🌹Sabrina🌹

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O som das lâminas cortava o ar. O sol já se escondia no horizonte, um poente da cor dos cabelos ruivos de Sabrina . Ela não fazia ideia de a quanto tempo estava segurando a espada .Os calos visíveis em suas mãos ardiam. A cada cinco minutos ela ouvia barulho de explosões; havia caído no campo minado dos Nekeds – Os nativos guerreiros de pele bronzeada, a maior tribo das terras do Sul – A armadilha de Titus, um dos sete
generais de Clovis Barsã e comandante dos Nekeds, havia funcionado perfeitamente. Ela ergueu a lâmina da mão direita. Não importava quão bem haviam se preparado dessa vez, jamais perderiam, não podiam em hipótese alguma permitir que chegassem ao Carvalhais. Ela posicionou as pernas em ritmo de combate.

Três dos soldados de Titus avançavam em sua em sua direção, ela nem havia contado quantas vidas tirara naquela tarde. Não .
Naquela batalha os mortos não podiam ser contados.

Os três investiram contra Sabrina. O primeiro atacou pelo alto, poucos centímetros à sua testa, ela mal conseguiu desviar e já perfurava o ponto vulnerável na lateral esquerda do mesmo. O sangue
jorrou, mas ela já disparava para o próximo pressionando contra a espada do forte homem. As lâminas se faiscaram uma na outra.

Ele claramente era mais forte que ela. Ela encarou o olhar, a beleza desconcertante era uma das armas que Sabrina sempre
manteve afiada. Um desvio de concentração do homem, e ela tirou a pressão das lâminas acertando o nariz do homem com o cabo da arma. Quando levou a mão ao nariz golpeado, Sabrina o derrubava com um jogo de pernas rápido já pronta para o ataque do último do três. Ele era o menor, poucos centímetros menor que ela. Ele golpeou, acertando somente o ar. O cotovelo da princesa acertou o meio dos olhos do pequeno guerreiro o desacordando. O mais forte deles se levantou, avançou outra vez. Lento demais. Sabrina acertou o punho no estômago do homem o fazendo se curvar de dor, e o joelho de Sabrina já se chocando contra o peito do soldado lhe arrancando um gemido de dor. O golpe de sua lâmina foi rápido e indolor. Mas ainda precisava ver como estaria o conflito.

Ela alcançou um pequeno planalto com vista para a batalha a diante. A visão era devastadora. Havia derrubado o flanco
esquerdo com os poucos soldados que permaneciam ao seu lado. Onde estaria Ren?

O caminho até Titus era visível e estava livre. Se o derrubasse a batalha terminaria. Ela precisava faze-lo. A distância até ele era razoável. Precisava chegar até lá. Ren
provavelmente estivesse vencendo o flanco esquerdo se levasse em consideração a grande quantidade de Nekeds mortos ou
totalmente impossibilitados de lutar que se encontravam espalhados por todo o campo de batalha . Ou seja, faltava pouco pra terminar a batalha a seu favor. Mas poderia dar o fim aquilo agora.

O vento a avisou. Mais dois Nekeds apareceram atrás, as lâminas pingavam sangue. Deviam ter machucado ou matado
seus soldados. ‘’Chega de baixas’’ ela pensou consigo mesma. Daria um fim aquilo. Ela ergueu a lâmina mais uma vez. Ignorando a dor e segurando firmemente o cabo da espada. Ela pegou casualmente um punhal da lateral de seu cinto com a mão esquerda. Aquilo seria fácil, havia treinado para situações como essa.

Eles avançaram, mas ela foi mais rápida, arremessou o punhal. Ela sabia que não erraria, não importava a distância; o vento
sempre a ajudava. Em milésimos o punhal cravou na testa do Neked perfurando o crânio e o deixando inconsciente instantaneamente. O outro a olhou. Ela sorriu em expressão de desafio. Sabrina nem teve tempo de esperar a reação do
adversário antes dele tombar para frente, uma flecha o acertando por trás. Ela olhou para trás do Neked caído , a expressão do seu rosto se empolgou com a visão. Petrônio. Montado no seu cavalo asterion negro – Apolo – com aquele sorriso espontâneo no rosto. Nem parecia que acabara de tirar uma vida. Os cabelos escuros na altura dos ombros, um belo
contraste com o rosado de sua pele.

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⏰ Última atualização: Mar 20, 2021 ⏰

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