A casa

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A Nova Zelândia é um país lindo! Suas praias não são como as do Rio de Janeiro, é claro, afinal nosso Brasil é único. Mesmo assim, as paisagens costeiras eram de tirar o fôlego!

Logo que chegamos no aeroporto de Auckland, na Nova Z - vou chamar assim pra encurtar - fomos muito bem recebidos por meu tio e sua familia. Tiaguinho e Suelen tinham uma filha de 14 anos chamada Susan. Era uma menina quieta que gostava muito de conversar. Tímida que só, não tinha muitos amigos. Na verdade, acho que não tinha nenhum. Ah, quer dizer, tinha a Maggie. Elas se conheceram na escola, e, apesar de não se verem muito, era a única amizade de Susan. É, acho que todos acabamos nos apegando a alguém em algum momento. Eu ficava pensando se eu ia encontrar um amigo assim, talvez na escola ou no bairro. Eu tinha meu irmão, mas não nós dávamos muito bem. Estávamos sempre brigando e nossa mãe fazia a gente fazer as pazes. Quase sempre dava certo.

Pois bem, Tiaguinho tinha uma van bem maneira. Entramos nela, e ele nos levou até a casa onde agora seria nosso lar. O terreno era rochoso, bem pertinho da praia. Logo avistamos a casa. Que luxo! A casa tinha uma área totalmente de vidro! Meu Deus, as paredes da sala de estar eram de vidro!!! Eu tinha só 8 anos, mas já fiquei impressionado. As paredes da casa eram cobertas por um tipo de pedra cinzenta, muito bonita, com um belo acabamento. Meu pai se preocupava com a privacidade.

- A casa é muito bonita, irmão. - elogiou mamãe.

- Sim, sim... Um ótimo acabamento... - disse papai, com tom de preocupação, pelas paredes de vidro.

Meu tio, notando a preocupação de meu pai, disse a ele:

- Eu sei que a casa parece um pouco exposta, em comparação com as casas do Brasil. Mas não se preocupe, Felipe! Esse é um país muito seguro. E, como vocês devem ter reparado, lá atrás onde passamos, tem um grande portão. Sempre fechamos ele quando anoitece, e abrimos quando amanhece. Chamamos de portão das 7! - brincou.

- E se eu precisar sair a noite? - Perguntou mamãe.

- Então é só usar o controle da casa. - Disse meu tio, pegando um controle que mais parecia um controle remoto de 2 botões apenas - Com esse controle, você pode fazer quase tudo que precisar na casa. Inclusive, ele cobre as paredes de vidro com uma espécie de cortina de metal.

Papai suspirou aliviado.

Depois disso, Tiaguinho mostrou-nos o restante da nossa nova casa, e depois foi embora. A casa dele ficava no mesmo quintal, porém tinha que caminhar um pouco entre algumas árvores, por uma trilha que eu não faria de noite. Mas era um lugar muito bem iluminado e aconchegante. Um lugar que gostei muito, eram o que eu chamava de a rocha dos pensamentos. Até que eu fui criativo em dar esse nome, pra uma criança de 8 anos! Era uma rocha bem grande que ficava de frente ao mar. Eu ficava em cima dela e me sentia no topo de tudo. Aquele lugar me trazia paz e era lá que eu ia quando estava me sentindo triste.

Ainda estávamos nos acostumando com a casa nova e toda aquela luxúria, mas estávamos felizes. Enquanto jantava naquela noite, eu me perguntava o que eu fiz pra merecer uma vida tão feliz. Mal podia esperar pra acordar no dia seguinte e explorar a casa nova.

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⏰ Última atualização: Apr 05, 2021 ⏰

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