O prólogo

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Flashback (Heeseung)

Lá estava eu com meus poucos 14 anos de idade, no carro com os meus pais voltando para casa depois uma tarde divertida no parque de diversões, a música "Heart Attack" da Demi Lovato soava pelo carro enquanto minha mãe cantava com toda sua paixão de fã a sua música favorita. A estrada estava molhada e por isso meu pai dirigia devagar para a nossa segurança.

Mas não adiantou de nada, não importou o quando ele se preveniu para nos cuidar, não adianta de nada colocar o cinto ou dirigir devagar com os faróis acesos quando tem um caminhoneiro bêbado vindo na sua direção.

O impacto foi muito forte, a frente do carro ficou totalmente amassada e os vidros estilhaçados por todos os lados, a rua estava vazia, por que eu não desmaiei? Se tivesse batido a cabeça com impacto não estaria presenciando tudo isso agora. Meu pai com a cabeça no volante, tinha sangue escorrendo de sua testa e de sua boca, minha mãe com a cabeça encostada no banco, também sangrando muito, eu os chamei, gritei e implorei para que eles estivessem bem, mas do que adiantava? Já estavam mortos.

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Heeseung acordou assustado, mais uma vez aquele pesadelo o assombrando como acontecia todas as noites, não importa quantos anos se passassem, parecia que o Lee nunca superaria a cena que vivenciou anos atrás. Ele limpou as lágrimas que escorriam sem ele perceber, se levantou da sua cama vendo que seus colegas de quarto ainda dormiam tranquilamente.

Ele levantou da cama e a arrumou para dar menos trabalho para a faxineira do orfanato, ele caminhou para fora do quarto e foi para o banheiro, se trancando lá. Ele encostou as costas na parede e respirou fundo, sabia que não tinha como voltar atrás mas não podia simplesmente esquecer que viu seus pais morrerem enquanto o assassino fugia, e doía ainda mais saber que esse cara nunca foi pego.

Heeseung queria que ele apodrecesse na cadeia pelo crime que cometeu, e daí que estava bêbado? Se soubesse que iria dirigir então não bebesse oras, seria muito esforço pensar no próximo também? Pensar que uma hora ou outra uma fatalidade poderia acontecer como aconteceu consigo?.

Mas ao mesmo tempo, Heeseung também desejava que tivesse ido embora com seus pais naquele dia, a cada dia que se passava ele se sentia mais pesado e hoje com seus 19 anos sentia que a pontinha de esperança que o mantinha vivo estava se apagando, logo ele teria que ir embora do orfanato, já é maior de idade e podia se virar sozinho, certo?.

Bom, ele não tinha tanta certeza disso.

Depois de fazer sua higiene matinal ele saiu do banheiro e estava caminhando para seu quarto quando escutou alguém o chamando, se virou de costas e se separou com o corredor completamente vazio.

Ele revirou os olhos para si mesmo e foi para o quarto, "ótimo, além de tudo que passei agora escuto vozes, só devo estar ficando louco mesmo" ele pensou enquanto abria seu baú de roupas para se trocar e começar mais um dia.

Mesmo que ele não queresse mais continuar vivendo.

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As atualizações serão diárias então fiquem atentos, ainda não sei que horário vai sair

Esse capítulo foi mais curto mas é porque é apenas o prólogo para dar um início na nossa estória, espero que gostem porque eu amei escrever

Beijos da/o Rafa e até amanhã

The orphanage // enhypenOnde histórias criam vida. Descubra agora