Killers in flowers, por Charlotte Salete.

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06:00, uma segunda-feira normal em Paris,a cidade romântica e chuvosa.
É assim que começo esse registro, meu nome é Charlotte Salete, mas costumam me chamar apenas de Salete, tenho 23 anos, e moro em Paris, na França. Um lugar conhecido por seu romantismo e os cheirosos e crocantes baguetes, mas já aviso, neste registro não falarei de baguetes, e sim sobre quem é Charlotte Salete, eu.
Primeiro, irei me apresentar corretamente, quem é Salete. Eu sou apaixonada por flores, de todos os tipos, rosas, margaridas, todas. Irônico? Afinal, quantas floristas não há em Paris?
Bom,eu namoro a quase um ano, hoje completo um ano de namoro, e mal posso esperar pela surpresa que meu namorado preparou para mim! Ele é muito ocupado, mas sempre arruma um tempo para mim, eu o amo intensamente.

Hoje,como todos os dias,acordei cedo para o trabalho, e sim, é em uma floricultura.
Atualmente, a cidade está muito perigosa,cada vez mais mulheres somem nas caladas noites, em meu bairro, já foram sequestradas cinco moças, é assustador que a polícia não tenha descoberto quem é o sequestrador, deve ser um gênio.

Eu volto sozinha do trabalho, como falei, meu namorado é muito ocupado, então não pode me buscar.
Coloquei uma música de Beethoven para tocar em meu fone, enquanto volto para casa, a música que fica mais forte a cada passo que dou nas calçadas vazias, e nas ruas, que habita apenas o frio,e o silêncio, nem é um horário tão tarde, mas não encontro ninguém nas ruas.

20:30, estou quase chegando em casa, e junto comigo, a sensação insistente de que alguém me persegue, acelero meu passo até finalmente me deparar com a porta de casa, costumo deixá-la fechada quando saio, me surpreendi com a porta entreaberta, talvez meu namorado tenha vindo em minha casa, me fazer uma surpresa.

Passo devagar pela porta, empurro com o pé, o peso enfrente a porta, na minha sala, junto com minhas rosas espalhadas pelo chão.
A televisão ligada no canal de notícias me tirou daquele silêncio ensurdecedor, nele, o jornalista visivelmente novo no ramo, apresenta o caso do sequestrador, procuro espaço com os pés, entre as flores, para chegar até meu quarto, enquanto o jornalista fala sobre os 80 corpos achados em uma vala, cobertos com pétalas vermelhas, que se misturavam com o sangue coagulado das vítimas.

Ao chegar no quarto, lá estava ele, meu grande amor, deitado, envolvido nas flores que comprei dias atrás, lindas rosas vermelhas, que ganhavam destaque, perto da pele pálida e fria de meu namorado.

Lhe trouxe um presente, formol, para que eu possa conservar seu corpo, e podermos ficar juntos, pela eternidade.

- Vamos, meu amor, preciso limpar a bagunça que a visita fez, saiu se arrastando encima das minhas flores, sujando todas elas, ela até abriu a porta, é um perigo, não acha?...

Charlotte Salete, assassina em série, matou mais de 80 mulheres,e também seu namorado Paul, assassinado há uma semana, tendo seu corpo conservado com formol, guardado na casa de Salete.

A polícia achou o corpo de Paul, por reclamações de vizinhos, que questionaram o mal cheiro vindo da casa de Salete, três semanas depois.

Salete recebeu a pena de morte, e no fim de seu registro, deixou apenas a frase:

"Espero que tenham gostado das flores,com carinho, Charlotte Salete."

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Killers in flowers, registro por Charlotte Salete.Onde histórias criam vida. Descubra agora