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O nome dela era Sofia Guzman, e seu irmão, Oscar, perdeu a cabeça quando eu a levava para fora do prédio. Ele soltou um grito que assustou a todos, chorando daquele jeito que crianças pequenas fazem, onde elas acabam quase soltando soluços. Sentei-me com eles na parte de trás da ambulância, meu braço em torno de Sofia e Oscar segurando minha mão.

A EMT¹  era uma mulher muito bonita — Collins Bryson, rabo de cavalo longo saltitante, enormes olhos azuis, e uma pitada de sardas no nariz — que falava espanhol fluentemente. Ela perguntou questões após questões a Sofia, sempre balançando a cabeça, sempre com seu tom de voz calmante enquanto verificava a garota assustada.

"Ela não foi estuprada" ela disse gentilmente para mim, não erguendo a voz. "Isso deveria acontecer em seguida."

Dei um suspiro aliviado e apertei os ombros de Sofia.

"Eles iriam filmar isso" disse Bryson com uma tosse, sua voz lutando para sair. "Eles a filmaram nua. Você deve alertar os outros."

Mas eu não podia deixar as crianças, então eu gritei para Segundo, que estava de pé com Hewitt e um par de policiais. Harry, por outro lado, estava falando com o comandante da SWAT, e outros dois oficiais à paisana, eu estava adivinhando serem sargentos da polícia, e vários outros. Ele era o epicentro da tempestade, e enquanto eu observava, ele entregou a arma que ele tinha usado para um dos policiais, deixando-a cair em uma bolsa de provas juntamente com o munição não utilizado. Ele tinha recarregado em algum momento. Foi desconcertante, porque isso significava que deveria haver, no mínimo, mais quinze dos homens provavelmente mortos na casa.

"De quem é essa camisa?" Perguntou Bryson, puxando meu foco para ela.

"É minha."

Ela assentiu com a cabeça. "Eu imaginei."

"Eu tentei procuras as roupas dela, mas ela só queria sair."

"Ela nunca vestirá essas roupas novamente, delegado. A camisa está bem."

Sofia, de fato, segurava a gola sobre o nariz, então eu imaginei que qualquer vestígio da minha colônia na camisa cheirava melhor do que qualquer outra coisa que ela tinha sido forçada a suportar. Oscar tremeu e se enterrou no meu lado.

"Ambos têm de ser levados para o hospital, delegado" ela afirmou. "Você está indo com eles?"

"Delegado marshal Morse e eu iremos, sim" eu respondi.

"É melhor chamá-lo, então, porque nós temos que ir."

"Harry!" Eu chamei, e quando ele se virou para me encontrar, eu gesticulei para ele.

Ele se juntou a mim na ambulância em segundos.

"Ela não foi estuprada."

Seu alívio, o ligeiro tremor, a inclinação de seus ombros, e a forma como ele visivelmente relaxou, me acalmaram também.

"Eles filmaram ela, porém, assim que recolher celulares e encontrar tudo, qualquer laptop, quero dizer, você sabe o que fazer. Espero que nada tenha sido enviado por e-mail ou... certifiquese de que eles passem um pente fino por este lugar porque precisamos ter certeza de que não há vídeo dela em qualquer lugar."

"Vou interrogar as testemunhas eu mesmo. Eu vou descobrir."

"Ok eu…"

"Não sabemos se essas crianças são ilegais?" O outro EMT, Treschi, que se lia em seu crachá, perguntou a Bryson. Ela encolheu os ombros.

"Por que isso importa?" Harry queimou com raiva. "De qualquer maneira, ela tem que ir para o hospital. Que diabos?"

"Não fique na defensiva, delegado, eu sou um dos mocinhos" Treschi disse ao meu parceiro. "Há apenas hospitais que se importam, e alguns que só querem a conta paga e farão acordos a longo prazo. Se as crianças são ilegais, vamos pegar um daqueles que se preocupam."

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