"Você me ama?"

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— Chegamos. — Anunciou o moreno, desligando o carro e pondo as chaves no bolso da calça, logo então, saindo do veículo.

Assim, dando a volta e abrindo a porta para o mais novo, vendo-o descer e fitar a enorme casa.

— Então, o que achou? — O rapaz de mais idade questionou, coçando a nuca com um sorrisinho ladino.

— Eu, certamente, não esperava menos. — O platino lançou-lhe um olhar simplista, ele realmente não parecia estar impressionado com a grandiosa residência. Suguru teria de fazer mais que isso para deixá-lo boquiaberto.

Logo então, os dois rapazes adentraram a casa. Chishiya passava os olhos pela enorme e bem arrumada sala de estar, apreciando os móveis e decorações de alto custo.

— Até que para a sua casa, é bem organizada. — O menor proferiu, olhando o moreno de forma zombeteira.

— Engraçadinho. — Murmurou, retirando sua jaqueta de couro sintético preta e a pendurando no cabideiro que ficava no canto, ao lado da porta. — Bom, mi casa és su casa. — Sorriu ladino, se jogando no sofá e chamando o loiro com o dedo indicador.

Chishiya caminhou em sua direção, assim, sentando ao lado de Niragi e logo tendo seus ombros envolvidos pelo braço do maior. 

Niragi finou seu olhar nas órbitas castanhas do mais novo, fazendo com que o mesmo questionasse o porquê dele estar o encarando de tal maneira.
Suguru não respondera nada, apenas sorriu de canto e permaneceu o encarando.

— Você é esquisito. — Proferiu o platino, passando a encarar o teto.

Ele ouviu uma risadinha sair dos lábios do rapaz. Maldita risadinha que o deixava vulnerável de uma forma inexplicável. 

— Eu vou buscar algo para bebermos. — O de fios negros levantou-se do sofá, mas logo foi interrompido por Chishiya que agarrou seu pulso. — O que? Não quer beber?

— Deixa isso para lá, fica aqui. — Sugeriu, puxando Niragi para sentar-se novamente.

— Não sabia que era tão carente, loiro. — Disse em tom zombeteiro, se aconchegando outra vez no sofá.

De fato, como qualquer ser humano normal, Chishiya sentia falta de afeto. Por mais que pareça que ele sempre esteja pouco ligando para o assunto, sabia que, lá no fundo, precisava daquilo.
Ele pousou as mãos no rosto morno do rapaz de mais altura, logo depositando um selinho demorado em seus lábios avermelhados.
Logo então, se afastaram. Ainda com as mãos sobre as bochechas fartas do moreno, acariciou a pele macia com o polegar. Nunca foi do feitio do menor ter esse tipo de afeto com outras pessoas. Mas, com Niragi, era diferente. Ele sentia a necessidade de tratá-lo bem.

— Você vira um marshmallow quando está comigo. — Chishiya riu mínimo, achatando o rosto de Suguru em suas mãos. — Nem parece aquele cara que mete medo em todos e sai atirando em quem bem entender.

— Não me desafie, acha que eu tenho dó de explodir a sua cabeça? — Perguntou o sádico, sorrindo astuto.

— Sim. — Disse simplista, o olhando de forma soberania.

Suguru agarrou o pescoço de Chishiya, subindo em cima do mesmo e o olhando fulminantemente.

— Esse seu olhar me tira do sério... é cheio de superioridade. — Disse, aproximando-se do pescoço branquinho e liso do menor, assim, deslizando a língua úmida e quente por toda a região, fazendo o mesmo suspirar e fechar os olhos lentamente.

O acinzentado levou uma de suas mãos até a nuca do mais velho, juntando seus lábios em um beijo feroz e apaixonante.

Sem interromper o beijo, Niragi inverteu as posições, deixando o mais novo sentado em seu colo, enquanto apertava suas coxas cobertas pelo tecido escuro da calça e distribuía tapas fortes pelas mesmas.

Love Under Fire - NirashiyaOnde histórias criam vida. Descubra agora