Ultimamente eu tenho pensado, mas não escrito, e talvez essa falta de inspiração pra todo hobbie que pratico me irrite profundamente, já que essa agonia não é transpassada e continua a me calar e corroer todos os dias.
Tecendo a trajetória até o momento, só consigo visualizar o labirinto e os demais pensamentos repetidos que rondam minha cabeça enquanto tento ignora-los e me esquivar de suas malícias. Parece que falhei, pois cá estou, fiando cada linha em busca de uma indagação fronte as certezas que tão cedo tomei; e assim passo a reclamar e a me atolar no sentimento de ingratidão crescente.
Sabe, eu pesquisei o significado do meu nome, já fiz isso várias vezes pra ser sincera, e a incerteza de sua origem e valor me trazem um certo conforto, ao mesmo tempo que os pontos destinados ao poderio de seis simples letras me incomodam. Poderia ser a minha vida determinada por uma combinação que soa convidativa a ser nome de alguém?. A ideia determinista me assusta, ter meu caminho traçado, planejado e conhecido só me da a certeza de que a liberdade é ilusória enquanto estou perambulando por esse labirinto chamado vida. E me conhecendo como só eu, tendo a ciência de minhas fraquezas e sombras e tão pouco conhecendo minha luz, é quase certo que eu vá buscar a resposta do labirinto onde penso que a encontrei, mas no fundo sei que não quero isso. Minha falta de ego me faz parecer extremamente estúpida, e talvez eu seja.
E assim, pairando nesse emaranhado de palavras, me meto outras vez em melancolia sem motivos, enrolando novelos de frases confusas e pouco esclarecidas que sentirei vergonha de ter as materializado.
Acho que o meu martírio seja em insistir perigosamente no otimismo e assim, seja lá quem vela por minha alma, confira os meus devaneios enquanto me deixo ser pega pela escuridão que projetei a mim.