❝A grande mentira por trás de um bom garoto.❞
[Sidney Jorges]
[Terça-Feira]
[2001]
[Eleições de Sidney Jorges]O País estava em festa, as eleições haviam finalmente chegado. Não significava que não havia mais as brigas por causa de política, esse ano houve ainda mais. O número de pessoas agredidas por eleições havia triplicado este ano.
O País estaria nas mãos de um dos três candidatos a presidência: Bill Parker, Millie Viliam e Tyler Lopez.
Já era 9 horas da noite quando todos os votos terminaram de ser contados.
Tyler venceu a eleição com 80% dos votos, fogos de artifício iluminavam o céu, com as cores da bandeira do país: Branco, vermelho e preto.
Podia ouvir os gritos das pessoas que torciam por ele, era uma boa pessoa não tinha como não ganhar.
Tyler Lopez sorria ao receber a faixa presidencial, sua esposa e filhos encontravam -se ao lado do mesmo, sorrindo e acenando para as outras pessoas presentes no local.
Tinha lágrimas nos olhos demonstrando toda a felicidade que sentia por ter conseguido a tão concorrida faixa.
O novo presidente correu até a esposa logo a envolvendo com um abraço, e logo abraçando os filhos, enquanto dizia em sussurros: "conseguimos".
Era algo que o pai queria mais que tudo, Lia estava feliz e orgulhosa pela nova conquista do mesmo.
Mas a felicidade é algo que escapa de nossas mãos sem que nem sequer possamos perceber.
Era o ano de 2004, quando Lia foi encontrada coberta por sangue e pílulas de diferentes cores; todas as tonalidades sendo totalmente irrelevante ao olhar para todo o sangue, tão vermelho manchando todo o chão do pequeno banheiro.
Seus pulsos estavam cortados.
A pele de Lia estava pálida provavelmente deveria ter perdido muito sangue, seria impossível reanima-la ou que desse tempo suficiente para uma doação.
Levaria em média 5 horas para chegar até o hospital mais perto da pequena fazendinha aonde passavam as férias de verão, ao menos que tivessem um jatinho disponível naquele momento ou algo do tipo até chegar lá provavelmente a garota já teria falecido.
Os hospitais estavam com mal funcionamento desde que tiveram uma grande alta de pacientes, parece que uma doença havia chegado em todo o País. Então se fosse um assassinato, a pessoa realmente teria pensado em tudo.
As paredes cobertas por pequenas partículas de sangue, era notável que duraria um grande tempo até alguém conseguir limpar toda aquela bagunça.
Levaria um tempo ainda maior para apagar aquelas pequenas memórias sangrentas da mente de todos os familiares e amigos da garota.
Os olhos claros estavam vermelhos, estão abertos quando ela foi encontrada, pareciam espantados ou com medo de algo, algo que nunca foi descoberto por ninguém.
Ninguém investigou, a família preferiu não colocar policiais ou qualquer outra lei maior sobre "algo pessoal". Tinham que entender o que os familiares estavam em um momento péssimo e só iriam precisar de paz.
Sem diagnósticos; todos levaram a morte de Lia como um suicídio, mas algo nunca foi concreto, a garota era feliz e vivia alegre; pontos claros para tentar esconder a dor que sentia ou talvez pra tentar esconder tudo oque os outros a fazia sentir.
Nenhuma carta suicida, nenhuma lâmina, nenhuma mensagem ou ligação para alguém da família, apenas um último e-mail.
[Lia Lopez: Eu te amo!]
[Para: Evie Mendes]A mensagem foi enviada por e-mail, logo depois de Lia excluir todas as suas redes sociais. Talvez fosse alguma pista para que descobrissem o real motivo de seu suicídio
Evie Mendes, melhor amiga de Lia. Eram amigas desde o fundamental, uma amizade de anos que nunca foi quebrada. Era algo verdadeiro e intenso.
Evie foi diagnosticada com depressão severa depois de descobrir a morte da amiga. Tudo que podia fazer era descontar tudo na comida, causando um distúrbio alimentar, sua saúde em risco era provavelmente tudo que a amiga menos queria causar.
Mas não pensamos nas consequências até que elas estejam à nossa frente.
A família fez o enterro, lágrimas sendo derramadas sobre o caixão de madeira com uma foto média de Lia, na foto a garota sorria, estava com um vestido vermelho, o brilho de seus olhos eram notáveis, havia uma paz desconhecida sobre a foto.
— Eu deveria ter percebido, eu deveria ter notado que ela não estava bem. – Lívia, mãe de Lia disse enquanto seu marido tentava a confortar, sussurando vários "Está tudo bem" "Não tínhamos como saber".
Desculpas e pedidos de perdão foram entregue ao nada na esperança de que aonde Lia estivesse, pudesse um dia os perdoar.
Evie não apareceu no enterro de sua amiga, decidiu ficar em casa apenas lendo todas as mensagens e cartas que trocavam enquanto a outra ainda estava viva. Momentos em que estavam felizes juntas passavam calmamente por sua mente.
Fazendo questão de lembrar de como Lia a olhava, de como era estar nos braços da outra. Não conseguiu conter todas as lágrimas que insistiam em descer pelo seu rosto vermelho por tanto chorar.
As olheiras abaixo de seus olhos eram evidentes, já estava há alguns dias sem dormir, todos os seus sonhos remetia a Lia, e sempre acordava chorando por não tê-la ao seu lado.
Se permitiu chorar e colocar tudo oque sentia para fora.
Tomou alguns remédios e apagou.
Acordou 1 hora depois se sentindo exausta.
Implorando a Deus para que tirasse de si toda essa dor, ou que a levasse junto a Lia.
Os dias passavam, mas a dor nunca ia embora.
E nunca iria embora pois Lia nunca seria esquecida, nem se tentasse poderia esquecer de todos os momentos em que estavam juntas, não poderia esquecer a paz que se sentia ao estar com ela.
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𝐚 𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞
Fanfiction[𝗿𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗹𝗲𝘀𝗯𝗶𝗰𝗼] ❝As paredes cobertas por pequenas partículas de sangue, era notável que duraria um grande tempo até alguém conseguir limpar toda aquela bagunça. Levaria um tempo ainda maior para apagar aquelas pequenas memórias sangr...