𝘞𝘰𝘬𝘦 𝘶𝘱 𝘢𝘭𝘰𝘯𝘦 𝘪𝘯 𝘵𝘩𝘪𝘴 𝘩𝘰𝘵𝘦𝘭 𝘳𝘰𝘰𝘮

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     Harry havia terminado seu show, Londres foi incrível, mesmo ansioso e um pouco inseguro para voltar ao palco (agora sozinho), seu corpo ansiava pelo calor e adrenalina que percorria seu interior com os gritos da plateia e as melodias de suas músicas. Agora, no hotel, ele se banhava, tentando acalmar a mente e as sensações eletrizantes que seu show propôs em seu corpo.

     O cantor, assume, que sua mente estava inquieta por outra razão, outra pessoa.

     Louis.

     Havia duas semanas, desde que conversaram pela última vez. E infelizmente, não foi pela rotina corrida de ambos, foi um término. Quer dizer, Harry já sabia que isso aconteceria, eles já estavam dando um tempo a meses, já não se falavam. E conhecendo o Louis, sabia que isso de "dar um tempo" não funcionava para o de olhos azuis.

     Harry, apesar de sempre ser aquele que cede primeiro, a quebrar o orgulho, entendia que não dava mais, não tinha como insistir. Ele aceitou, terminaram, fim.

     O mais novo não podia negar que dessa dor, dor que assolava seu coração, resultou em um álbum tão verdadeiro e sincero. Harry Styles, "sobre mim, sobre você, sobre nós", foi isso que Harry escreveu em seu diário assim que terminou suas composições. Ele abriu seu coração para quem quisesse conhecer, abriu seu coração para Louis. O único que, de fato, importava.

     Após seu banho, deitou-se na grande cama do hotel, seu celular encontrava-se em cima da mesa de cabeceira. E conhecendo bem, sabia que as únicas mensagens ali seriam de seus amigos mais próximos elogiando o show e o talento do cantor. Não é como se ele não gostasse desses elogios, ele amava, ele sabe o quão bom é. Mas não queria ver as mensagens naquele momento, ainda mais sabendo que não teria a mensagem de quem gostaria, um simples: Você brilhava naquele terno, H, <3
     Se esticou na cama e puxou o edredom para cima de sua cabeça, se escondendo, tentando achar um aconchego em si próprio, mas seu coração estava tão apertadinho, e doía um pouco, bem lá no fundo. Era saudade, e ele se sentia sozinho. Não existiam ternos, joias, dinheiro, fama ou prêmios que preenchiam aquele buraco em seu coração, que pertencia somente e especialmente para Louis Tomlinson.

     Ele não queria viver o que compôs em sua música, não queria acordar sozinho naquela cama de hotel. Dormir ali já era triste, mas acordar... era angustiante.

     Harry sentia seu corpo cansado, e percebeu estar caindo ao sono mesmo com seus pensamentos acelerados. Tão acelerado que não notou as batidas na porta. Ele continuou deitado, coberto. Só despertou um pouco quando seu celular começou a tocar, não queria atender, por pura preguiça, "está tão longe" murmurou, - estava sendo dramático, visto que se esticasse seu longo braço já alcançaria o aparelho.

     Não aguentou o toque incessante, e ao virar e encontrar seu celular, seu coração faltou sair pela boca. "Tomlinson <3". Harry ficou segundos, talvez minutos olhando para o aparelho, tentando raciocinar se era um sonho, ou algum delírio de saudade.

     Apenas se mexeu e pegou o aparelho em mãos quando foi notificado da ligação perdida.

     - Merda, liga de novo, por favor, por favor. - Dizia, enquanto bloqueava e desbloqueava o aparelho diversas vezes, como se isso fosse enviar um sinal a Louis.

     A ligação não retornou, mas um SMS, sim. "Estou na porta, abre pra mim"

     Harry paralisou, encarou a porta e não sentia suas pernas, estava tão afoito, não sabia o que pensar. Tudo dentro dele estava explodindo como fogos de artifício. Ele tinha certeza que seus "divertidamente" estavam travando uma batalha ou morreram de vez e não tinha mais ninguém na cabine de controle.

Woke up alone is this hotel room.Onde histórias criam vida. Descubra agora