Uma vela feita de parafina derretia lentamente em cima de uma mesa de madeira, iluminando fracamente aquele cômodo com sua pequena e trêmula chama alaranjada.
Dois copos de chá descansavam na mesa, fazendo companhia para a vela. Ambos já estavam mornos, completamente intocados.
E para completar a cena, dois jovens se encaravam com a raiva brilhando em seus olhos. Eram teimosos demais para ceder e, ao mesmo tempo, inseguros demais para articular suas palavras da maneira com a qual realmente gostariam.
Os dois mal se conheciam, mas já estavam discutindo sobre o futuro um do outro. Se tinha uma coisa com que os dois não podiam negar, era que aquela era uma situação completamente inusitada.
Ao andar para casa de noite na companhia de sua amiga, S/n levou um susto quando um homem agarrou o braço da sua amiga e a arrastou para um beco escuro.
Completamente chocada por presenciar aquela cena, por um momento, ela não conseguiu se mover. Foi tomada por um medo terrível que a impediu de mover suas pernas. E se aquele cara resolvesse a agarrar também? Em um mundo doentio como aquele, ninguém ajudaria algumas garotas "irresponsáveis" que andam pelas ruas de noite. Afinal das contas, chamar a atenção daqueles homens nojentos era inteiramente e unicamente culpa delas.
S/n sabia que mesmo se gritassem por socorro, ninguém viria. Nesse caso, ela mesma devia fazer algo. A garota agarrou uma barra de ferro enferrujada que havia achado jogada de qualquer jeito no chão e se aproximou lentamente. Tentou ignorar os gritos abafados da sua amiga e o atingiu com tudo na cabeça, em um golpe certeiro e forte. O cara caiu inconsciente no chão, mas o que ela não sabia era que ele não era humano e não estava tentando estuprar sua amiga.
Instantes depois, um segundo homem apareceu no beco. Usava uma roupa toda preta e um haori em que metade era vermelho e a outra parte possuía a estampa de vários hexágonos verde e amarelos. Mas o que mais se destacava em suas vestimentas era a espada que carregava consigo em seu cinto.
As duas amigas estavam prestes a sair correndo de lá, mas o ser desmaiado recobrou sua consciência. Pareceu ficar bem irritado, xingou o fato de estar sangrando e saltou para cima das jovens, com garras e presas afiadas a mostra. Seus olhos eram terrivelmente negros e ele possuía chifres. Sua aparência era horrenda demais para ser considerada humana.
O grito preso em sua garganta nunca teve a chance de ser libertado. Com um piscar de olhos, aquela criatura foi decapitada pelo homem de cabelo negro e longo preso em um rabo de cavalo baixo. Sua cabeça aterrissou no chão com um baque seco e seu corpo todo começou a se desintegrar. As duas não tiveram tempo de mover um músculo sequer.
O espadachim embainhou sua espada que possuía uma lâmina azulada, e encarou com uma expressão indiferente no rosto enquanto aquele monstro desaparecia por completo. Seus olhos azuis como o oceano não possuíam nenhum tipo de raiva, tristeza ou medo. Na verdade, eram desprovidos de qualquer tipo de emoção, tempestuoso como as furiosa tormentas do Pacífico.
Sua amiga caiu de joelhos no chão e começou a soluçar. O que havia acontecido alí? Elas quase haviam sido mortas por conta de um ser bizarro, mas foram salvos por um homem bonitão e esquisito que possuía uma espada azul.
Ele estava indo embora. Saindo de seu transe assustado, S/n correu até ele e agarrou seu pulso com força antes que sumisse por completo mas sombras da noite. Ela exigia explicações.
E foi dessa maneira que Giyu Tomioka foi praticamente arrastado para a casa de uma desconhecida para contar praticamente tudo o que sabe sobre onis e sobre espadachins que aprendem habilidades especiais para combater essas criaturas tão hostis e cruéis.
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One-shot - Giyu Tomioka
ФанфикS/n não consegue trabalhar muito bem sob pressão. Desde que se tornou a tsuguko do Pilar da Água, todos possuem enormes expectativas sobre si, e a jovem tem muito medo de não conseguir corresponder a todas elas. Mas a lição com a qual está mais pe...