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Ontem
A chuva tentou imitar minha mão
E correu pelo seu corpo
Eu rasguei o céu por ter dado permissão

Para conseguir pegar no sono
Preciso imaginar seu corpo
Curvado atrás do meu
Concha encaixada na concha
Até que eu ouça sua respiração
Preciso recitar seu nome
Até que você responda e
A gente comece a conversar
assim
Minha cabeça consegue
Se perder na sonolência

Não é o que deixamos para trás
O que me destrói
S que podíamos ter construído
Se ficássemos

o que o sol faz com as flores Onde histórias criam vida. Descubra agora