Capítulo 1
— Atena? Atena abra a porra dessa porta, droga!
Ela não ficou nem um pouco assustada ou chocada com a fúria com que Saga gritava do lado de fora de sua casa, já esperava por essa reação. Tinha certeza de que ele viria assim que voltasse de sua viagem de trabalho. Clara devia ter contado tudo a ele, claro ela não perderia a oportunidade. E Saga não estava nada satisfeito tal como ela imaginara e sabia muito bem.
— Atena — ele abrandou a voz —, deixe-me entrar. Quero conversar com você. Ser não deixar irei derrubar essa porra.
Conversar! Se antes isso não levava a nenhum resultado, duvidava que agora pudessem se entender.Quantas vezes eu tinha tentado conversar e somente tinha recebido o silencio como resposta.
— Atena, por favor!
Bem, se ele estava pedindo "por favor" era diferente. Saga de Kanon nunca implorava por nada, nunca admitia que estava pedindo, muito menos para que uma mulher falasse com ele. Devia estar mesmo desesperado para pedir desse jeito.
Atena caminhou lentamente não estava com pressa, ajeitou o cabelo negro que emoldurava o seu rosto bonito cujos traços, minutos atrás, estavam marcados pela indecisão e incerteza. Os olhos negros como a noite eram realçados por cílios escuros e a boca perfeita estava ainda mais provocante com o batom rosado.
Abriu a porta, cheia de apreensão, prevendo que as próximas horas não seriam muito agradáveis. Já era namorada de Saga há um ano e sabia que quando as coisas iam bem para ele, ninguém podia ser mais encantador, mas quando iam mal... E algo lhe dizia que estava preste a presenciar outra daquelas explosões terríveis.
Saga mal aguardou que ela abrisse a porta por completo. Entrou como um furacão na sala e olhou ao redor, desconfiado, como se não esperasse encontrá-la sozinha.
— Onde ele está? Onde estar esse maldito,desgraçado?
— Ele quem? Você estar louco?— Atena não tinha a menor ideia a quem ele se referia.
— O filha da puta, viado do Victor Martins seu amigo! — Saga gritou, sem paciência e tomando por uma fúria fora de controle. — Ou cheguei cedo demais? — olhou no relógio. — É, acho que me adiantei mesmo. Ele deve estar na cama. Aliás, como sempre, não presta nem para transar...
Atena levou alguns minutos para se concentrar no que Saga dizia. Ele ainda a afetava tanto quanto na primeira vez em que o vira. Ainda sentia o coração disparar e a palma das mãos ficarem úmidas de emoção e o corpo estremecer, a respiração quase parar.
Aos trinta e quatro anos, sete a menos do que ela, os cabelos negros revelavam um corte sempre bem feito vivia em constante alinhamento por causa do hábito de Saga de deixar sempre arrumado o tempo todo. Os olhos eram o que mais chamava a atenção, dourados quando ele estava alegre ou despreocupado e, escuros quando estava zangado ou ate mesmo triste. Não havia dúvidas quanto à cor que apresentavam agora!
Um nariz bem feito projetava-se sobre uma boca profundamente sensual. O queixo quadrado e firme. Era um rosto muito bonito,sensual, forte e revelava toda a determinação que fizera dele um policial de sucesso.
Ao contrário de muitos de seus companheiros de profissão, sempre bem humorado e gentil em grande parte do tempo. E o físico de Saga ajudava muito, sempre malhando. As camisetas regadas caíam como uma luva nos ombros largos, revelavam o estômago reto, as calças ficavam perfeitas sobre os quadris estreitos e sobre as pernas longas e musculosas.
Estava usando uma dessas agora; marrom contrastando com uma calça jeans preta, o cabelo um pouco mais longo do que estava acostumado a usar. Sua aparência mostrava que era um homem poderoso, bem-sucedido e dinâmico. Mas, apesar de ter vivido seis meses com ele, Atena estava longe de conhecê-lo profundamente.
YOU ARE READING
Ultima noite de amor com o policial
ChickLitEntre encontros e desencontros,assim e essa relação que soltar faísca, queima e arde como um incêndio que sair devastando , mais os dois nunca conseguem ser acerta ou ate mesmo ter um diálogo que não ser transforme uma verdadeira guerra nuclear. A...