𝕾𝖆𝖇𝖎𝖓𝖆 𝕳𝖎𝖉𝖆𝖑𝖌𝖔

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Oii! Meu nome é Maria Sabina Hidalgo Paño mas prefiro que me chamem só de Sabi.

Meu pai morreu a seis anos e meio atrás, foi quando meu mundo desabou.  Não é nada fácil ver seu melhor amigo morrer em uma cama de hospital bem na sua frente... Eu estava terminando o ensino médio e não tinha a menor idéia de como me sustentar, muito menos em que emprego eu iria ter no futuro.

Minha mãe nos abandonou quando eu tinha 11 anos e foi para a Califórnia seguir seu grande sonho de ser atriz.

E dês de que papai morreu, eu trabalho no Restaurante Santiago como bartender. O dono do restaurante é o melhor amigo do meu pai e sinceramente, sem  a ajuda dele eu não saberia o que fazer.

Estudo medicina a cinco anos, ou seja, ano que vem estarei terminando a faculdade! Sempre quis ser médica por um motivo: ajudar as pessoas e dar o meu melhor para mantê-las vivas. O que os médicos não puderam fazer com meu pai.

Neste momento eu estou trabalhando no Santiago. Dias de quinta-feira são agitados no restaurante e preciso dar meu melhor para cumprir um serviço bem feito.

- SABINA! - Ah, eu esqueci de falar. Essa é Joalin, minha melhor amiga. Ela trabalha comigo no bar ha uns três anos - Bailey May está aqui! - a Finlandesa aponta para porta e eu entro em estado de choque. Ele é de tirar o fôlego... - Precisamos tirar Cassy de perto dele!

- Mas eu pensei que ele só viesse aqui em dias de terças-feiras. - Eu ainda não acreditava que Bailey May estava aqui. Era muita pressão para mim.

- Pois é, Mona. Você PENSOU! Agora eu vou tentar tirar a Cassy de perto dele já que você está tão chocada assim para me ajudar. - Eu reviro os olhos sorrindo - CASSY, QUERIDA!

Joalin é realmente uma piada. Já falei para ela tentar um emprego no Stand Up comedy mas ela fala que não dá dinheiro nenhum "aquela besteira."

Cassy, ou Cassandra é bem diferente. Ela vem puxando meu pé e o de Joalin a um bom tempo... Ô menina chata!

Um tempo depois vejo Joalin chegar ao meu lado revirando os olhos e Cassandra aparece de braços entrelaçados com Bailey

- Mas você tem CERTEZA de que não quer sentar na mesa de sempre?! - A morena perguntou com uma cara de inocente com o objetivo de me afastar de Bailey - ela já está reservada para você!

- Obrigado Cassandra mas eu já falei que esta noite eu prefiro sentar aqui no bar. - Bailey May... Como descrever Bailey May?! - Eu preciso resolver uns negócios.

- Certo. Cuide bem dele - a italiana fez uma pausa - Sabina.

- Prometo que vou tentar!

Logo depois Cassy sai de perto, ela parece irritada. Entrego um cardápio para o filipino que logo recusa

- Perdão? - eu falo ainda confusa

- São realmente muitas opções mas eu vou querer beber algo.

- Ah certo, e o que gostaria?

- Um royal salute com muito gelo, por favor. É sem dúvidas a melhor forma de saboreá-lo. - O moreno terminou de falar e logo pegou uma grande maleta preta que parecia ter arquivos confidenciais dentro. 

Eu entrei na despensa e fui procurar o whisky que o filipino havia pedido. Atrás de mim veio Joalin reclamando de Cassy. 

- Ô menina chata! 

- O que aconteceu? - perguntei a finlandesa que apenas riu com deboche. - me fala! 

- A Cassandra! ela é uma tosca. Ela fica me tratando mal e depois se faz de inocente. Mas enfim, - a mudança de personalidade que a Joalin tem em cada 15 minutos é impressionante. - Já que a mais nova senhorita importante vai servir Bailey Thomas Cabello May, eu vou te passar o menu do dia.

- Bailey Thomas Cabello May? - Perguntei. 

- É amiga. Você mora dentro de uma PEDRA? - eu ri - O menu é: Bacalhau, Macarrão ao pesto, Lagostas com molho de limão, Atum branco com salada de papaia verde, Maminha assada com manjericão e Ceviche Beija-Flor. Entendeu? - Não, eu não entedi. - Sabina?! Você entendeu?! 

- Sim. 

Para falar a verdade, a única parte que eu realmente entendi foi a lagosta com molho de limão mas sabia que iria esquecer isso também então não faz diferença nenhuma. 

- Então vai logo! 

- Calma! - pego o Royal Salute e tiro a poeira da garrafa. Percebo que Joalin está me encarando com uma cara de tipo "O que você está esperando?!" e corro de volta para o bar. - Eu demorei? - Pergunto ao moreno que apenas nega com a cabeça lendo alguns arquivos. 

Sirvo Bailey e tento lembrar do que Joalin tinha me falado.

- O cardápio é macarrão a alguma coisa e mais alguma coisa com molho de limão. 

- Aham...

Ele nem se quer tem coragem de olhar para mim! 

- Ei! - estalo os dedos na frente de Bailey e ele me olha assustado - Você me ouviu? 

- Ah, não... poderia repetir por favor? 

E agora? eu iria falar o cardápio errado outra vez? 

- É... - ele parecia atento - Um bando de blá blá blá e alguma coisa com molho de limão - Olhei para Joalin que parecia decepcionada e logo voltei a minha atenção ao moreno que estava confuso. 

O que eu fiz?! 

- Eu acho que vou experimentar essa "alguma coisa com molho de limão"

- Certo. - Ando até Joalin e passo o pedido para a mesma que logo vai preparar o prato - Dia cheio?

- Pois é... Não é fácil - O filipino solta uma risada nasal enquanto eu sorrio limpando o bar - E você? Também parece ocupada

- Dias de Quinta-Feira são cheios. Já estou acostumada.

- Sou Bailey, mas já deve me conhecer - Ele olha para mim.

- Sabina, muito prazer - aperto sua mão sorrindo quando Joalin grita por meu nome com o prato nas mãos - JÁ VOU!

Lagostas! Lagostas com molho de limão. Era isso...

- Aqui, Senhor. - Entrego o prato para Bailey que me encara com um grande sorriso no rosto.

- Só Bailey, por favor - ele faz uma pausa encarando o prato - Lagostas. Pensei que iria vir só o molho de limão em um prato - eu ri.

- Ah vamos! Nosso restaurante não é tão ruim assim!

- Eu nunca falei isso!

Horas se passavam e quando vi, já era minha hora de ir embora. Entrei no banheiro e coloquei meu casaco roxo claro.

- Bailey Thomas Cabello May. Não é tão chato e arrogante como qualquer CEO que tenta pagar de durão por aí. - Coloco minhas luvas combinando com o casaco e minha boina/chapéu da mesma cor na cabeça.
Quando voltei para o bar Bailey já não estava lá mas Joalin chamou minha atenção.

- Para onde vai?

- Eu vou embora de ônibus. Quer ir comigo?

- Não dá amiga. Se eu pudesse eu iria, acredite. Ainda tenho duas horas aqui com nossa querida amiga Cassandra.

- Boa sorte! - falo dando risada e abrindo a porta de vidro logo sentindo uma brisa fria bater em meu rosto.

𝘈𝘍𝘛𝘌𝘙 - 𝗦𝗮𝗯𝗶𝗹𝗲𝘆 🌼Onde histórias criam vida. Descubra agora