Love Under Fire - Nirashiya

"Sei que é louco por mim"

— Vocês são uns imprestáveis! — Niragi esbravejava furioso, jogando tudo o que via à sua frente contra o chão. — Como puderam deixar algo assim acontecer?!

— Senhor Niragi, acalme-se. — Chishyia tentou acalmar o rapaz, não tendo sucesso.

— Me acalmar? — O embravecido caminhou até o de cabelos platinados. — Você quer que eu me acalme, Chishiya? — Perguntou num tom debochado, abaixando a cabeça e logo começando a rir ironicamente.

Seu riso cessou-se, deixando o cômodo em completo silêncio. Ninguém ali se atreveria a dizer alguma coisa, sabiam o que aconteceria se Niragi se exaltasse demais.

Ele levantou a cabeça e aproximou seu rosto ao de Chishiya, fazendo o mesmo encarar o chão.

― Como você quer que eu me acalme, Chishiya?! — O mais alto gritou, fazendo com que o som ecoasse por toda a sala e assustasse alguns dos que a presenciavam — principalmente Chishiya, que se encontrava bem a sua frente. — Nos roubaram uma grande quantia de dinheiro e drogas e você quer que eu fique calmo?! — Gritou novamente, dessa vez, andando para longe do platino. — Saiam daqui... AGORA!

Todos que estavam ali, deram um pulo e saíram às pressas do cômodo, menos Chishiya.

— O que ainda faz aqui? Cai fora! — Niragi gritou, mas o relaxado não moveu um dedo. — Está esgotando a minha paciência... Suma daqui.

— Por que está nervoso? Apenas estou parado. — Provocou o moreno a sua frente.

Niragi o olhou incrédulo, Chishiya estaria mesmo o provocando?

Em um movimento rápido, ele se aproximou do loiro, não tendo sequer uma mudança de expressão como resposta.

— Acho melhor não testar a minha preciosa paciência, a não ser que queira terminar com um tiro no meio de sua testa. — Disse intimidante, aproximando seus rostos.

— Você não faria isso, sabe disso. — O menor disse confiante, colocando as mão no bolso do seu tradicional moletom cinza.

— Ah, é? Como tem tanta certeza disso? Barbie Oxigenada.

Chishiya riu debochado com o apelido de mau gosto que lhe foi dado e logo puxou a gola da camisa do homem à sua frente, o aproximando mais ainda.

— Porque eu sei que você não encostaria um dedo sequer em mim, que não teria coragem de me ferir e ver meu sangue em suas mãos. Sei que se algum dia eu morresse, você colocaria cada um de meus fios de cabelo em sua parede como relíquia. Eu sei que é apaixonado por mim... Sei que é louco por mim. — Aproximou os lábios no ouvido do maior e assim sussurrou as últimas palavras.

Niragi, cansado da tal provocação, agarrou o pescoço do homem que o fazia perder a pouca sanidade mental que ele ainda tinha com força, aproximando-se ainda mais, não tendo mais o mínimo de espaço que havia a alguns segundos atrás entre os dois indivíduos.

— É, você tem razão. Eu sou louco por você. Sou louco para te jogar na porra da minha cama e só Deus sabe o que eu desejo fazer com esse seu corpinho maravilhoso que me deixa louco sempre que eu o vejo. Eu sou louco, extremamente louco para tê-lo apenas para mim e fazê-lo entender que você é meu e somente meu. — Disse de uma vez por todas o que estava emaranhado em sua garganta por muito tempo.

Chishiya, satisfeito com o que acabara de ouvir, decidiu provocar o sádico ainda mais.

— Como você pretende fazer isso? Como você pretende me provar que eu sou apenas seu? — Sorriu maliciosamente, mordendo o lábio inferior.

O sorriso perverso de Chishiya fez com que Niragi perdesse completamente o compasso, o empurrando de uma forma nada delicada no sofá cinza com almofadas cor de champanhe que se encontrava atrás de ambos, logo subindo em cima do mesmo, prendendo seus braços ao redor de sua cabeça.