Amadurecer.

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*a fanart da capa não é minha. encontrei no pinterest e infelizmente sem o @ do criador.
de qualquer forma, todos os créditos vão a ele.

essa foi minha primeira fic dentro de um projeto de saint seiya.
o tema foi songfic, e num piscar de olhos eu plotei alguma coisa, porque plotar com música é quase um hobby meu.
aproveitando que eu tinha plotado, peguei o fato do mês da época ter sido o mês do aniversário do shaka e adicionei na história. puff, combo!

a música na qual me inspirei pra fazer essa história foi ‘play date’ da melanie martinez. quem conhece, já deve saber do que essa história se trata, aiai, esses jovens de hoje em dia :')

espero que gostem da história do mesmo jeito que eu gostei de escrevê-la.
lhes desejo uma boa leitura e até mais <3

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Nós dois sabemos muito bem do que vou falar agora, Shaka.

Já faz um bom tempo desde que começamos essa nossa “brincadeira” e, sinceramente, estou cansado de ser tratado como um boneco.

Desde menores, na nossa época de treinamento, fomos muito próximos pela nossa cultura e crença serem parecidas. Lembro de quando começamos a meditar juntos e mais ainda de quando o convidei para tomar chá comigo pela primeira vez.

Foi uma época muito boa, não concorda? Eu concordo.

Todavia, conforme vamos crescendo, nossa inocência também vai esvaindo-se aos poucos. Além de batalhar incansavelmente contra inimigos, nós também tínhamos uma batalha interna travada com nós mesmos: a batalha contra os hormônios.

Sinceramente, nunca tinha cogitado a ideia de ficar com alguém dessa maneira. Contudo, você pareceu tão atraente naquele dia de verão... Atraente de uma maneira que até hoje não sei explicar.

Não sei dizer se era o jeito que seu cabelo balançava e refletia diante dos mínimos raios de sol que adentravam a Casa de Virgem, ou se era a minha vontade de ver seus olhos azuis como o oceano mais vezes, ou sequer se era por conta de seus lábios soarem tão convidativos enquanto falava sobre alguma reflexão que não me recordo.

Mesmo que eu tomasse um tempo para refletir sobre, com certeza não o usaria corretamente. Em um piscar de olhos, nossos lábios já estavam selados e seguíamos rumo ao quarto do sexto templo.

Já faz alguns anos desde esse fatídico dia, e desde então, parece que você não dá a mínima para o que aconteceu.

Quando está ao meu lado, parece tão distante, Shaka... E quando me pede para subir as escadarias, sempre acabo me rendendo ao silêncio do templo, onde só há eu, você e o quarto a nossa espera.

Me sinto num jogo de pique-esconde onde nós dois temos que nos esconder dos outros dourados. E eu não quero jogar esse jogo, meu caro amigo.

Estou cansado de correr atrás e hoje vou botar um ponto final nessa nossa brincadeirinha.

De um jeito ou de outro.

19 de Setembro, Aniversário de Shaka.

Você foi cumprimentado por todos os nossos colegas hoje, então, provavelmente não deve mais aguentar ouvir “meus parabéns” ou “feliz aniversário” agora. Pensando por esse lado, decidi que seria o último a lhe desejar um próspero aniversário; iria a Casa de Virgem assim que tivesse certeza de que ela estaria vazia, apenas com a sua presença solitária lá.

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