An unforgettable love (Ereri - Omegaverse).

50

O mês de outubro tinha se iniciado e tudo estava correndo bem, Levi estava se alimentando adequadamente graças aos enjôos terem finalmente desaparecido. Sua aparência estava saudável e a barriga finalmente estava aparecendo, nada fora do normal tinha acontecido e ele estava apenas aproveitando esse tempo de paz.

O ômega acordou cedo para a reunião de apresentação da planta do banco, não demorou muito nas apresentações e detalhes porque aqueles eram clientes já conhecidos e finalizou tudo antes das 11h00.
Como aquele era seu último projeto, Levi finalmente estaria livre para tirar longos meses de férias junto com sua licença maternidade. A gravidez dos ômegas era menor que a dos betas, durando apenas 6 meses. E Levi estava se preparando mentalmente para a nova fase de sua vida que não seria tão fácil assim.

Levi entrou na sua sala preparado para ir embora, já havia conversado com Bertholdt e tudo estava resolvido. Quando estava levantando para pegar sua bolsa seu celular tocou. Era seu noivo Eren.

~ Oi Eren.

~ Oi meu anjo, já terminou?

~ Estava prestes a sair da minha sala.

~ Você quer almoçar comigo?

~ Hum... Quero.

~ Ótimo, eu passo pra te buscar.

~ Não, pode deixar que eu passo aí.

Eren riu do outro lado linha.

~ Sério? Seria maravilhoso...

~ Estarei aí em meia hora, até.

E desligou.

***

De óculos escuros, Levi estava atravessando o Hall das empresas Jaeger, se sentia um pouco nervoso, não queria acidentalmente se encontrar com certa pessoa e torceu para Eren descer rápidamente. Estava sentindo muita falta do noivo nós últimos dias, talvez a gravidez estivesse deixando-o muito carente, mas ele tinha esse direto não é? De querer ficar com o noivo o tempo todo.

Sentou-se em umas das grandes e luxuosas poltronas que ficavam no espaçoso Hall e esperou, sentia certos olhares em si, mas tentou não dar muita bola para isso, por que iria se importar com a opinião dos outros a essa altura da vida?
Depois de 5 minutos esperando, Eren apareceu um pouco ofegante, seu olhos brilharam quando avistou Levi que se levantou assim que o alfa chegou bem perto.

O maior o tomou nos braços e depositou um longo beijo no ômega, que enrrubesceu ligeiramente.

- Eren está cheio de pessoas aqui...

- Eu não me importo nem um pouco com isso. - Respondeu colando a boca novamente na do ômega.

- Arghr... Você é incorrigível.

O ômega pegou a mão do maior e o puxou para fora rapidamente, ainda sentindo os olhares queimando as suas costas. Eles entraram no carro e Levi dirigiu para seu restaurante japonês preferido, estava morrendo de vontade de comer Motsunabe e não tardou em chegar ao local rapidamente. Voltou a puxar Eren e eles encontram um lugar afastado para se sentar, um garçom trouxe os cardápios e Levi foi o primeiro a pedir.

- Vou querer um Motsunabe, por favor.

Eren arregalou os olhos e franziu a boca.

- Você vai comer isso mesmo?

- Claro que sim estou morrendo de vontade!

- Ok... Eu vou querer apenas um Teishoku.

- Eu também quero um.

O Garçom anotou.

- Algo pra beber?

- Sakê.

- Claro que não! - Eren sibilou. - Traga chá, por favor.

- Mas Eren...

- Você não pode beber!

Levi se calou, sabia que não podia argumentar contra isso e ficou com a cara meio emburrada enquanto esperavam pela comida.

- Você não precisa ficar chateado...

Continuou em silêncio, como se não tivesse escutado nada.

- Amor...

- Eu já entendi.

- Eu só quero que você fique bem e se cuide de form...

O celular de Levi tocou e ele rápidamente pegou do bolso, um número desconhecido estava na tela e ele franziu as sobrancelhas, mas mesmo assim atendeu.

~ Alô?

~ Você queria falar comigo?

~ Hã?

~ Eu sou a Anne, me disseram que você queria falar comigo!

~ Ah, sim! Sim... Espere só um instante.

Levi se levantou e tapou o fone do celular levando-o para longe da orelha.

- Vou atender essa ligação e já volto.

- Quem é?

- Uma velha amiga...

Ele saiu rápidamente porta a fora para o ar livre que o atingiu com uma lufada de ar morno, voltou a levar o celular a orelha depois de se afastar alguns passos da porta do restaurante.

~ Oi, não sei se lembra de mim, eu sou o Levi Ackerman.

~ Claro, o tampinha, o que você queria? - Perguntou direta.

~ Como sempre direta! Vamos lá, queria que você fizesse uma investigação, recentemente a empresa do meu noivo sofreu um golpe eles encontraram o culpado, mas algo me diz que isso não está certo.

~ Então você quer que eu rackeie o sistema para descobrir quem é?

~ S-sim?

~ Hum.

~ O que você tem em mente exatamente?

~ Estou desconfiando de uma pessoa, vou te mandar os dados por mensagem.

~ Isso vai ser um pouco difícil...

~ Por favor... Eu sei que você consegue.

~ Arghr, não precisa me bajular.

~ Então você vai me ajudar? Eu posso pagar!

~ Droga Levi, claro que vou te ajudar, talvez demore um pouco e não precisa me pagar vamos considerar pelo tempo que fomos amigos.

~ Obrigado Anne, você ainda continua sendo a melhor...

~ Puta que pariu, você sabe mesmo me convencer, mande a droga do nome o quanto antes.

E desligou antes mesmo que Levi pudesse dizer mais alguma coisa. Com rapidez o ômega mandou um PDF que havia feito semana atrás, com nomes de várias pessoas, nome da empresa e principalmente o nome da pessoa que mais desconfiava. Depois de se certificar que estava tudo certo ele voltou para dentro do restaurante sentando na mesa e encontrando seu Motsunabe ainda saindo fumaça.

Seus olhos brilharam e ele sentou rapidamente comendo uma porção com um prazer irremediável. Eren apenas olhava aquela cena tentando se segurar para não comentar nada desagradável.

Amava seu noivo, mas realmente não partilhava do mesmo paladar que o dele, realmente não conseguiria comer o prato que continha vísceras de vaca e vegetais.

- Você realmente está comendo isso?

- Por que eu não comeria? - Perguntou sério.

- É estranho.

- Minha mãe sempre fazia pratos japoneses pra mim, então estou acostumado a comer todo tipo de comida que pra você possa parecer estranho.

- Ela fazia?

- Sim, minha mãe era japonesa não lembra? Por que acha que dei um nome japonês a Yuki?

- Desculpe, eu não lembrava.

- Esqueça isso. - Disse baixinho e voltou a comer já sem muita vontade.