The other side of the board

Xeque em vermelho (parte 2)

-Bom dia flor do dia- diz a garota ruiva ao meu lado com um sorriso safado

- O QUE VOCÊ FEZ COMIGO?

-Só fiz uma cirurgia para remover seu rim e vende-lo- diz ela em um tom serio

-VOCÊ O QUE?-exclamo verificando se n havia nenhuma cicatriz- na moral, qual o seu problema? Tu é louca ou o que? E o que você fez comigo ontem?

-Olha pra ser sincera esperava mais de um nerd como você, sinceramente você parecia ser mais esperto do que os outros, mas pelo amor de Deus, seguir uma garota que acabou de conhecer até uma armadilha que poderia ser fatal, não é algo que esperava de um cara como você

Ela tá certa o que eu fiz foi errado,e principalmente idiota, ela tá me colocando contra a parede verbalmente,  preciso dar um jeito de virar o jogo sem demonstrar sentimentos, se não game over

-Que fofo da sua parte me elogiar tanto, mas confesso que me senti um pouco

Ela fica olhando a janela por um tempo com uma expressão seria e enigmática

Ela parece ter vários problemas, bom não preciso de mais um acho melhor ir embora mas antes...

-Ate quando isso rolou?- pergunto de maneira seria

-Fizemos amor ate o sol nascer- ela diz com uma voz de desanimo

-Até o campeonato

[...]

Em outras circunstancias não me envolveria com uma pessoa assim, só Deus sabe o quando meu psicológico é ferrado, o que aquela garota fez comigo e o que essa pode fazer, estou caindo em mais um loop da minha vida, já tenho problemas demais pra me importar com ela mas ainda assim...

[...]

Faltando cerca de uma hora pro inicio das semi finais avisto aquela garota, mas ela estava mais arrumada, com um humor mais animado, diferente do de manhã. Diferente dos outros os competidores que estavam aqui eles eram sérios, concentrados

Então anunciam meu oponente parecia ser uma menina de pelo menos 12 anos, ela embora aparentasse ser infantil, eu não deveria subestimar as habilidades dela. Ela começa de maneira peculiar, e ao longo do jogo foco em minha defesa, todas as jogadas dela não eram convencionais, mas de maneira surpreendentes eram precisas, não importava quanto tempo eu analisa-se ela, era impossível prever seus atos, e o pior ela não trocou um único olhar comigo, muito menos uma palavra, esse seria meu único jeito de derrotar ela, usando blefes

-intrigante suas jogadas-digo eu tentando entrar na mente dela- vc tem uma estratégia peculiar, seus movimentos são cada vez mais imprevisíveis, admirável de alguém com essa idade

Eu sei talvez eu tenha sido meio rude mas se que quero vencer aquela garota vou ter vender minha alma

-Foi uma coisa que aprendi a muito tempo-diz a menininha- vcs jogadores comuns seguem uma estratégia e a traçam desde o inicio do jogo, analisam seu oponente,e reveem as possibilidade s independente da habilidade do inimigo, o ser humano é chato facilmente previsível, eles demoram pra aprender e dependem de erros para recomeçar e mudar, ignorantes não conseguem simplesmente prever o que suas ações irão realizar

Ela não vai ser tão fácil de derrotar, ela é diferente de todos aqui, porém eu posso usar isso contra ela, a estratégia dela segue uma linha fixa de mover o maior número possíveis de peças mantendo uma defesa resistente, porém a dama sempre esta posicionada no ataque, talvez eu possa romper essa defesa caçando a dama, sem a dama ela será forçada a jogar com as demais peças

-Então você não é tão imprevisível, você apenas esta movimentando a sua defesa para proteger o rei pra forçar eu mover as minhas causando um série de aberturas-declaro em um tom confiante enquanto o jogo continua