perdendo-me

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Me perco pelas vielas dos pensamentos
Com o peso da culpa
Erro a direção
Vivo com a cabeça no espaço

Não serão palavras
Que visitará o dia que o sol cairá
E revelará tudo que sucedeu
Não serão palavras
Que visitará o dia que a lua for coberta de sangue, escondendo sua beleza

Nada é suficiente
Nada supri o lugar oco
Nesse tempo quebradiço
Coisas nascem sem respostas

Eu recebi o teu não
E o sim pertence ao silencioso compasso dos tempos difíceis

Tudo está perfeito e quebrado
Subjugado pelas lembranças

Em uma rua de pedras lisas
Sentado numa cadeira debaixo de uma árvore
Ouvindo a canção morta pela dor
Escrevendo poesia no caderno cheio de figuras coladas
Pergunto-me: Será que estarei vivo amanhã?

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