Capítulo único - A rosa vermelha

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Havia um homem andando pelas ruas em uma pequena vila no interior da França. Enquanto voltava para sua casa exausto do trabalho árduo, ele escuta um barulho como resmungos vindo de um pequeno cesto perto da calçada. Se aproximando com cuidado, para que não assustasse qualquer coisa que pudesse haver ali dentro, viu quando retirou a manta alaranjada, um pequeno bebê acordando aos poucos de seu sono. Pegando o cesto em seus braços, pode observar o bebê dar um sorriso banguela e rir bem pouco. Os olhos são azuis e o cabelo é loiro, poderiam jurar ser até um bebê da realeza. Mas um bebê real nunca se encontraria naquelas condições.

O senhor deu uma puxada no pano que cobria o corpo do pequeno rapidamente só para conferir e ter certeza do sexo, por mais que já imaginasse. Era um menino. Um belo menino que mais parecia ser um príncipe.

Ele sabia que não poderia deixar um bebê assim por aí. O que lhe ocorreria pelas noites de frio? Ou por fome e a maldade do mundo? Embolando o garotinho novamente nas mantas, o senhor o colocou no cesto e puxou seu cavalo para que fossem logo.

Ao chegar em casa, seus outros dois filhos estavam a sua espera para o jantar. Assim que viu em seus braços um cesto e também ouviu resmungos vindo do mesmo, Kushina, sua esposa lhe dirigiu o olhar.

— O que trouxesse dentro desse cesto, Minato?

E então, o homem puxou a manta, revelando um bebê com a mãozinha na boca.

— Oh, um bebê... — ela colocou a mão no cesto e o pegou. — Como um lindo bebê pode ser abandonado assim? É muita maldade em um só coração.

O garoto de olhos azuis lazulita a encarava. Um pequeno e divertido sorriso havia aparecido no rosto de ambos.

Kushina, naquela mesma semana havia perdido sua última filha. A garota de cabelos claros era a própria cópia do pai, calma e serena, bela e esperta. Sem ter a oportunidade de dar um nome para sua filha, a fada da floresta havia aparecido e lhe dado sua última sentença: a filha tirada dela. Algumas dividas só puderam ser pagas com a vida de sua filha caçula. Ela foi levada e, desde então, não se sabe muito sobre ela. Na verdade não se sabe nada.

— Vamos ficar com ele, mamãe? — Karin havia perguntado, animada ao ver o bebê.

— Vou ter outro irmão? —  Menma, o filho mais velho perguntou.

Kushina olhou para seu marido, e com um sorriso pequeno, ele apensas assentiu com a cabeça.

— Bem-vindo ao seu novo lar... — ela parou aos poucos.

— Qual o nome dele? — Menma perguntou.

— Podemos pensar com calma. Temos tempo.

Sorriu para os filhos e voltou sua atenção ao mais novo membro da família.

Conforme o tempo ia passando, o pequeno garoto ia se mostrando esperto e cada vez mais bonito. Os olhos ainda mais claros e o cabelo ainda mais loiro. Para a sorte do bebê, Kushina ainda possuía leite, já que não tinha dado de mamar para sua outra filha, seu leite por pouco não secara.

Um dia, quando Kushina o pegou para trocar a roupa, percebeu um pequeno espiral como marca de nascença na barriga, ainda não havia dado um nome para ele, e com aquela marca, começou a pensar em um.

— Espiral me lembra... Naruto! Combina com você, príncipe. Naruto.

O garoto sorriu banguela e soltou resmungos, parecia estar contente com o nome que recebeu de sua nova mãe.

— Hora de dormir, Naruto. — pegou o bebê e o balançou delicadamente nos braços. — Você é um bebê muito bonzinho, querido. É muito esperto também, olhe só.

A Princesa e o CasteloOnde histórias criam vida. Descubra agora