- Ana, eu sei que eu fui uma tia muito relaxada quando se trata de ti, porque realmente eu priorizava o meu trabalho e depois a minha família. Até porque eu fui ensinada dessa forma, mas eu quero lhe dizer que independente se eu tiver 7 filhos eu sempre irei lhe escutar. Essa falta de comunicação entre nós existiu até esse momento, agora não vai mais existir e você precisa confiar em mim. As vezes fazemos coisas que achamos que é certo, mas no final das contas não é. Acabamos machucando as pessoas que amamos por besteiras e isso aconteceu em relação a ti, mas quero que você saiba que nunca foi minha intenção. Você é a minha primeira sobrinha que fez o meu mundo virar, e nele você trouxe coisas que nunca imaginei que seria. Você é a minha pequena, mesmo não sendo mais pequena assim e quero te dizer que independente do que eu esteja fazendo eu quero que você me procure e fale tudo o que você está sentindo e quero que ainda exista aquela conexão entre nós. Eu amo você muito, você é como uma filha para mim e vejo que você e a Mac as vezes não se dão tão bem, até porque a sua mãe ela gosta de impor as coisas nas pessoas e ela viu em você um potencial na atuação que as vezes você não percebeu, mas eu quero que você me prometa não fazer nada contra sua vontade e você vai vim conversar comigo antes de tudo.
- Eu não sei o que dizer...
- Eu quero que você me prometa Ana.
- Prometo.
- Muito bem! Quero que você se sinta livre de vir falar comigo sempre quando você precisar.
- Pode deixar (abraçando a Anahi).
- Te amo pequena!
- Também te amo tia.
30 minutos se passaram e o jantar chegou. Os 3 começaram comer e conversar sobre diversos assuntos e Anahi comentou que não aguentava de ansiedade para ver o rostinho do seu bebê, mas que ainda faltava bastante tempo para isso.
Ana Paula cansada pelo dia puxado por conta da correria ela foi para o seu quarto tomar banho e se deitar, deixando Anahi e Poncho na sala.
- O que foi pequena? (passando a mão na cabeça dela)
- Não sei lhe dizer o que está acontecendo.
- Porque?
- Estou achando a Ana muito estranha.
- Estranha como?
- Não sei... Parece que o olhar dela estava longe quando ela estava desabafando, sabe? Como se algo estivesse acontecendo.
- Mas, o que poderia estar acontecendo?
- Ai que está, eu não sei o que pode estar acontecendo, porque ela está bem reservada comigo.
- Será que é em relação a família dela? Porque do que eu entendi ela não está tendo tanta atenção como ela gostaria e as pessoas que ela mais se importava se afastaram dela, principalmente você.
- A questão não está sendo o afastamento nesse momento, mas sim algo que deve estar ocorrendo.
- Como é a relação do pai dela biológico?
- Ela não tem uma relação boa e na real? Ele nem precisa dela e nem ela dele. Não acredito que tudo isso seja por conta do próprio pai.
- Porque?
- Simples, faz 3 anos que ela não fala com ele. Depois que ele casou e teve outros filhos ele simplesmente não liga para ela e muito menos pergunta se ela está bem ou precisa de algo. Essa saga eu conheço já de cabeça.