as ondas do mar são como você.

na tua brisa.

as ondas do mar são como você — venustas e inigualáveis, que dos teus lábios emerge calmaria, e nas ondas dos teus cabelos há a energia que permeia dias e noites sem fim. e os lumes fúlgidos do teu par de olhos, que afugenta-me em refúgio e me resgata de todas as armadilhas que me tornam miserável e só. tu és a cura, como também o meu vício, este que, no âmago de sua essência, transborda luz e devoção à vida e ao mais belo transpirar.

teu fôlego, que passeia entre os ares e inunda-me o peito em euforia, é o oxigênio de pureza irrefutável e natureza amorosa, que com tua ambiguidade também causa-me a falta de fôlego ao observar-te caminhar. teus rastros são necessários, para que a cada momento de toda a minha vida, eu possa estar a um passo das tuas matérias inegavelmente únicas.

e tua profundidade, magnificente e singular, que expressa frações dos valores teus, é o que torna-te a parte mais estonteante da simplória ação do existir.

como amo esbanjar-me em teus horizontes, e no teu interior desfazer-me em devaneios próprios de natureza vulgar e libidonosa - pois sabes o quanto entreguei-me a ti. tua derme cristalina, que como um espelho reflete aos céus em sua desinibição, cega-me em paixão e admiração ao celestial e reluzente brilho do teu cerne. desfaço-me quando teus lábios molhados acalmam-me a pele, e em teus braços mergulho no perfume de aroma singelo e voraz...

meu jimin, à que devo meu eterno e tão profundo amor, deixa-me mergulhar em ti.