Don't take your eyes off me never and everem título

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Osamu sabia que era uma má ideia.


Ele tinha certeza de que era uma má ideia.


E mesmo assim ele foi até o fim.


Ele questionou toda a sua falta de noção enquanto puxava com dificuldades um Suna Rintarou bêbado no meio da rua.


Ele questionou todas as suas escolhas de vida enquanto ouvia Suna rindo e gesticulando para todas as coisas em que os dois passavam perto.


"Caramba... É tudo... tudo brilhante! Desde quando essa cidade foi tão b-brilhante?!" – Ele disse rindo e apontando para uma placa grande com letras em neon de uma loja qualquer.


"Deus." – Osamu bufou, intensificando seu aperto no braço de Suna e tentando fazer o garoto andar mais rápido. – "Essa é a última vez que eu me deixo levar pelas suas ideias estúpidas."


"Awn? Não... Não é... Não foi estúpida. Estamos nos d-divertindo."


"Estamos parecendo um par de idiotas, nossa sorte é que não tem ninguém na rua." – Ele respondeu irritado.


"Você não está... vendo o lado bom da coisa." – Suna sorria.


Que lado bom da coisa? Osamu quis perguntar, mas permaneceu quieto enquanto o guiava. Ele se perguntou o que o Miya Osamu de algumas horas atrás tinha na cabeça para aceitar um convite para experimentar um pouco de saquê. Suna lhe disse que ele inocentemente havia retirado da coleção de seu pai. A desculpa do bastardo era que seu pai não iria notar e que eles precisavam viver um pouco a curta vida de adolescentes que eles ainda tinham.


E Osamu disse sim, mesmo tendo um mal pressentimento sobre a coisa toda.


Como ele poderia saber que Suna era tão fraco para bebidas? Por que ele o deixou ficar com a maior parte? Por que ele aceitou?


O combinado era que ambos iriam para algum lugar escondido depois do treino de vôlei e iriam apenas provar apenas um pouco, depois voltariam para casa e fingiriam que esse dia nunca tinha acontecido. As coisas saíram do controle quando ele percebeu que Suna estava bebendo além da conta e estava ficando um pouco agitado.


E cá estavam eles, um Suna Rintarou totalmente fora de si e um Miya Osamu com apenas alguns neurônios funcionando o suficiente para guiar os dois até sua casa. Ele não poderia levar Suna para a casa dele no estado atual, os pais dele provavelmente teriam um ataque do coração. Osamu não tinha escolha a não ser levá-lo para sua própria casa onde seus pais seriam mais razoáveis.


O problema seria lidar com Atsumu e seus comentários idiotas. Osamu não se sentia pronto para isso.


Osamu balançou a cabeça tentando afastar esses pensamentos e aceitou sua punição pelas suas escolhas idiotas e continuou seu caminho.


Ele não percebeu que depois de alguns passos seu aperto no braço de Suna se tornou um aperto nas mãos e ambos caminhavam (ou tentavam) de mãos dadas pelas ruas escuras.

Renai CirculationOnde histórias criam vida. Descubra agora