Uma última vez?

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Oi, gente! Primeiramente, quero muito agradecer o apoio e carinho que vcs estão me dando aqui na plataforma. Eu vou separar um tempo pra responder todos os comentários com calma, por favor entendam que eu sou um pouco atrapalhada em termos organizacionais kkk. Mesmo assim, resolvi trazer pra vcs uma nova Eremin, dessa vez criada em U.A.! Um único capítulo, mas acho que vai dar pra se divertir. Boa leitura...

*

*

A sala de reuniões estava uma bagunça. Por entre cadeiras quebradas e prateleiras jogadas no chão, um homem se estendia no meio do caos, ofegante e solitário. Eren Yeager tinha jurado para si mesmo que quando chegasse a hora de ter aquela reunião, estaria em plenas condições emocionais para matar Armin com um único tiro, mas agora que chegava a hora, suas pernas tremiam. Estava com as mãos espalmadas sobre a mesa de madeira, de pé ao lado dela, tentando tomar fôlego após o descontrole emocional. A cabeça pendia baixa, os cabelos longos encobrindo um rosto sem expressão.

— Senhor Yeager — uma voz ressoou dentro da sala, logo depois da porta ser aberta. — Ele está aqui, do lado de fora. Mas se não estiver em condições...

— Mande ele entrar.

Eren não o observou, mas viu de relance que o homem assentia rapidamente com a cabeça e se retirava. Em sequência, alguns barulhos altos aconteceram, como se um terceiro homem estivesse sendo levado até ali. A porta da sala foi novamente aberta, e dessa vez, Eren ergueu as orbes perturbadas para encarar a cena.

Eles traziam Armin. Ainda vestido com o uniforme da facção Yeager, a cabeça baixa de um cão arrependido, ele era largado lá dentro. Não resistia; permitia-se ser empurrado até o centro da sala, e a única expressão emocional visível eram punhos fortemente cerrados em si mesmos. Se estava ou não com medo, o Arlert não demonstrava.

Tentando recuperar a compostura para ter aquela conversa, Eren endireitou a coluna. Tremendo, sacou um cigarro para si mesmo e o acendeu, dando a volta por trás de sua própria mesa e se sentando na grande cadeira de madeira. Armin continuava parado à sua frente, ao lado de dois homens que o tinham trazido até ali.

— Permita-nos executá-lo — um dos homens falou, olhando com asco para Armin. Mas tudo o que Eren respondeu foi:

— Saiam.

— Senhor Yeager, o senhor pode não estar...

— Saiam!

O grito foi alto o suficiente para que as paredes ressoassem. Os dois subordinados estremeceram e se entreolharam, logo antes de sair; Armin não teve absolutamente nenhuma reação.

A mão do cigarro estava tão instável, que Eren mal podia segurá-lo. Deu uma boa olhada no homem de cabelos loiros que estava à sua frente, e agora enquanto o observava, percebeu que seus próprios olhos já eram umedecidos por lágrimas de ódio. Ou de qualquer outra coisa indecifrável.

— Preciso te parabenizar, Armin — sussurrou, as sobrancelhas arqueadas em direção a ele. — Você quase conseguiu me arruinar. Não é irônico?

O Arlert não respondeu. Continuou imóvel, inabalável. Diferente das pernas de Eren, as suas não tremiam. Os cabelos loiros e curtos não eram capazes de encobrir o rosto, mas naquele rosto nada podia ser lido.

— Eu não consigo entender... como eu posso ter sido... tão idiota... — Eren voltou a falar, analisando a figura à sua frente. Deu uma tragada no cigarro, mas nem sequer sentia o gosto. Dentro do seu corpo, o ódio queimava, e algo mais, talvez; mágoa. Eren tinha sido traído. — Quando foi que você entrou aqui, Armin? Quando você foi admitido?

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