*Capítulo 1*

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Vamos querida acorde - ouvi a doce e suave voz de minha mãe me chamando - hoje é o grande dia - falou animada

eu apenas assenti preguiçosamente com os olhos fechados virando novamente para o lado, com esse ato minha mãe percebeu que teria que tomar medidas maiores e abriu a minha cortina fazendo com que toda a claridade fosse de encontro comigo, e com isso apertei meus olhos com força e me sentei na cama recebendo um beijo na testa da minha mãe que sorriu satisfeita e saiu do quarto, me levantei e fui direto para o banheiro tomei um banho quente e escovei meus dentes, escolhi uma roupa básica que consiste em uma calca jeans, uma regata vermelha, um suéter e um tênis branco, minha mala já estava pronta então eu fui direto para o andar de baixo

Bom dia - falou meu pai com a sua voz grave

Bom dia papai - falei sorrindo me sentando na mesa

Coma logo ainda temos que te levar na rodoviária - mamãe falou colocando os ovos mexidos e o pão em meu prato

Nossa esta tão desesperada para eu ir embora - coloquei a mão em meu peitoral fingindo estar ofendida

Claro que não minha filha pelo contrario ver mais um filho saindo de minhas asas de mãe coruja me da um aperto em meu peito - falou com os olhos vermelhos

apenas abaixei minha cabeça e fitei a comida e meu pai permaneceu em silencio

*quebra- tempo*

todos nós entramos no carro e seguimos direto para a rodoviária que ficava em torno de uns 30 minutos de casa, estávamos tensos, mas algo que eu não sabia me aliviava e me confortava

Por que eu estou indo mesmo - perguntei olhando para a janela que escorria agua da chuva

Para passar um tempo com seu irmão e resolver algo que só ele conseguiria te ajudar - falou meu pai de modo como se fosse obvio

Estou com muitas saudades de Sam mas não sei como será nossa relação pois já se passaram anos - falei ainda olhando as gotas escorrerem

Como assim - perguntou minha mãe olhando diretamente para mim

È que ele só liga uma vez por mês e vocês acham mesmo que eu vou agir como se nada tivesse acontecido nesses anos - me exaltei um pouco e olhei para frente deixando as tristes gotinhas de lado

Pai eu não compreendo qual é o motivo que apenas Sam consiga resolver - retomei ao assunto principal

quando ele iria responder tínhamos acabado de chegar na rodoviária e eu bufei baixo por não saber a resposta, mas ajudei eles á tirarem minhas malas que eram três (uma mala media, uma pequena, uma mochila)

Estávamos na porta do ônibus e eu estava cada vez mais ansiosa, antes de eu entrar meus pais me puxaram para um longo abraço

Se cuide, sentirei a sua falta - mamãe falou com lagrimas nos olhos e me puxou para outro abraço

Não faça isso, não quero chorar em publico - falei brincalhona e tirei um breve sorriso de minha mãe

Querida sei que quer respostas mas seja paciente e deixe fluir ,tudo em seu tempo - meu pai falou serio e com uma voz mais grave e eu apenas assenti freneticamente

repeti em minha mente "tudo em seu tempo" logo eu que sou uma menina ansiosa, dei um ultimo abraço e entrei no ônibus

meu assento era ao lado de uma mulher ruiva de olhos azuis, como o oceano, que aparentemente seria apenas alguns anos mais velha que eu

Bom dia - falei educadamente e me sentei no assento próximo a janela - com licença

Bom dia - respondeu a mesma com um sorriso radiante

No resto do caminho passamos conversando e eu descobri que o nome dela era Regina e ela tinha 18 anos, nós tínhamos os mesmos gostos e compartilhamos ideias diferentes que se completavam, mas ela saiu antes do ônibus, era uma cidade próxima mas ficava a uns 12km de Forks, por outro lado faltavam apenas 12km eu estava me corroendo de ansiedade

*Quebra de tempo*

O ônibus tinha acabado de estacionar, e eu suspirei muitas vezes antes de ter coragem de sair do automóvel, quando me senti pronta eu desci e fui direto pegar minhas malas no bagageiro e havia um garoto muito bonito (ele tinha olhos verdes cabelo castanho médio e era bem alto) que me ajudou a retirar minha mala mais pesada

Obrigada - falei gentilmente e com um sorriso para o mesmo que apenas assentiu levemente como um sinal de "de nada"

Procurei Sam por todos os lugares mas não achava então decidi sentar em um dos bancos da rodoviária e ficar esperando... de longe avistei uma caminhonete cinza meio antiga mas em bom estado suspeitei que fosse ele, peguei todas as minhas malas e me aproximei, e vi uma figura alta e musculosa sair do carro.....era Sam, meu coração estava palpitando

Desculpe o atraso - falou com sua voz grave igual a do nosso pai e deu um sorriso rígido

Nem esperei ele terminar de falar, deixei todas as minhas malas caírem e fui correndo lhe dar um abraço que eu não dava em anos, ele estava com o mesmo aroma de quando foi embora é como se a natureza vivesse de mãos dadas com ele, nós separamos e meu olho estava cheio de lagrimas eu estava prestes a chorar e ele apenas me olhava admirado

você cresceu muito - falou ainda me olhando - senti sua falta pentelha

E eu senti a sua, você esta bem mudado - falei observando ele atentamente

Vamos - ele falou pegando minhas três malas sem esforço nenhum (elas estavam pesadas) e me conduziu ate o carro

E ficou forte - incrédula eu estava naquele momento

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nota da autora: olá leitores tudo bem, eu espero que tenham gostado desse capitulo, não se esqueçam de deixar um voto e um comentário desde já ficarei agradecida

nova na matilha - Embry CallOnde histórias criam vida. Descubra agora