Este livro fala sobre a história de Theo, o filho do dono do morro do Alemão, que a cada mês diferente tinha uma nova madrasta que sempre o odiavam por conta de sua mãe ter marcado a vida de seu pai
Além dos acontecimentos passados e dos acontecime...
A aula tinha passado de forma tranquila ainda mais que eu tinha dormido a maior parte dela
Agora eu estava finalmente de volta a mais tranquila paz do meu lar, onde pessoas civilizadas vivem
Uma grande mentira
Mal coloquei o pé dentro de casa e já consegui escutar a cobra gritar, tentei ignorar a gritaria e subir para o meu quarto
Mais a puta logo gritou meu nome e como não sou idiota resolvi ver do que estavam me acusando para eu poder me defender futuramente
Theo- de que porra tão me acusando agora?- perguntei entrando na sala
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Assim que eu entrei vi a Léia no meio da sala provavelmente fazendo barraco enquanto meu pai estava sentado no sofá com a Luna desenhando do seu lado enquanto do outro lado havia um rádio e uma pistola
Provavelmente o fuzil ficou perto da porta para Luna não ficar vendo ele toda hora
Por sim a Mia estava mexendo no telefone ignorando a briga totalmente, uma grande novidade
Lionel- olha a boca garoto- me repreendeu
Apenas dei de ombros, não gostava de falar palavrão na frente da Luna mas essa doida da Léia já deve ter falado muito mais do que eu
Resolvi me sentar perto da minha princesinha para ver o que ela estava desenhando
Léia- eu não estava te acusando de nada só estava falando a verdade, que voce não me respeita como deveria- falou cruzando os braços e empinando o nariz
Olhei para o velho e ele parecia estar perdido em pensamentos, provavelmente nem ligando para o que a Léia dizia, ele sempre fazia isso
Acabei revirando os olhos por que sempre sobre para mim aguentar essas putas dele surtando enquanto ele não faz nada
Theo- e eu deveria te respeitar por que? Vo- fui interrompido por um barulho de tiro
Vários outros tiros vieram em seguida e a gente já sabia o que tinha que fazer nessa situação
Peguei a Luna no colo enquanto a Léia e a Mia forma para o cofre que tinha aqui em casa e eu segui as duas
O cofre ficava no quarto do velho então aproveitei que eu sabia onde a arma dele estava e a peguei por segurança
Lionel- lá dentro já tem uma Theo- falou abrindo o câmara do pânico
Acabei revirando os olhos outra vez, odiava ficar lá dentro sem saber o que estava acontecendo mas como eu não poderia deixar minhas irmãs sozinhas era melhor eu ter algo para me proteger
Theo- mais vai que uma daquelas putas pega a arma e tenta me matar, precisa ter mais de uma arma lá dentro-respondi na defensiva
Entrei no cofre ainda com a Luna no meu colo, quando estava lá dentro abaixei para colocar a Luna no chão mas ela segurou meu pescoço mais forte e eu finalmente percebi que ela estava chorando de medo
Eu sou um grande idiota, era claro que ela iria chorar, ela ainda não está acostumada com isso e só tem quatro anos
Comecei a fazer carinho nos seus cabelos tentado a acalmar de todo jeito, eu mais que ninguém seu o quão horrível é ficar aqui dentro quando se é uma criança
Ela só parou de chorar quando caiu no solo e quando isso aconteceu percebi que a porta do cofre já estava fechada
Olhei em volta e vi que a Mia e a Léia estavam sentadas cada uma em um canto da quarto enquanto a Rita arrumava um dos colchões para eu poder colocar a Luna para que ela pudesse descansar melhor
No quarto só tinha o necessário para que a gente sobrevivesse, água, comida, dois colchões era o suficiente para passar algumas horas
É nessas horas que eu agradeço por não ter fobia de lugares apertados, seria um grande problema nesses momentos
Coloquei a Luna no colchão e me sentei perto dele, fechando meus olhos em seguida tentando manter minha calma
Mia-você lembra a primeira vez que a gente veio pra cá Theo?- perguntou com a voz calma
Mantive meus olhos fechados e concordei com a cabeça, me lembrando da primeira vez em que viemos para cá
Flashback on
Eu deveria ter uns cinco anos na época e estava brincando com a Mia de casinha, ela deveria ter uns quatro anos se não me engano
Só que começamos a escutar um monte de barulhos altos e logo a puta que meu pai estava na época veio e começou a nós puxar com força pelo braço
Não demorou para chegarmos no quarto do velho e ela puxou a gente para dentro do cofre e como estava com pressa o velho apenas fechou a porta
Como estávamos assustados a Mia começou a chorar e por não estar muito diferente dela, também comecei a chorar
Aquela vaca nao nós consolou ou tentou explicar a situação mas depois de um tempo ela se irritou e começou a bater na gente
Consigo me lembrar de sentir alguns chutes e socos e dela gritando que era para gente calar a boca logo
Mais logicamente a gente só começou a chorar mais ainda por medo dela e de dor
Eu só queria sair daquele quarto o mais rápido possível, que tudo aquilo acabasse o quanto antes e antes que eu percebesse já tinha apagado
Provavelmente a Mia acabou desmaiando antes de mim
[...]
Quando eu acordei já estava fora daquele quarto e meu pai estava andando de um lado para o outro no meu quarto, enquanto a Mia estava do meu lado dormindo
Não demorou pro velho perceber que eu já tinha acordado e logo ele veio me abraçar, depois daquilo eu nunca mais vi aquela mulher e com o tempo acabei me esquecendo do nome e rosto dela
Mas nunca dá sensação e dor que ela tinha me trazido
Flashback off
Poucos dias depois meu pai contratou a Rita para que ela cuidasse da gente quando ele não estava mais em casa
Mia- a Rita ficou fazendo um monte de brincadeira com a gente pra nós distraímos- falou chamando a minha atenção
Acabei engolindo em seco, a Mia estava lembrando da invasão que aconteceu um ano e meio depois daquela
Não era culpa dela afinal eu quase não me lembrava das invasões antes daquela mas apenas da lembrança ruim que eu tinha tido, sorri para ela
A vez que ela tinha falado tinha sido realmente divertido ficar aqui, as vezes sinto saudade de quando ela ainda me considerava seu irmão e não alguém que a atrapalhava
