Capítulo único

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Adrenalina. Nas veias dela corria pura adrenalina.

Nunca tinha feito nada parecido em nenhum dos 9 verões que tinha vivido no acampamento, nunca tinha feito nada parecido em todos os seus 16 anos.

Esperou seus colegas de chalé dormirem, o que não demorou muito, normalmente dormiam cedo para treinar logo pela manhã do outro dia, ela teria feito o mesmo, mas estava morrendo pra ver ele de novo.

Depois da guerra, quando as coisas acalmaram, eles tiveram mais tempo juntos como casal, mas nunca conseguiram chegar lá. Nunca tiveram o tempo e a privacidade necessários.

E ela ansiava por aquilo, toda vez que ela via aquele sorriso, toda vez que ele passava os dedos por seus cabelos, ou quando pousava a mão na cintura dela. Com poucos gestos inocentes ele a enlouquecia.

Não demorou tanto até que criasse um plano, como uma boa filha de Atena. Era um plano simples, mas eficiente. Ele tinha um chalé só pra ele, quando não recebia visitas de Tyson em datas comemorativas, ela tinha um boné que lhe fornecia invisibilidade. Não era necessário muito esforço para que isso resultasse no que ambos queriam.

Então colocou seu boné e no maior silêncio que conseguiu, saiu noite afora.

Eram 1h07, de acordo com o que conferiu no relógio de seu chalé antes de sair. Provavelmente estava muito frio lá fora, apesar de ser uma noite de verão, mas de qualquer forma, ela não saberia dizer, devido ao fogo que a queimava por dentro.

Depois de um pouco de caminhada, ela estava na porta do chalé 3. Bateu cinco vezes na porta, como combinado. As porta abriu um pouco, ela entrou e tirou o boné.

Não teve muito tempo pra pensar, ouviu a porta atrás de si se fechar e uma respiração pesada, quando se virou percebeu que ele já a olhava, ele estava sem camisa?

E puta que pariu, aqueles olhos, talvez ela tenha deixado o boné cair, mas não percebeu, também não percebeu quando eles começaram a se beijar, só teve consciência de que estava em cima dele na cama quando pararam o beijo pra respirar.

Teve a chance de olhar ele de novo, e naquele momento ela teve certeza de que viveu para ter aquela visão, ele estava tão bonito, com os lábios entreabertos, o rosto vermelho e os olhos de um verde, agora, muito escuro.

Com as respirações entrecortadas se misturando, ela relutantemente se sentou, fazendo ele confuso imitar o ato. Ela tinha planos em mente.

Se sentou no colo dele, ele lambeu os lábios e fechou os olhos como resposta. Pousou as mãos na cintura dela, e a mesma tirou a camisa, normalmente ela não dormiria de sutiã, mas ela tinha colocado como uma peça de roupa extra, estava aflita sobre a noite.

Começou a mexer os quadris, devagar, mas o bastante para que ele estimulasse ela a continuar usando as mãos que agora tinham descido um pouco.

Ela acelerou um pouco de repente, ele a apertou em resposta, o que a fez aumentar mais um pouco, e mais um pouco, e um gemido aqui, alguns gemidos ali.

Rápido, o ritmo era rápido, ele estava respirando descontroladamente, suas mãos haviam percorrido as suas coxas, enquanto as dela passavam dos ombros ao cabelo dele.

Beijos, ele beijou ela, ou ela beijou ele? Não importa, agora ele estava em cima dela. Seu pescoço deveria parecer muito apetitoso a ele, já que ele lambeu e mordeu a orelha dela, passando pela extensão do pescoço com beijos. Arfados e gemidos.

A boca dele chegou no colo dela, demorou igualmente lá. Iria deixar marcas, essa era a intenção. Suas mãos percorreram as costas da menina até encontrar um fecho.

In the middle of the night Onde histórias criam vida. Descubra agora