sinopse: Tori vai morar em uma casa no meio do nada, na intenção de ajudar Beck, seu melhor amigo da adolescência, a superar a morte de sua namorada. Só que... a casa é rodeada por acontecimentos estranhos.
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A casa de Beck era bonita, até. Embora Tori estivesse acostumada aos móveis coloridos e ao estilo clean de sua casa, não havia visto problema nos móveis de madeira escura e as janelas obstruídas por árvores enormes. Pelo menos não na primeira semana. Mas agora, o estilo escuro da casa apenas a tornava mais perturbadora.
— Tori, é coisa da sua cabeça! — Beck insistiu, mais uma vez.
Às vezes, Tori sentia certa frieza vinda de Beck, frieza que ela não lembrava de ver na adolescência deles. Ela pensava que talvez fosse por culpa da morte de Jade, que foi assassinada tão repentinamente. Esse fato súbito fez Tori se arrepiar.
— Não é! Eu vi um vulto passando na frente do meu quarto, e as minhas coisas vêm desaparecendo! Eu escuto sussurros e passos de noite, esse lugar é assombrado, Beck! — O amigo deu risada.
— Você é paranoica, Tori. — Tori bufou. Sabia que não era paranoica e que tinha alguma coisa errada naquela casa.
As manhãs costumavam ser tranquilas na casa, e se não fosse pela perturbação noturna, os dias de Tori seriam pura paz. Acordar pelas 10 horas, tomar café, caminhar pelo jardim da casa... mas a noite era horrível. Durante a noite, Tori nunca tentava sair de seu quarto, o medo que sentia daquela casa a impedia, então em seu quarto possuía uma garrafa de água, e diariamente Tori dava graças a Deus por ter um banheiro junto a seu quarto.
— Ugh. Boa noite, Beck. — Disse, indo para seu quarto.
Aquela noite foi ainda mais perturbadora. No meio da noite, Tori acordou com um piano tocando no andar debaixo. Ela estremeceu quando escutou uma voz começar a cantar uma música no andar inferior, sabia que não iria conseguir dormir depois disso. Cobriu os ouvidos, rolou de um lado pro outro, e acabou sentando-se na cama. Não é possível. Pensava ela.
Ela sabia que não era Beck, porque a voz que se lamentava ao cantar era feminina, e, na verdade, muito bonita. Seria um show e tanto, se Beck e Tori não morassem sozinhos na casa. Tori mandou mensagem para Beck, perguntando se ele ouvia alguma coisa, mas não houve resposta. Beck sequer recebeu a mensagem.
Tori levantou em uma onda de coragem, ligou a lanterna do celular, abriu a porta e desceu as escadas, começando a tremer no meio do caminho. O canto parou quando ela abriu a porta da sala. Lentamente, ela caminhou pelo lugar, olhando para os sofás e para a mesa da sala de jantar. Nada.
De repente, um barulho no piano. Tori gritou e olhou pra lá, ouvindo uma risada.
Havia uma moça sentada ao piano, vestida toda de preto.
— Quem é você!? O que faz aqui!? — Tori perguntou, apontando a lanterna pra moça. — Jade?
— Espera, você consegue me ver?
— Isso é um pesadelo. Só pode ser. Você morreu!
— Como você consegue me ver? Como é possível?
— Beck! Cadê você?
— Ele tá dormindo, Tori, fica quieta! Eu não acredito que vocês namoram agora. Que filho da puta! Não esperou completar nem um mês e já foi atrás de outra.
— Beck e eu não namoramos! Jade, como você está aqui? Como é possível!?
— Você espera que eu saiba como!? Sei lá, às vezes nem o céu e nem o inferno me quiseram, então eu tô aqui. — Deu de ombros. Tori começou a ranger os dentes de medo. Ela estava conversando com um fantasma?
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One-shots Jori
RomanceApenas várias histórias de um capítulo do nosso querido casal. Ps: a maioria é inspirada em músicas.