Nunca Seduza um Coreano

Capítulo 3

Youngjae tentou manter a calma quando Lucas-hyung o levou para o grande salão, embora fosse difícil quando o seu coração batia furiosamente no seu peito.

Seu appa andava de um lado para o outro à frente da lareira e o seu outro irmão, Jungwoo, esparramado numa cadeira na grande mesa de madeira, raiva queimava nos seus olhos enquanto batia com o pé no chão.

Youngjae olhou para o seu omma e para o seu appa, querendo saber o que é que eles estavam a dizer. Ele arrancou a sua mão da de Lucas e mexeu-se para que pudesse ver melhor.

-Minho-ah, não podes permitir que o casamento aconteça!

O appa de Youngjae agarrou os ombros do seu omma, segurando-os com força. O alfa olhou para o ómega com torturados olhos irritados.

-A Rainha decretou, Key. Eu não posso dizer não a ela.

Key soltou-se, virando mais para Youngjae com os olhos vermelhos e inchados, dor presente no seu cheiro. Em seguida, seu olhar iluminou-se sobre o único filho ómega e a sua expressão ficou mais aflita.

Ele correu para a frente, colocando um braço à volta de Youngjae, apertando-o com força, e depois conduziu-o para a frente. Youngjae podia sentir o seu omma tremer e trabalhou ainda mais duro para manter a sua própria fisionomia serena enquanto se aproximavam do seu appa.

Minho levantou a mão e balançou visivelmente quando pousou suavemente na bochecha de Youngjae. Incapaz de suportar a tristeza presentes nos olhos do progenitor, Youngjae virou o rosto na palma da mão e esfregou.

-Meu bebé. Meu presente mais precioso. Nossa Rainha virou-se contra nós.

Ele baixou a mão e colocou-a na parte de trás do pescoço de Youngjae e em seguida virou-se. Franzindo a testa, o ómega colocou-se de maneira a continuar a ver a boca do appa, pois não queria perder nada do que ele dissesse.

-Deves rogar-lhe Minho – Key disse, tocando no braço do marido para virá-lo de volta – Talvez, ela não saiba da condição de Youngjae.

O alfa voltou atrás, as sobrancelhas desenhadas em conjunto, a escuridão do seu cenho, parecendo uma tempestade de primavera para Youngjae.

-Como não saberia? Ela esteve aqui poucos meses depois de Jae ter estado doente. Ela viu que ele... mudou. Ela ofereceu a sua simpatia porque ele nunca seria capaz de fazer um casamento funcionar ou de ter os próprios filhos. E agora ela está a mandá-lo para o nosso pior inimigo, como um cordeiro de sacrifício destinado a forçar a paz entre nós?

Youngjae sentiu o sangue do seu rosto a drenar e ele esperava que o seu omma não o visse a estremecer diante das palavras do seu appa.

-Olha para ele, Key! Ele não entende – disse Minho, levantando a mão num movimento de corte para Youngjae.

-Tu não vais dizer uma palavra contra ele – disse Key, sua expressão tão feroz que Youngjae sabia que devia ter dito as palavras ferozmente – Ele é um menino doce e bom. Não é um idiota. Pode costurar muito bem. Tem o conhecimento básico das coisas. Ele é útil para os membros do clã, e sempre tem um sorriso para todos. Esse monstro vai esmagá-lo.

-Não estou a depreciando-o – Minho rugiu. E desta vez, Youngjae sabia que ele tinha rugido porque tinha sentido as vibrações, mas também, não estava certo dos sons, não de muitos que podia realmente ouvir.

A voz profunda ressoou. Nada alto ou estridente. Nada normal ou monótona. Mas de vez em quando, ele experimentava uma audiência fugaz.

-Eu amo-o tanto quanto tu, Key. Tu achas que quero dar o meu ómega em casamento ao meu inimigo jurado de sangue?