Mon Petit • wolfstar

um

Capítulo Um:
A Maldita Noite

Sirius chegou a Godric's Hollow com o coração batendo rápido em seu peito, tão rápido que doía.
 
— Não. — ele murmurou para ele mesmo quando viu a casa inteira em pedaços. Seu coração doeu tanto que Sirius pensou que se partiria, foi quando ele viu que o teto do quarto de Harry estava aberto, destruído.
 
Ele correu para dentro da casa, esperando sentir ao menos um pouco das barreias do Fidelius, mas ele não sentiu, era como entrar em uma casa trouxa, não havia proteção mística ali. Mas ele sentiu toda a magia negra ali e isso o assustou muito mais do que a estética destruída da casa.
 
Ele passou o corredor do hall de entrada seu olhar percorreu a sala de estar antes de se virar para olhar a escada que levava até os quartos e viu o tornozelo e os pés de um corpo jogado nos degraus.

Não. Por favor, não.

Ele caminhou até lá porque ele não conseguia correr, ele não tinha força para isso. Ele chegou aos pés da escada e subiu dois degraus para ver o corpo sem vida de seu melhor amigo ali. A varinha de James ainda estava tocando seus dedos, os óculos estava quebrado ao lado de seu rosto, ele tinha os olhos ainda abertos.
 
Sirius se sentiu tão mau que caiu nos degraus e teve que engatinhar até o corpo de James, o segurou pelos ombros e trouxe até seu colo, o abraçando com força.
 
— James, eu estou aqui agora. — ele dizia para o corpo de seu melhor amigo enquanto soluçava com força. — Volta para mim, Jay.
 
Ele sabia que James não iria o responder, mas ele não conseguia parar de chamar por ele. Ele não podia perder James, não conseguia. Sua dor tomou conta e ele gritou de tristeza, sua magia reagiu a isso a explodiu todas as janelas e vidros ali, mas isso não poderia importar mais. Nada mais importava.
 
Houve um choro alto de criança lá em cima e Sirius levantou seu rosto do peito de James para olhar o andar de cima e só veio uma coisa em sua mente: Harry.

Ele correu pela escada até chegar à porta do quarto do garoto e viu o menino no berço, os olhinhos inchados de tanto chorar, ele tremia de frio e de medo, e também havia uma cicatriz em forma de raio em sua testa. Quando o garoto olhou para Sirius ele estendeu os bracinhos gordinhos e Sirius foi ágil em ir até lá atender o desejo de seu sobrinho e o dele também.
 
Ele deu um passo para frente e a ponta de seu pé esbarrou em alguma coisa. Alguém, na verdade.

Ele baixou sua vista e viu o corpo de Lily jogado no chão, uma das suas mãos estava agarrada a perna do berço de Harry e os seus olhos, tão característicos dela e sempre tão brilhantes exalando gentileza, estavam vazios de gentileza ou vida.

Sirius fechou os olhos com tanta força e respirou fundo antes de ir até o berço de Harry e o pegar no colo. O menino foi rápido em pegar as vestes de Sirius em suas pequenas mãozinhas e as apertar com força, como se precisa ter certeza que Sirius ainda estava ali com ele. Sirius fez o mesmo com Harry, então notou que os braços de Harry estavam frios pelo vento que entrava do buraco no teto e sem tirar Harry de seu colo ele tirou seu casaco e jogou por cima dos ombros do garoto e abafou seu corpo em volta do tecido de pelinho, Harry pareceu gostar, pois se aconchegou mais no peito de Sirius.
 
Sirius ouviu barulhos de aparatação na rua e se assustou. Ele não poderia lutar mesmo que estivesse desesperado para vingar sua família, ele tinha que cuidar de Harry agora.

Então ele foi até a parede meio destruída do quarto, seguro Harry firmemente e pulou já sussurrando um feitiço amortecedor que os poupou de uma queda. Sirius correu até sua moto e logo deu partida, voando em direção ao céu com a maior velocidade que aquele veículo poderia lhe proporcionar. Voou acima das nuvens e sussurrou um feitiço de aquecimento em Harry. Ele desceu após cinco quilômetros, em um beco escuro e vazio e deixou sua moto para trás, aparatando com Harry para o único lugar que ele poderia pensar em ir.
 
 
...