𝒕𝒘𝒐

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*CAP SOBRE THOMAS*

Gatilho agressão

Depois da noite com Amelia o garoto voltou para casa e foi direto para o quarto. Thomas evitava olhar ao redor quando chegava em casa tarde, sabia que veria inúmeros copos de bebida, que o pai tomara e deixara ali.

Thomas era uma pessoa consideravelmente rica, morava apenas com o pai. A mãe do menino havia morrido a dois anos. Os Archeron só tinham algum dinheiro graças a herança da mulher. Após a morte da mulher o pai dele entrou em uma forte depressão e desenvolveu alcoolismo. Por esses motivos o homem não parava no mesmo serviço por mais de um mes.

Assim que chegou no quarto, tirou aquelas roupas e deitou na cama, o relógio marcava 5:30 da manha, mas para variar Thomas não conseguia dormir. Ele mandou uma mensagem para a garota e a resposta nada surpreendente arrancou uma risada do mesmo.

"amelia: vai se fuder thommy"

Ela não o chamava assim a muito tempo. Assim como Amelia, Thomas sabia que eles continuariam sendo os mesmos, mas a sensação de contar toda a historia para a garota era um aliviante, como se tirasse um peso das costas do maior. Ele sabia que era um babaca que tinha magoado muito a menor, isso o atormentava um pouco.

¨não deveria doer em você seu idiota, você fez merda, aguente as consequências¨ aquela frase soava na cabeça de Thomas desde que a garota disse que eles seriam apenas conhecidos, e Thomas como bom babaca que é arranjou o jeito mais idiota de manter a atenção de Amelia em si, irritando-a e a provocando. Era prazeroso para ele sentir que por pelo menos algumas horas ele e Amelia teriam sido amigos. Não que o garoto só sentisse isso pela mesma.

Na visão de Thomas, a garota encantadoramente bonita, forte, e destemida. Ela era a luz na escuridão, mesmo que ela não se visse assim...

Já havia se passado um bom tempo desde que o moço chegara em casa e ainda não conseguira dormir, ele desceu silenciosamente as escadas, decidido a limpar a zona diária que o pai fazia. Depois de arrumar todo o andar de baixo, o garoto reparou que os primeiros raios de sol já apareciam pela janela. Ele subiu novamente, decidido a ter o mínimo de contato com o pai, não queria discutir tao cedo ou na pior das hipóteses levar um tapa.

Ele ficou ali apoiado no para peito da sacada com uma xicara de café na mão, apenas olhando as ultimas estrelas irem embora, dando lugar ao lindo ceu azul de Los Angeles. Thomas amava aquela cidade tanto quanto amava a lembrança de sua mae. O menino havia criado uma admiração pela lua e pelas estrelas após a morte da mulher, ele sempre achou-as bonitas mas nunca teve um verdadeiro significado para ele. Ate que ele a perdeu, perdeu a luz da vida dele, a mae de Thomas amava o ceu noturno, e depois de um tempo observando-as thomas pegou-as para si como se elas fossem um pedacinho dela.

O relógio já marcava 7:30 quando ele resolveu se trocar para ir a escola, 7:40 foi surpreendido com uma mensagem da garota que tanto habitava seus pensamentos.

"amelia: vamos fingir que noite passada não aconteceu, a questão é... faremos isso para nós ou para os outros?"

A resposta foi rápida

"thomas: manteremos normalidade, mas me recuso a fingir que noite passada foi um delírio da minha cabeça"

"amelia: que bom. Normalidade, somos oq? Espiões do F.B.I?"

"thomas: amantes sorditos gatinha"

"amelia: canalha"

Thomas riu com o xingamento, era o único que ela sabia?

"thomas: admita Amelia Shelbey, você sempre teve uma paixão platônica por mim..."

"amelia: estou quase optando pelos delírios"

Two Broken HeartsOnde histórias criam vida. Descubra agora