"Quando eu te vejo, paro logo em teu olhar
O meu desejo é que eu possa te beijar
Sentir seu corpo, me abrigar em seu calor
Hoje o que eu quero é ganhar o seu amor
E fico assim querendo o seu prazer
Eu não consigo um minuto sem te ver
Sua presença alegra meu coração
E é pra você que eu canto essa canção
Vem, meu amor, me tirar da solidão"Rio de Janeiro, 2016.
Remus Lupin nunca entendera a lógica por trás de quem nomeava os blocos de carnaval. Talvez existisse uma certa competição interna para ver qual bloco teria o nome mais exótico ou era apenas uma sátira aos eruditos que trouxeram o embrião do festival para o mundo dos mortais. Era um questionamento válido, mas totalmente inútil quando se estava rodeado por quase cinco mil pessoas pulando ao som do trio elétrico pelas ruas históricas do Rio de Janeiro.
Remus estava ali, no meio da confusão, apenas seguindo o folião sem muito ânimo comparado aos amigos que o empurraram para o bloco em plena manhã do primeiro dia de carnaval.
Sirius pulava já bastante alterado pela bebida vestindo uma fantasia de Adão do mito bíblico. A fantasia, se é que poderia ser assim classificada, consistia basicamente em uma sunga verde e só. O mais cômico de toda a situação, foi a atenção que o Black dera aos detalhes ao escolher uma sunga que tivesse uma estampa tropical de palmeiras.
Lily e Thiago, como todo bom casal de longa data em um grupo de amigos, usavam uma fantasia em conjunto sendo Lily o Bob Esponja e Thiago o Patrik.
Remus não estava usando uma fantasia, na realidade ele nem sequer planejava pisar em um bloco de carnaval naquela semana. Por isso, tudo o que tinha no armário era uma regata vermelha e fora Lily quem se encarregou de colocar na cabeça do Lupin um arco com chifres caricatos de Diabo para compor a fantasia improvisada.
Se Remus era o "diabinho" do grupo, era o diabinho menos animado de todos. Arriscava-se a mexer o tronco de um lado para o outro e as vezes cantarolava os sambas populares, mas, de longe, Remus mais se parecia com um policial a paisana do que um folião inaugurando o carnaval de rua.
— Aí, minha Inês Brasil, priminha! — Sirius gritou chamando a atenção de todos os amigos.
O homem seminu correu para abraçar uma jovem de cabelos rosas que trajava uma fantasia de deusa grega com muita purpurina dourada colada ao seu corpo e várias estrelas desenhadas na bochecha.
A rosada usava somente um body branco com uma meia arrastão preta e uma pochete holográfica atravessada ao tronco. Se Remus ainda não estava surdo por conta da música alta, Sirius a chamou de prima, eram parentes, mas quase não tinham semelhanças físicas.
— Não vai me apresentar? — a jovem debochou trocando alguns olhares furtivos com o diabinho travado.
— Lindinalva, Thiago e Remus — Sirius apresentou apontando para os amigos.
— Pode me chamar de Lily se quiser, só os meus parentes da Bahia me chamam de Lindinalva — disse a ruiva com o sotaque bastante carregado.
— Pessoal, essa é a minha prima Tonks.
— Tranquilo? — Thiago acenou com a cabeça amigavelmente.
— Prazer em te conhecer — falou Remus um tanto tímido diante da mulher mais linda que ele já vira em sua vida.
Tonks era uma jovem muito atraente com os seus cabelos chamativos, com seus lábios definidos e seu corpo belo. Era óbvio que Remus ficara atraído por ela assim que a viu, mas o mesmo admitia que seria um pouco estranho perguntar para a prima do seu melhor amigo se ela não estaria interessada em trocar com ele alguns beijos descompromissados de carnaval.
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Amor e Carnaval
Fanfiction(Março Remadora) Remus Lupin detestava o carnaval, mas ia todos os anos no mesmo bloco de rua no centro carioca somente para rever a mulher por quem era completamente apaixonado.