Theo

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~~ pov. Gizelly ~~

O terceiro, quarto e quinto mês que passou, Rafaella mudava completamente o seu humor, um dia ela estava feliz, no outro curta e grossa, no dia seguinte já ficava chorosa por tudo e me pedindo desculpas por ter me tratado com grosseria, e depois ficava toda dengosa pedindo carinho. Eu não importava, sabia que era por conta dos hormônios. Fora a bipolaridade, ela tinha também muitos enjôos e vomitava às vezes pela manhã, o que me deixava de cabelos em pé, mas Marcela que era nossa obstetra disse que era normal me deixando mais tranquila.

Quando ela completou os 5 meses, a gente começou a arrumar o quartinho de Theo, fizemos ele todo em azul e cinza. Nossas mães, o resto dos nossos familiares e nossas amigas, sempre vinham nos visitar trazendo um presente pro nosso pequeno. Praticamente todos dos dias, recebíamos entregas mandadas pelos nossos fãs, era roupinhas, sapatinhos, ursos de vários tamanhos, kit cesta com várias coisinhas dentro... Rafaella e eu passamos mal de tanto rir quando o homem do correio nos entregou uma enorme girafa, nosso fandom eram doidos eu tinha plena certeza disso, mas me sentia imensamente grata por ter eles. Agradecemos cada um nas redes sociais pelos mimos, mas também pedimos para parar de mandar tanta coisa, estavam gastavam seu dinheiro demais com a gente e Rafa e eu não achávamos certo, uma vez tudo bem, mas sempre era exagerado.

...

Aos 6 meses Rafaella começou a ter desejos, desejos esses muitos estranhos, às vezes ela acordava em plena madrugada com vontade de comer alguma coisa que não tinha em casa no momento e eu saia às pressas pra rua tentando achar algum lugar que funcionava 24 horas pra comprar o que ela desejava, não permitiria que ela passasse vontade jamais.

Quando ela completou 7 meses consegui convencê-la a trabalhar somente em casa, desde os 5 meses sua barriga começou a crescer e desde então não parou mais. E foi com 5 meses também que Rafa sentiu Theo mexer pela primeira vez, infelizmente perdi esse momento, mas no dia seguinte ele mexeu novamente quando eu conversei com ele e sim, eu chorei completamente tomada pela emoção e a cada dia que se passava ele mexia cada vez mais, segundo Rafaella os movimentos foram se tornando mais fortes e precisos.

Aos 8 meses ela começou a reclamar bastante de dores nas costas, nas pernas e era normal por causa do peso da barriga, eu passei a ficar mais em casa também, não queria deixá-la sozinha, mesmo ela dizendo que estava se sentindo bem fora esses mal estar, eu fazia questão de ficar cuidando dela, no final das contas, ela amava meus mimos pois estava mais manhosa que já era. Eu conversava com Theo todos os dias e ele me respondia dando chutinhos me arrancando sorrisos bobos toda vez. Rafaella dizia que ele não podia ouvir minha voz que já ficava agitado em sua barriga.

E finalmente os 9 meses chegou, e Rafaella e eu já estávamos morrendo de ansiedade para conhecer rostinho de Theo, pegar, mimar, cuidar e dar todo amor do mundo.

...

Quando Rafaella fez 38 semanas, ela passou mal e começou a perder líquido amniótico juntamente com sangue e eu a levei às pressas para a clínica, eu entrei em puro desespero com medo do que estava acontecendo com Rafaella e meu filho, a gravidez dela tinha ocorrido tudo bem e do nada ela começou a perder sangue. Eu estava prestes a invadir à sala pra ir atrás de Rafaella, nao aguentava mais esperar por notícias dela, eu só precisava saber que ela e meu filho estavam bem, uma das recepcionistas da clínica tentava me acalmar e eu só gritava com ela me sentido mal por isso mas eu estava em pleno desespero e finalmemte Marcela apareceu e me disse que estava verificando o estado de saúde dos dois, e mesmo levando em consideração o desejo de Rafa querer ter parto normal, ela disse que era necessário realizar uma cesária por causa de um deslocamento prematuro da placenta que ela tinha tido e a causa foi a perda rápida de líquido amniótico, acabei consentindo e troquei de roupa para acompanhar a cesária. Eu quase entrei em pânico quando entrei na sala e me deparei com ela chorando e as enfermeiras tentando acalmá-la, mas quando ela virou o rosto e me viu pareceu relaxar mais. Fiquei o tempo todo ao seu lado, segurando sua mão e acariciando seu rosto tentando deixá-la calma.

SurrenderOnde histórias criam vida. Descubra agora