20 de dezembro, 1994
O que mais de interessante eu poderia colocar nessa porcaria de diário ?! Talvez eu devesse colocar o meu nome e idade, assim se algum dia alguém achar isso daqui, vão saber a quem devolver. Okay! Meu nome é Bernard
(Isso ficou uma bosta). Okay ! Meu nome é Bernard Johannes e eu tenho 19 nove anos ( anos que acabei de completar). Essa foi a minha primeira descrição e agora eu não sei mais sobre o que escrever
21 de dezembro, 1994
Ontem foi meu aniversário e minha amiga Marry Elizy me deu um diário de presente ( que a princípio achei bem bosta, mas okay).
22 de dezembro, 1994
Eu não faço a menor ideia do que escrever, talvez quando algo de interessante acontecer eu venha aqui e escreva mais um pouco . Eu adoro escrever só que eu não sei se consigo expressar minhas emoções e sentimentos. Estou até começando a achar que foi por causa dessa dificuldade que a Marry me deu esse diário.
23 de dezembro, 1994
Voltei! Okay! Preciso descrever como foi transar a primeira vez, pois foi bom para um caralho! Achei que fosse importante colocar isso no diário e informar que para a supresa de todos eu tenho uma namorada,Cláudia Lacroix. Eu a conheci no colégio e não foi nada de especial. Ela veio de Paris com os pais e o irmão Harry (ele é mais novo, se não me engano tem apenas 3 anos de idade). Será que é importante descrever a aparência física dela ?! Okay! Cláudia tem um sorriso engraçado, já que tem um pequeno espaço entre os dentes da frente (tirando o fato dos dentes afastados ela tinha um sorriso bonito). Continuando a descrição, ela tem um cabelo cacheado longo de cor castanha acinzentada e os olhos âmbar puxando para um amarelo bem forte (muito chamativo). O rosto da Cláudia é lindo, é oval com as maçãs das bochechas bem marcadas e rosadas. Okay diário, sei que vai parecer grosseiro comentar sobre o corpo dela, mas é necessário dizer como é os peitos dela e eles são tão simétricos, de tamanho médio, suas coxas bem grossas só que ainda sim ela tinha um espaço entre pernas (fazendo com que as coxas não se encostassem. Okay! Vou pular para a parte em que eu digo a quanto tempo namoramos, a uns 9 meses e essa foi a nossa primeira vez. Tínhamos combinado de transar quando completássemos a idade certa, já que ela é um ano mais nova do que eu e a família dela é extremamente religiosa. Transamos no meu carro perto da florestinha e até que foi confortável. Acho meio grosseiro e até mesmo estranho descrever de maneira íntima como foi a minha primeira vez com uma garota que amo, então eu vou dar continuidade.Depois do que aconteceu ela quis ir à igreja pedir perdão a Deus (eu aceitei aquela atitude, porém achei boba), então assim fomos. Fomos para a nossa igreja - Église Saint-Michel, que fica bem no centro da cidade. Eu moro em uma cidade francesa chamada Cassis e possui um povoado pequeno, alguns imigrantes e outras pessoas que a mais de 100 anos moravam lá. Todo mundo aqui meio que se conhece, já que é um cidade pequena e o principal local de trabalho é uma empresa de contabilidade, sem contar que as todas as pessoas da igreja conhecem umas às outras. Chegamos na igreja e só saímos de lá 1 hora depois, seguinte a isso fomos para a minha casa e as nossas mães estavam juntas preparando um macarrão ao molho bechamel maravilhoso (o cheiro do molho poderia ser sentido de longe e cada fungada dava pra sentir os ingredientes, principalmente o da noz moscada). Aquele dia foi Fantástico e dava, durante a noite, para sentir a brisa fria batendo no cabelo aos poucos enquanto a lareira aquecia os nossos pés. Era bom terminar o dia dentro de casa com todo mundo ao redor da lareira naquele silêncio tranquilizante, enquanto minha mãe acariciava meus cabelos enrolados
24 de dezembro de 1994
Okay! Eu preciso comentar algo de suma importância sobre mim e a minha família. Eu fui adotado assim que a minha mãe e meu pai morreram em um acidente de barco. Minha mãe adotiva era melhor amiga da minha mãe biológica e ela me adotou. Será que também é importante descrever a minha aparência? Vou dizer, vai que algum dia eu vendo esse diário e fico famoso, assim como a Anne Frank. Eu sou um garoto gigante para minha idade e modéstia à parte, 181 cm de pura sedução ( a quem eu quero enganar), com um toque de desequilíbrio. Eu sou muito desengonçado. Pronto, eu já disse que sou alto, continuando, sou branco como uma parede (apesar de gostar de ir a praia). Meu cabelo é ondulado e bate no ombro, de cor preta. Meu olhos são de duas cores , heterocromia se não me engano, um verde e outro castanho. Tenho dentes formes como o de um cavalo e meu rosto é bem marcado( tenho a linha da mandíbula bem definida). Estou um pouco a cima do meu peso (mas eu não vou dizer a vocês o meu peso). Então agora eu vou falar da minha família, que sempre teve uma condição financeira estável e por conta disso nunca passamos por dificuldades, apesar por um detalhe. A questão é que eu sou único branco da família e as outras pessoas são pretas, não preciso nem dizer o como as pessoas são ruins e por conta disso eu decidi escrever hoje. Deve ser interessante deixar registrado o meu ponto de vista sobre alaguemos coisas, por mais aleatórias e confusas que as sejam. Retomando! Queria entender as vezes qual é a incapacidade que existe nas pessoas de poderem respeitar umas às outras. Apesar de todos esses olhares e pré-julgamentos, ninguém da minha família passou por nenhum tipo de situação inconveniente. Semana passada duas pessoas foram mortas ( não quero entrar em detalhes da atrocidade) de maneira brutal, isso aconteceu só pelo fato delas serem imigrantes. Ninguém foi foi preso, mas eu tenho meus motivos para acreditar em duas pessoas (boatos dizem que eles são netos de um homem que apoiava o nazismo) e não duvido de que tenha sido e de que eles não foram presos pelo simples fato de serem filhos do chefe de polícia da cidade. Minha opinião sobre essa situação é indescritível, apesar do meu repúdio e da minha indignação. Vou falar sobre sobre as vezes que saímos em família e as pessoas olhavam para os meus pais e irmãos e cochicham entre si. Quando eu saio com meu pai é pior ainda, as pessoas o olhavam estranho, até já perguntaram se ele era meu segurança particular. Isso é desconfortável e muito irritante, mas eu sempre fico me perguntando sobre o motivo desse incômodo e começo a acreditar que se uma pessoa branca tivesse adotado uma criança preta, as pessoas estariam achando isso chique ou um grande símbolo de bondade. Vi em um jornal uma vez que em Paris uma famosa adotou duas crianças pretas que eram da África e por conta dessa atitude ela passou a ser vista como uma salvadora e ela simplesmente ganhou bastante reconhecimento. Não estou querendo desmerecer a atitude dela, só acho que esse tipo de olhar deveria ser normal quando comparado a uma família preta adotando uma criança branca. Fico pensando que a mesma moeda não tem o valor para todos. Acho que seria interessante se eu descrevesse meus familiares, só para vocês familiarizarem-se (tentativa de trocadilho péssima) . Minha mãe se chama Camile Johannes e ela tem 39 anos de idade. Senhorita Johannes, como ela gosta de ser chamada é a mulher mais linda que eu já vi na minha vida , de todas as atrizes e cantoras, ela é estonteante. Minha mãe usa o cabelo trançado até a altura do umbigo tem o rosto tão simétrico que chega a ser uma obra de arte. Ela é o ser mais amoroso que existe na face da terra. Ela não é só um anjo por ter me acolhido, mas por ser uma pessoa bondosa e de coração puro. Minha mãe é dona de um restaurante, La musique, e ela canta todos os sábados e domingo lá também (além é claro de ser uma excelente chefe de cozinha "Magnifique!"
Meu pai é um cara de poucas palavras, porém cheio de grandes atitudes. Eu tenho uma imagem do meu pai bem fictícia daquela que ele realmente é, acho que pelo fato de o sempre ver calado. Se fosse para comparar ele com algum personagem ele seria é o homem de lata daquele filme, O mágico de Oz. Meu pai se chama Martin Johannes e ele trabalha para uma empresa de contabilidade do senhor Lohan Armand - um dos caras mais ricos da cidade, filho de Lacroix Armand. Okay! Voltando para o meu pai. Acho que puxei isso dele, já que a gente não fala muito ( só que a gente sabe se entender pelo olhar, bem doido). A sua aparência física é comum e minha mãe até perturba dizendo que se casou com um homem bonitinho, e eles sempre riem disso. Meu velho tem 40 e vai fazer 41 próximo ano dia 4 de novembro. Ele ama muito a minha mãe, só que ele nunca foi romântico com ela, particularmente acho ele muito bruto e pouco sentimental, apesar de saber que dentro daquele coração existe um amor genuíno e imensurável pela minha mãe e por mim. Senhor Johannes foi um grande amigo também do meu pai biológico e ambos fizeram parte do exército.
Fantine Johannes, a irmã do meio, tem 17 anos e acha que ela e namorado Baron vão se casar agora e ter 5 filhos. Esqueci de mencionar que a melhor amiga dela, Emily é irmã da minha melhor amiga, Marry. A irmã dela é legal, só que tem uma voz estridente chata que da nos nervos. Não tenho muito o que dizer a respeito da minha irmã, tirando o fato de que ela torra a minha paciência para conseguir ajuda na atividade de casa. Minha irmã mais nova, Claude, tem 7 anos e é normal ( nada a acrescentar).
24 de dezembro de 1994
Mais um dia comum e eu não tive tanta paciência hoje. Sei que é véspera de Natal e o que me incomoda é ter que ir a igreja a noite e esperar mais de 2 horas e depois esperar mais ainda para a noite de Natal. Não quero fazer apenas reclamações, já que no Natal é o momento em que todos comem comidas ótimas e ganham presentes divertidos como Meias. Okay! Vou dormir e se algo de interessante acontecer amanhã eu venho aqui e falo para vocês. Aliás eu espero ganhar de presente um carro novo, o meu carro atual foi o primeiro carro do meu pai e eu ganhei ele assim que fiz 17 anos, já que o meu tá caindo aos pedaços e eu só uso para ir à escola e dar algumas voltas, pensei que seria justo pedir um novo.
25 de dezembro de 1994
Eu preciso relatar a minha indignação sobre não ter ganho o carro?! Para a supresa de vocês caros futuros leitores, eu ganhei uma blusa polo e um par de meias, a supresa é que eu não ganhei só a meia e sim uma blusa para completar. Era 10 da manhã e a minha família já tinha comido, eu não senti fome. Só que eu não podia sair sem comer.
- Você precisa pelo menos tomar alguma coisa, quer que eu prepare um cappuccino para você? - disse a minha mãe. Eu respondi que sim balançando cabeça e logo em seguida sair para dar uma caminhada perto do mar.
Não tinha quase ninguém na praia naquela manhã de Natal, só um garoto, ele deveria ter a minha idade (pensei). Eu o observei andar de maneira torta ao lado do cachorro, um Labrador jovem. Ele era desengonçado como eu e andava engraçado sobre a areia. Caminhei até mais perto para ver o seu rosto, de formato delicado e gracioso com aquelas bochechas avermelhadas e os olhos claros esverdeados. Não troquei nenhuma palavra com aquele menino de cabelo curto e castanho claro, fui direto para casa para me arrumar, já era 1 da tarde e eu ia almoçar com a família da minha namorada no restaurante da minha mãe. Observação para o fato de que no dia de Natal o restaurante fica super lotado, o segredo são as rabanadas francesas, ninguém resiste ao cheirinho da canela.
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A apaixonante biografia de um gênio incompreendido
RomanceEsse vai ser o meu mais novo livro sobre uma grande variedade de assuntos. Quero abordar temas mais maduros e complexos, sem precisar ser algo difícil e chato. Este livro, apesar no conteúdo, contém algumas coisas que podem causar gatilhos, pois ent...