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O recomeço... - Cap. I - Parte I.

Povs Jack.

Oi, meu nome é Jack Jones, tenho 22 anos e nasci e cresci em Jefferson, uma cidade pequena do Texas. Conheço aquele lugar como a palma da minha mão, como só tem 2.043, todo mundo conhece todo mundo.

Bom, minha vida nunca foi fácil lá, porque a minha família sempre foi meio pobre. A minha história começa quando a minha mãe, Eleonor, descobre que está grávida de mim aos 17 anos, ela conta ao meu pai e ele foge. Não tem muito o que falar, mas é triste. Pelo menos, eu nunca tive que conhecer ele.

Eleonor, como sempre chamei ela, era muito inteligente, esperta e misteriosa , ela nunca deixava ninguém passar por cima dela. Além disso tudo, ela também tinha o seu lado meigo, gentil e doce, mas ela só usava isso comigo e com o meu irmão mais velho, Tristan.

tristan

Tristan sempre foi meu melhor amigo, meu herói, porém ele deixou de ser quando entrou na vida do crime. Ele começou roubando comidas, roupas e correntes. Depois que ele sentiu o gostinho da satisfação, ele começou a assaltar lojas armado, assaltava mercados, armazéns e carros. Logo depois, começou a traficar, assaltar bancos e matar pessoas.
Quando ele começou isso, eu tinha 16 anos e ele 19. Meu chão caiu, foi tão decepcionante que eu queria fugir. O cara que me protegia, estava colocando outras vidas em riscos, pessoas com famílias em risco.
Hoje em dia, ele está atrás das grades, sem o poder de colocar outras vidas em risco.
Quando ele foi preso, eu e Eleonor tivemos que dar um jeito. Ela tinha 2 empregos, um como garçonete e outro como manicure, já eu ajudava o Rick, meu melhor amigo, com o lava-rápido do pai dele.

rick

Rick e eu crescemos juntos em Jefferson, conheci ele aos 7 anos depois que ele virou o meu vizinho. "Rick Miller, velejador aos 21 anos", parece uma boa propaganda, né?
A gente vive grudado até hoje, ele é o meu segundo irmão. Ele que  cuidou de mim quando o Tristan foi embora, eu nuca fiquei tão triste desde então.
Mas a gente sempre arrumava um jeito de se divertir, seja invadindo um lago, ou pulando o muro da escola.
Eram bons tempos.

Então aos 18 nos formamos, foi o dia mais feliz da nossa vida. A gente fez festa, bebeu, dançou e tudo mais, eu nunca senti aquilo e não sei se vou sentir o mesmo novamente. Sabe aquele sentimento de que você está em família, só que com seus amigos? Eu não sei explicar.

Mas a felicidade durou muito pouco, porque no ano seguinte, minha mãe descobriu que tinha um tumor enorme no cérebro dela. Ela me contou tarde sobre a doença, ela disse que sentia as dores e tudo mais, mas ela escondeu de mim para não me "atrapalhar".

- E agora, doutor? O que eu faço? - disse enquanto chorava e tremia dentro da clínica.

- Jack, a única coisa que nos resta é dar amor e suporte a sua mãe. - disse o Dr. Wilson com uma face tristonha.

E eu comecei a chorar abraçando o médico da Eleonor. Irônico, né?
E pensar que eu não percebi que ela estava doente. Eu fui tão egoísta ao ponto de não reconhecer a dor dela? Eu só olhei para mim esse tempo todo? Isso é muito triste.

O Tristan não pôde ir ao hospital onde a Eleonor estava, porque ele estava atrás das grades. Eu fiquei com ela todos os dias. Depois do trabalho, nos dias de folgas, nos feriados, EU fiquei com ela, e fiz o meu papel de filho. Eu a amava muito, mais do que tudo no mundo. Ela era o meu tudo e eu a perdi. Ela morreu nos meus braços.

- Eu te amo, filho. - diz Eleonor beijando o meu rosto e me abraçando .

- Eu também te amo muito, mãe. - disse aos prantos, pois sabia que aquilo era uma despedida.

Então, ela faleceu e foi o pior dia da minha vida, eu nunca chorei tanto. Eu tenho muita saudade dela, mas sei que ela está em um bom lugar agora. Eu ia todos os dias ao túmulo dela com uma rosa branca, a favorita dela.