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O começo de outro mês, e o começo das aulas de Izuku após seu pai morrer. Midoriya ia em sua escola antiga pois sua mãe não tinha tempo para fazer a transferência. E como sua mãe se demitiu, teve tempo de sobra para fazer isso.

Izuri estava animado com isso, esperou tanto tempo para conseguir ir pro colégio com seu irmão que agora ele estava surtando.

— Izuku! Seu uniforme tem que ficar igual ao meu —, Izuri apareceu no quarto, vendo seu irmão deitado na cama lendo um dos livros da Mitsuki. — O que você está fazendo?

— Hoje não tem aula —, o outro gêmeo mudou de página tranquilamente.

— Claro que tem, estamos na mesma escola, é o seu primeiro dia —, o lembrou, rindo baixo com o olhar pensativo que ele fez.

— Oh, verdade —, Izuku deixou o livro fechado com seu marcador, indo em seu armário. — Meu uniforme já chegou?

— Eu deixei em uma das suas gavetas —, informou. — Vai tomar banho agora, ou quando voltar?

— Vou tomar banho de noite, você sabe —, Izuku vasculhou as gavetas, achando seu uniforme escolar dobrado com seu antigo uniforme. — O seu tem uma detalhe diferente?

— Não que eu me lembre —, Izuri andou em sua cama, querendo a arrumar. — Falando nisso, quero ver o seu corpo.

Izuku engasgou com o ar, olhou chocado para seu irmão, totalmente vermelho. — Q-Que?

— Seu corpo, eu quero ver ele —, Izuri riu da reação do irmão, achando a melhor expressão que já viu. — Quero ver se aquele monstro deixou alguma cicatriz em seu corpo.

— Ah! S-Sim, claro! —, Izuku se atrapalhou, rindo de nervoso.

Izuri observou seu irmão tirar sua camiseta na cama desorganizada do gêmeo, analisou seu corpo e não se surpreendeu ao ver músculos se formando ali. Os treinos que a liga fazia com eles estava dando resultado para ambos. Seu corpo era como o seu, com a diferença de algumas cicatrizes em seu tronco e ombros. Não era tão ruim como tinha imaginado, mas ao pensar que Izuku sofreu por um merda como seu pai, o fez ficar irritado.

Passou a mão envolta das cicatrizes, sem poder admirar o rosto surpreendentemente vermelho do seu irmão.

— I-Izuri já terminou de ver? — Izuku se afastou do irmão, colocando uma camiseta branca para depois colocar o "casaco" preto da escola.

— Sim —, Izuri queria perguntar mais detalhe, mas não tinha coragem para fazer isso. Era seu irmão, a sua cópia, o único que poderia o entender, como não consiga falar?

— Começou no mesmo dia que eu fui com ele —, Izuku deve ter visto suas dúvidas. — Ele ficou tão bravo com a mãe que me agrediu, jogou vidro em mim e me chutou.

Izuri se surpreendeu ao o escutar, mas não interrompeu. Sabia que era difícil dizer algo assim, não iria o desencorajar com perguntas.

— Continuou assim, todos os dias uma agressão diferente —, Izuku tirou suas calças, mostrando outras cicatrizes em suas coxas. — Depois de se cansar, ele me abusava. Tocava em mim com aquelas mãos nojentas.

Izuku colocou as calças da escola, lutando contra sua raiva ao pensar em seu pai. — Quando isso aconteceu pela primeira vez, eu não entendia o que estava acontecendo. Mas quando acabou, minha ficha caiu. Ele me estrupou.

Izuri abriu sua boca, mas não conseguiu fazer sua voz sair. Não sabia o que pensar, o bem mais precioso para si sofreu tanto por um babaca filho da puta.

— Sempre que ele me batia, eu sabia que iria acontecer de novo, então fugia de casa todas as vezes. —, Izuku pegou uma das suas meias, iguais de Izuri. — Quando ele percebeu isso, ele me prendeu e ficou falando o quão seria feliz em ter você com ele também. "Vocês são gêmeos, eu imagino o quão delicioso seria", ele dizia.

Time M.IOnde histórias criam vida. Descubra agora