Capítulo 15: Você pode me ouvir?

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Jaemin On

Estávamos sentados na mesa e todos olhavam para o Sung esperando uma resposta, eu também olhava esperando para saber o que ele diria, mas não curioso sobre a corrente, afinal eu que tinha dado à ele. Minhas pernas estremeceram quando ele abriu aquele sorriso lindo e seus olhos brilharam

- Nana hyung me deu, Injunnie hyung. Linda demais, né? - Suas bochechas tomaram uma coloração rosa claro enquanto ele ditava

- Hmm, ganhou do Jaem...que bom - Renjun soltou um arzinho pelo nariz quando uma risadinha escapou - Sim, ela é linda demais Ji, muito bom gosto Jaemin

Suas palavras passaram a ser dirigidas pra mim e os olhares dos meninos também

- Mérito todinho do Sung, eu só dei o presente, ele que escolheu mesmo - Depois de mais alguns minutos, terminamos juntos o café da manhã e nos dispersamos cada um pro seu canto. Alguns foram passear, outros pra piscina e eu aproveitei para passar na biblioteca e pegar um mangá para ler. Estava lendo quando Mark, Haechan e Chenle apareceram

Chenle sentou ao meu lado e Mark na minha frente, com Hyuck sentado no colo dele e sendo abraçado pela cintura

- Hyung, posso ficar com você aqui? - Chenle me direciona a pergunta e eu assinto com a cabeça e olho para o casal à nossa frente

- Ah, a gente não vai ficar não, viemos só acompanhar o Lele mesmo e descansar um pouco. Combinamos de conhecer um pouco o lugar antes de voltar para casa - Hyuck explica e eu assinto mais uma vez, eu tô com preguiça de falar

Logo Mark e Haechan levantaram e saíram do hotel juntos, restando apenas eu e o Lele na biblioteca e ele pegou um mangá, mas percebi que ele só estava folheando e não lendo de verdade, ele parecia agitado de uma maneira boa

- Tá dando certo, hyung - Sua voz baixa ecoa pelo espaço

- Hm?

- Sobre aquilo que conversamos, eu estou conversando com ele, estou me sentindo bem e tô gostando de como tudo está acontecendo...obrigada, de novo - Coloco um dedo dentro do mangá para marcar a página e fecho-o, para dar atenção ao assunto

- Disponha Lele, estou aqui se precisar. Fico feliz que você tá feliz, quem é o sortudo?

- Aigoo hyung, mais pra frente você saberá - Ele coloca uma mão para tampar o rosto, ainda olhando pra mim

- Eu acho incrível a forma que você ficou vermelho em 3 segundos, Lele

Depois de rirmos juntos, conversarmos mais e eu terminar o curto mangá que tinha pego, achamos melhor almoçar, almoçamos só nós dois mesmo, não sabíamos onde os outros estavam e nem quando viriam almoçar. Avisei que ia subir pro quarto para descansar quando terminamos de almoçar e ele assentiu, indo em direção à área de lazer.

Subi pelo elevador e entrei no quarto, tirando a camisa e me jogando na cama para cochilar durante uma parte da tarde, mas não consegui dormir direito, estava inquieto demais e não sei o motivo. Para acabar com a agonia, coloquei meus fones ainda deitado, com os dois braços por baixo da cabeça e pensamentos surgiram na minha cabeça.

Olhando para o teto, eu pensei em tudo aquilo meu e do Sung e nossos momentos juntos. Eu tenho tanta saudade dele perto de mim daquela forma, não que seja ruim a forma que ficamos atualmente, bem longe disso na verdade. É só que sinto falta da forma que nos beijavámos, a forma que minhas mãos se encaixavam perfeitamente em seu corpo, a forma que seu corpo maior que o meu se encolhia em meus braços de forma inexplicável, será que era só eu que sentia isso? 

No meio de tantos pensamentos, um me atinge de forma intensa e eu me questiono por que algum de nós se machucaria? Será que ele falou isso por que sabe que gosto dele, mais do que amizade? Será que ele gosta de mim, além do "melhores amigos"? Mas se ele gostasse de mim, penso que ele não ficaria tão feliz com o Beomgyu querendo o conhecer.

A sinceridade com ele nunca faltou de minha parte, mas não é como se eu fosse soltar tudo que sinto assim sem pensar em nada, sabendo que ele pode não sentir nada por mim e podendo estranhar essa amizade tão bonita que temos. Mas ele também nunca me perguntou sobre isso especificamente, então eu nunca menti sobre nada para ele.

Ao mesmo tempo que meus pensamentos migram dessa forma rápida na minha cabeça, eu me questiono que...se ele não sentisse nada por mim, por quais motivos ele iria querer me beijar e ficaria tão nervoso e tímido por isso? Sei que é o jeito dele ser mais fechado para relacionamentos, sem contar as inseguranças que sei que ele possui, mas não sei até onde elas vão. Por que ele continuaria me beijando e me tocando com tanto desejo como fazia quando estávamos apenas nós dois juntos e acordados durante a noite se não sentisse nada além?

Mas se ele sentisse algo por mim, por que ele me pediria para nos afastarmos? Eu jamais seria capaz de machucá-lo de alguma forma. Todos esses pensamentos ao mesmo tempo na minha cabeça me deu vontade de gritar e colocar tudo para fora, minha cabeça está muito cheia de dúvidas e eu não consigo encontrar respostas para elas desde que conversamos sobre isso pela última vez. Tudo isso me faz ter vontade de contar tudo para ele, mesmo que ele rejeite meus sentimentos, mesmo que ele esteja conhecendo alguém e penso seriamente que essa seria a melhor opção para mim

Pensando melhor, eu acho que é melhor eu tentar e ver no que dá do que me martirizar desse jeito sem saber onde eu poderia chegar se não contar nada para ele. Eu quero que ele saiba que é amado por quem é, quero que saiba que ele é desejado, muito mais do que pelo corpo dele, e sim apenas por ser quem é. Esse turbilhão de pensamentos me faz sentar na cama e enviar uma mensagem para ele, preciso saber onde ele está, mas minha resposta não vem imediatamente.

Esperando sua resposta, eu acabo por deitar mais um vez e finalizo por adormecer ainda ouvindo música. Quando eu acordo com meu celular vibrando, não sei por quanto tempo eu dormi, mas olho pela cortina e vejo que anoiteceu. Não era tarde, eram 19 horas e alguns minutos, rapidamente eu desbloqueio meu celular e vejo que resposta veio há 10 minutos, dizendo que estava na cobertura do hotel observando as estrelas, eu peço aos céus que ele ainda esteja lá e pulo da cama, pego um moletom e sigo em passos apressados até o elevador.

Quando eu chego no andar que fica a cobertura eu encontro-o observando o céu, assim como ele tinha dito na mensagem e fiquei parado durante uns minutos na porta de entrada da cobertura o olhando e me preparando. Tem que ser agora, eu não posso mais adiar isso tudo, não posso mais esconder tudo isso que sinto e preciso falar agora ou nunca mais eu encontro coragem.

Em passos lentos, eu me aproximo dele e quando ele percebe a movimentação atrás dele, ele se vira para mim e me olha com uma deixa de preocupação

- Hyung, tá tudo bem? Desculpe não responder sua mensagem mais cedo, eu deixei meu celular no quarto e antes de vir para cá, eu peguei ele para escutar um pouco de música... - Tudo que eu fazia era observá-lo falar e nenhuma expressão eu esboçava - Nana? Fala comigo, tô ficando preocupado com você

- Não aconteceu nada, meu amor. Eu só  queria te ver, você pode me ouvir?

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Hyung, i want your love || Park Jisung & Na JaeminOnde histórias criam vida. Descubra agora