Protect The Prince

Bônus: Paz.

Levi sentia o coração prestes a sair do peito. Depois de pacientemente esperar por três dias até que tudo estivesse em seu devido lugar eles finalmente tiveram permissão para voltar a Rose.

Assim que passaram os muros a multidão os recebeu com flores e palmas fervorosas. O príncipe estava de volta, e a salvo para a felicidade e calma de todos.

Olhando ao redor, o ômega podia ver o estrago feito pelos rebeldes, algumas casas destruídas e o rastro deixado por possíveis incêndios, mas no geral, os danos não foram tão grandes e irreversíveis. Segundo o que Karl havia o dito, o exército do reino tinha dado conta do trabalho e quando eles chegaram para auxiliar, os rebeldes que sobraram eram poucos, escondidos pelos escombros da própria bagunça.

A baixa de civis mortos foi pouca, mas existia alguns bem feridos, e os responsáveis iriam pagar caro por isso.

Levi dividia novamente cavalo com Erwin, o loiro tinha as mãos firmemente pressionadas nas redeas mas os braços ainda encostavam em si impedindo qualquer possível queda. O moreno não gostava muito que fossem super protetores consigo, mas algo no cuidado do alfa o fazia se sentir realmente bem.

O grupo seguiu direto para o castelo onde o rei e a rainha esperavam pelo príncipe, este que assim que os avistou rapidamente saltou pra fora do enlaço ao seu redor e correu na direção do par de braços que o recebiam calorosamente.

Ele sentia as lágrimas grossas da mãe molharem suas roupas e seu pai nunca tinha o apertado com tanto afinco.

– Está tudo bem agora meu menino, tudo bem! - O rei tocou as bochechas do moreno que se segurava para não chorar também -

O homem então levantou os olhos e encarou pela primeira vez os nove soldados que logo se ajoelharam em respeito, e quando ele caminhou na direção deles, Erwin se preparou para a punição que receberiam.

Afinal, eles haviam passado anos treinando uma maneira segura de fuga com o príncipe caso houvesse algum ataque direcionado a ele. E mesmo que tenham trazido ele de volta e tecnicamente bem, ainda tinham colocado a vida do mesmo em risco eminente duas vezes e também perderam angus, o cavalo não era importante apenas para o ômega, mas era um lembrança boa dos gêmeos para todos.

– Eu confiei em vocês. Anos, ANOS, e vocês levam o meu primogênito para o meio do fogo cruzado! - A voz do rei estava carregada de raiva e o tom de alfa fez os pelos de seus corpos se arrepiarem -

– Meu pai! - Levi derrepente de colocou em frente a Erwin e os outros - Não os culpe. Muito pelo contrário, o senhor deveria agradecê-los de coração. Não creio que imaginou que poderia juntar um grupo de alfas com ordens restritas e esperar que eu fosse segui-las sem questionar.

Os braços cruzados do ômega e a cara fechada do mesmo fizeram o rei arquear uma sobrancelha.

– Eles me seguiram e me protegeram por todo o caminho até Maria... Me ouviram e respeitaram o tempo todo, não estavam quebrando suas ordens, apenas optaram por seguir as minhas, afinal, sabes que eu iria até la de qualquer jeito. Ter voltado vivo é que é em boa parte, mérito deles.

Levi então se virou e pediu silenciosamente para que o grupo se levantasse.

– Ainda não agradeci formalmente por toda a ajuda. Eu pude sentir pela primeira vez responsabilidades que ainda não conhecia, e ver que posso confiar no meu exército e na lealdade de todos. Tirando todos os empecilhos do caminho - Ele olhou diretamente no mar azulado dos olhos de Erwin - Foi uma viagem única, jamais me esquecerei disto, espero poder contar com todos ainda mais daqui em diante.

O rei se sentia embasbacado, ele nunca ouvirá Levi falar tanto com outros antes, e encarando os alfas que agora tinham sorrisos brilhantes nos lábios, ele percebeu que talvez estivesse errado quando pensou que era muito cedo para as preparações de iniciação do filho nos assuntos reais.