Bagunça

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_Cá estou numa cama de hospital público que está sendo disputada por vários pacientes, o mundo lá fora está uma loucura,as pessoas estão enlouquecendo em massa desde que foi descoberto uma bactéria capaz de modificar DNA, é como nas histórias em quadrinhos de ação tem muita gente por aí tocando o terror nas cidades agindo como se fossem deuses, tem caras pegando fogo nas ruas e incendiando coisas,gangues de traficantes rivais tendo combates dignos de filmes de heróis,os mares em constante agitação,está tudo de cabeça pra baixo,nossos líderes não podem fazer nada pois tudo isso tem sido muito repentino e nós normais  somos esmagados como insetos por aqueles cujo "todo poderoso" escolheu como portadores de DNA "M" as coisas pioram a cada dia e ninguém pode fazer nada a não ser esperar que algum milagre aconteça, minha mãe e irmão menor foram gravemente feridos e sinceramente não sei se há chance de sobrevivência,não tinha bolsas de sangue suficiente para todos por isso eles foram transferidos de hospital;nossos ídolos? Muitos foram mortos por haters modificados,outros acabaram sucumbindo ao caos e alguns permanecem desaparecidos; poucos são aqueles "abençoados" com o gene "M" que usam suas  vantagens em prol de nós meros "insetos".

_Cá estou numa cama de hospital público que está sendo disputada por vários pacientes, o mundo lá fora está uma loucura,as pessoas estão enlouquecendo em massa desde que foi descoberto uma bactéria capaz de modificar DNA, é como nas histórias em q...

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Hoje pela manhã o hospital foi atacado por um cara que socava paredes como se fossem isopores,apenas os médicos foram mortos,segundo o invasor os médicos não quiseram atender seus entes cujas feridas eram letais,então nós que conseguimos nos locomover saímos em busca de abrigo.
     Por muitas horas caminhamos sem rumo algum e por fim encontramos um prédio parcialmente destruído e ali ficamos escondidos,a Glauce já estava muito debilitada,e com o cansaço da longa caminhada estava bastante enfraquecida,então eu e o Sebastião decidimos entre a gente que iríamos procurar por mantimentos,não tínhamos comida,curativos e remédios algum.
       Pelo cominho só havia destruição,pessoas mortas sob escombros de suas próprias casas,prédio enormes ao chão e pessoas aos gritos pela dor tanto física quanto emocional causada pelas perdas,mas não podíamos fazer nada e aquilo me destruía por dentro,por fim eu e Sebastião encontramos um posto médico,felizmente ainda estava de pé,fomos a área de medicamentos e pegamos tudo oque precisávamos,no momento em que íamos sair dali,chegou um homem.
_Natan se abaixe,tem alguém aqui_disse Sebastião,eu assustado,fiquei paralisado de medo.
_onde está? Não consigo ver_ sussurrei.
fomos nos afastando bem devagar até achar uma distância segura,era uma sala de atendimento médico qualquer,tinha um computador e uma maca,tudo bem simples conseguimos visualizar o rosto do homem,ele era vermelho e tinha chifres encaracolados,os olhos dele tinha uma cor amarelada,era medonho aquilo. Ficamos imóveis por alguns minutos,sei lá,aproximadamente 10 minutos,nessa faixa,estávamos escondidos eu em baixo da escada que dava pro segundo andar e o Sebastião atrás de algumas caixas grandes que estavam empilhadas. A criatura caminhava bem devagar pelo local,como se estivesse procurando algo,de repente acho que ele sentiu nossa presença então veio ainda bem devagar em nossa direção,fiquei congelado de medo não consegui me mover,olhei pro Sebastião e ele estava apavorado mas mesmo morrendo de medo foi saindo pela janela que estava ao lado,e sem ser descoberto pulou a janela,pra mim já tinha acabado não tinha saída,não tinha coragem,pensei comigo,minha hora chegou,e como toda pessoa quando tá muito ferrada seja ela crente ou cético fechei meus olhos e em pensamento comecei a rezar,ao abrir os olhos recebi o maior susto que já senti em toda a minha vida,a coisa estava de pé em frente a mim me encarando fixamente,e era estranho pois ele tava ali na minha frente imóvel,o cheiro daquilo era horrível era como ovo podre batido com leite azedo e coco seco estragado,nesse momento tive que tomar coragem acreditei que estava recebendo do divino mais uma chance,isso me tranquilizou,ainda abaixado fui saindo sem fazer movimentos bruscos,enfim sai pela porta,ela dava num corredor que dava pra saída,demorei tanto pra sair que incrivelmente a vida deu um jeito de me ferrar mais uma vez.pois é,a porcaria do bicho despertou,soltou um berro tão alto,tão agonizante e tão perturbador que a quilômetros pode ser ouvido,obviamente aproveitei minha vantagem de distância e sai correndo igual louco em direção a saída,enquanto a salinha de atendimento estava sendo demolida aos socos,pra minha incrível sorte de quem passa por baixo de escadas e quebra espelhos a porta da frente estava trancada,não pude fazer nada alem de esperar a morte,me ajoelhei,não por ter me entregado ao destino ou fazer uma última reza,mas por medo,ele mais uma vez me venceu.
Em minha direção veio o monstro a adrenalina era tanta que comecei a ver tudo em câmera lenta,só sentia minhas lágrimas resfriadas pelo vento escorrendo em meu rosto,
Não tinha jeito era minha hora,ele apertava meu pescoço com tanta força,eu via o ódio nos olhos dele,meu rosto já estava azul,não entendo como não foi uma morte instantânea,senti que meus olhos iriam pular da minha cara. Foi aí que escutei um barulho bem distante provavelmente por meus ouvidos já estarem quase neutralizados,do nada a criatura me largou no chão em seguida caiu também,quase desacordado ainda pude ver dois homens de roupas pretas,armados,arrastando o monstro em direção a uma coisa redonda flutuante que os sugaram como um buraco negro,aí apaguei.

FranWhere stories live. Discover now