Peças

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Passei o dia no hospital sobre o monitoramento dos internos e da médica. Como Cristina se responsabilizou manter todos os devidos cuidados em casa, Callie me liberou antes das 24 horas.

— Yang, você sabe tudo que deve ser feito. - Cristina revira os olhos. — Grey, os remédios são antiinflamatórios e analgésicos. Caso sinta um desconforto muito grande ou perceba alguma anormalidade, você retorna ao hospital, ok?

— Você fala como se eu não fosse médica e não soubesse todo o procedimento pós cirúrgico. - Cristina fala me ajudando a sentar na cadeira de rodas

— Como médica você deve saber que essas são as informações padrão que devemos passar. - Callie diz sorrindo de lado
— Grey, só para relembrar, depois de 15 dias  você já pode iniciar a fisioterapia - Torres finaliza

— Certo, doutora Torres.

Cristina empurra a cadeira de rodas pelos corredores em direção a saída. Sempre insultando e falando os defeitos dos internos que passava por nós. O que me faz rir com seus comentários.

Já no carro, vejo que ela não está seguindo o trajeto da minha casa

— Cristina, pode me deixar em casa. Coloco alarmes no celular para não esquecer os horários dos remédios.

— Nem pensar. Pelo menos nesses primeiros dias você ficará no meu apartamento.

— Eu sei me cuidar

— Eu estou vendo que sabe se cuidar - me olha rapidamente de cima a baixo

Convenci passar na minha casa para pegar umas roupas e algumas utensílios pessoais. Expliquei onde estava para não precisei sair do carro. Sem muita demora chegamos no apartamento da minha amiga que me ajudou no banho, refez o curativo na perna e me deu os remédios. Depois me deixou na cama e foi buscar algo para comer

— Por sorte, comprei essa torta de frango ontem antes de sair para te salvar - ela entra no quarto com um pedaço de torta e um copo de suco

— Eu não aguentaria comer nem mais uma refeição no hospital. Comida horrível. -  começo a comer
— Hum... está muito bom - coloco mais um pedaço na boca

— Como dizem, o maior tempero é a fome - deita ao meu lado

Termino de comer e ela leva os utensílios

— Cristina, traz meu celular, por favor. - grito do quarto

— Estava tocando há uns minutos atrás - ela diz me entregando

— Por que não trouxe? - desbloqueio a tela

— Estava ocupada fazendo o suco

Balanço a cabeça em negação

Tinha 14 ligações perdidas do Derek e várias mensagens

— Foi o Derek - digo

— Como ele esta? Faz tempo que não o vejo.

— Acredito que bem. Não sei quando ele vem aqui. Poderíamos sair nós três

— Você sabe que eu perguntei como ele está por educação, mas sair com ele já é demais.

— Não entendo essa sua implicância contra o Derek.

— Simplesmente não gosto dele. Eu já falei, não sinto verdade nele.

— Vocês poderiam ser amigos.

— Só temos uma coisa em comum, você. Sei que ele é importante na sua vida por isso respeito, mas não sou obrigada a simpatizar.

Depois da queda Onde histórias criam vida. Descubra agora