Aulas completamente e extremamente desnecessárias (e muito constrangedoras)

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   Todos os adolescentes já tiveram que passar por, pelo menos, uma aula de educação sexual. Como todos sabemos, a mesma treta de sempre que eu nem vou estar a explicar. Se ainda não passaram por essa experiência, ou têm muita sorte, ou ainda está por vir. De qualquer das maneiras a Netflix tem muitos filmes de escolas secundárias em que há bons exemplos destas aulas constrangedoras.

 Mas as turmas de décimo ano da U.A. não tiveram essa sorte. Porque após a aula de matemática do professor Ectoplasm as turmas do curso de humanidades (n/a: sim eles vão ser de humanidades aqui, minha fic, eu que mando) foram encaminhadas para o auditório onde uma palestra ia ser dada. 

 Uma palestra completamente desnecessária,na prespetiva dos alunos. Metade das aulas a que eram impostos eram desnecessárias, mas o governo queria saber? Não. 

 Por isso qual foi a surpresa quando, já no auditório, a professora Nemuri desceu a tela e carregou no comando para por a apresentação de power point, mas , como sempre, o comando falhou. Ninguém se espantou. As instalações da escola eram antigas e o diretor Nezu (um homem pequenino atarracado de cabelos brancos) continava a insistir que as instalações eletrónicas da escola estavam "modernas, recentes e perfeitamente funcionáveis", por isso,nada iria ser remodelado ou substituído assim tão rapidamente. Se ele achava que ter de bater no projetor para ele funcionar era funcionável, então estavam bem. 

 Mas também, eles estavam numa escola publica, e o orçamento de estado descia a cada ano. Estavam entre a espada e a parede, no que se podia dizer no assunto "orçamento", por isso aquilo era o melhor que tinham e que poderiam ter.

 A professora que estava a dar a aula era Nemuri. Para ela não era constrangedor, dava daquelas aulas à anos. Mas todas as vezes o seu colega, Hizashi Yamada, se atrasava. O que ele estava a fazer? Isso só Deus sabe. 

 Mas Nemuri já estava pronta para ser constrangida. Afinal, eles eram adolescentes, tudo o que os professores dziam ia ser usado contra eles. O dever dos professores era ensinar. E era só isso que eles tinham que fazer. 

 Claro que muitas piadinhas seriam feitas, tal como todos os anos. Não havia escapatória nem volta a dar. Era a sina de quem dava aulas de educação sexual.

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 Assim que os alunos entraram no auditório pensaram "ah, não, isto outra vez não...". A verdade era que aquela não era a primeira aula de E.S. para ninguém. A verdade era que, no oitavo ano, uma aluna da turma B, Kinoko Komori, tinha engravidado, o que levou os alunos desse ano a terem as aulas constrangedoras.

 Mas para duas alunas em especial, aquelas aulas eram extremamente desnecessárias. Mas desnecessárias ao ponto máximo.  

 As alunas em questão eram Momo Yaoyorozu e Kioka Jirou. Ambas lésbicas, as duas numa amizade colorida uma com a outra. Aquela aula não lhes servia para nada.

 Assim que a professora conseguiu ligar o projetor, meteu-se à frente dos alunos. Mas ao olhar para as caras de aborrecimento deles decidiu desistir do "guião" preparado e improvisar.

 -Oiçam lá, seus animais cheios de hormonas!- Ela gritou para os alunos- Vocês já ouviram isto mil vezes, por isso eu vou despachar-vos. Se é para transar, usem preservativos. Há mil e uma doenças transmissíveis, estão por vossa conta. É melhor prevenir do que amamentar. Estamos entendidos?- a professora olhou para os alunos em choque e internamente perguntou-se se não tinha sido rude demais.

 Jirou e Momo entreolharam-se a sorrir. Aquela professora era realmente a melhor.

 Os alunos aos poucos pareceram recuperar do choque que foi o discurso da professora. Kaminari riu-se para Shinso, e apontou para Bakugo, que apesar dos gritos da professora, dormia calma e pacificamente.

  Ao sairem do auditório, uma hora mais cedo que o esperado, os alunos celebraram. Cada um deles levava dois preservativos masculinos. Mas Jirou e Momo riram-se. Porque no fim de contas elas não precisavam disso. As duas raparigas juntaram os quatro preservativo num montinho e deitaram no lixo.

 Jirou e Momo sairam da escola abraçadas. E a professora Nemuri ficou a ver as suas duas alunas a sairem, com um sorriso na cara, porque sabia que aqueles preservativos que tinha dado às raparigas nunca iam servir para nada. 

 Porque no fim de contas, ambas gostavam apenas de "laranja".

Laranjas # MomojirouOnde histórias criam vida. Descubra agora