Capítulo 1

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Blake Island, Gotham City

   Já é noite em Gotham, tudo parece quieto, porém, no topo da torre do relógio, uma sombra familiar está à espreita, observando todos que andam pelas ruas escuras, aguardando um delito para que pudesse impedir. A sombra quase nunca não tinha nada para fazer, sendo assim, na maioria das vezes, ficar fora da mansão e procurar coisas para o entretenimento próprio torna-se cada vez mais frequente.

   Faz frio na noite, a capa preta mostra suas utilidades em momentos como esse, pois mesmo com tantos obstáculos, a sombra tem ciência de que em Gotham nada é tão calmo assim. Desprevenidamente, ouve-se uma mulher gritar, em um beco ao lado de uma lanchonete Elko Diner, então rapidamente a sombra usa sua bat-garra para alcançar o outro lado da rua e durante aqueda, joga uma bomba de fumaça para atrair e confundir os homens.

   — É o Batman! — diz um deles. — Se proteja!

   A sombra aproveita da fumaça para se camuflar na escuridão.

    — Desculpe, rapazes, mas o Batman faltou hoje!

   De repente, um golpe acerta um dos grandes homens, que cai imprudente no chão, sem ao menos saber de onde vieram os golpes. O outro, amedrontado, começa a atacar para todos os lados, entretanto a sombra acerta suas pernas, fazendo o mesmo cair de joelhos. Quando a fumaça se dissipa no ar, os criminosos assustados têm o vislumbre de uma figura jovem, vestida com o manto de Robin, que no momento seguinte, os prende contra a grade que delimita o fim beco.

   — Tome, são suas coisas. — Robin devolve a bolsa da mulher, ainda assustada. — Vá para sua casa o mais rápido que puder, o mal se assente na cidade assim que o sol se põem.

   A mulher abana a cabeça e saiu em direção a rua rapidamente.

   Robin se agacha em frente aos homens amarrados e dispara um pequeno dispositivo neles, que imediatamente começa a piscar uma luz vermelha, repetindo o som de uma bomba-relógio.

   — Por favor, não nos mate! Nós vamos em paz, por favor, desative isso... — eles imploram.

   — A polícia vai chegar em poucos minutos, idiotas! — diz o jovem, mirando sua bat-garra em outro prédio e sumindo na profunda escuridão. A cidade está menos caótica, apenas um pouco.


Mansão Wayne, Gotham City

   Sempre após tirar o uniforme, Damian entrava em casa pela janela do seu próprio quarto, mas dessa vez ele é surpreendido assim que liga a luz do cômodo e encontra Bruce, seu pai, sentado na beirada de sua cama. A expressão em seu rosto diz por si só suas considerações sobre a situação, ele sabe que não pode prender Damian para sempre, principalmente agora que está envelhecendo e irá querer expor sua liberdade.

   — Eu não vou parar de patrulhar! — determina o garoto.

   — Não estou aqui para repreendê-lo. Mantenha a calma — Bruce tranquiliza.

   — O que houve? Por que está falando com o dialeto do Grayson? — pergunta Damian.

   Bruce apalpa a cama do garoto, sinalizando para que ele se sentasse.

   — Você está crescendo, Damian. Andei pensando enquanto esteve fora e resolvi permitir que saia para patrulhar só, sem que haja outros desentendimentos entre nós, mas com uma condição específica — Damian resmunga algo que demonstra desgosto, esperando o que seu pai tem a dizer —, que você me avise que está saindo. E se estiver diante de algo que não conseguirá lidar sozinho, ative o bat-sinal do seu traje.

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